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Alex Atala recebe chefs que valorizam a gastronomia brasileira no Dalva e Dito

E o Alex Atala não para! De malas prontas para acompanhar o anúncio do décimo-primeiro ranking da Restaurant Magazine, que elege anualmente os 50 melhores restaurantes do mundo (o D.O.M. ficou em sétimo lugar em 2011), o chef brasileiro está com todo o gás para valorizar nossa culinária dentro e fora do país. Depois de lançar a linha de produtos Retratos do Gosto, que visa investir no pequeno agricultor e promover ingredientes regionais, e de confirmar a participação na Virada Cultural, no início de maio, ele agora levará chefs para cozinharem no Dalva e Dito, como forma de valorizar a cultura gastronômica brasileira.

A previsão é que o Dalva e Dito recebe oito diferentes chefs, cada um de um estado brasileiro, para trazer aos paulistanos os sabores regionais mais apreciados. Para começar, de hoje (dia 16) a 21 de abril, o chef mineiro Edinho Engel, dono do restaurante Manacá, no litoral de São Paulo, e do Amado, em Salvador (BA), promove um menu-degustação junto com Atala. Papillote de peixe em folha de bananeira com farofa úmida de camarão (almoço) e mariscada com farofa e molho limão (jantar) estão entre as criações. O menu de almoço custa R$ 60 e o de jantar sai por R$ 100 (sem serviço, estacionamento e bebida).

E para quem ficou curioso para saber mais sobre o ranking da Restaurant Magazine, a lista completa dos melhores restaurantes do mundo pode ser conferida aqui.

Dalva e Dito
Rua Padre João Manuel, 1115, Jardim Paulista, São Paulo
Telefone: 11 3068-4444

Você bebe vinho nacional?

Quem é ligado nas notícias do universo da gastronomia deve ter percebido que está rolando um boicote contra vinhos nacionais. O que poderia parecer uma atitude elitista de restaurantes como D.O.M, do chef Alex Atala, ou de lugares como o Taste-Vin, é um movimento bem coerente de reação a algo feito pelos produtores da bebida no Brasil. Existe inclusive uma petição pública, que pode ser assinada online, para que as tentativas de implantar salvaguardas, com o dito fim de proteger o vinho brasileiro da concorrência internacional, sejam abolidas. De acordo com o Jornal do Comércio (RS), o vinho importado é responsável por 80% do consumo no país. E para frear isso, os grandes produtores querem aumentar a alíquota de importação, entre outras medidas protencionistas. Mas, isso mudaria a cabeça do consumidor, acostumado a preferir os vinhos franceses, espanhóis e portugueses em detrimento aos brasileiros? Ou o problema está na qualidade oscilante das marcas e em um passado no qual nem tudo eram flores?

Segundo a sommelière Gabriela Monteleone, em entrevista à jornalista Suzana Barelli, para o site revista Menu, já era difícil fazer com que os clientes aceitassem as sugestões de vinhos nacionais. A missão agora, com a salvaguarda colocando abaixo a reputação do produtos – tanto dos bons quanto dos ruins, agora parece ficar impossível. Achei o depoimento de Mario Telles Júnior, diretor da Associação Brasileira de Sommeliers em São Paulo (ABS-SP), a mais coerente e explicativo do cenário que está por vir: “Antes da abertura de mercado e da chegada dos diversos rótulos de vinhos importados, o Brasil não contava com o sommelier profissional, não tinha todos os empregos gerados pelas importadoras, os restaurantes não tinham carta de vinhos completas”, contou ele à Suzana (o trecho foi retirado da reportagem).

Visto pelo lado do consumidor, o ato de Gabriela Monteleone em tirar os vinhos nacionais das cartas do D.O.M e do Dalva e Dito, assim como a do chef Rodrigo Fonseca (Taste-Vin) e de outros, é uma forma de proteger o direito de escolha dos clientes. O problema é que se trata de uma retaliação sendo ameaçada por outra retaliação. E aí ao invés de evitar que nós paguemos a conta, que certamente aumentará diante desse cenários, a situação levará à elevação efetiva dos preços e à diminuição da oferta e da variedade de vinhos. Fui assessora de uma marca de espumantes nacional e senti na pele o preconceito que há na área, mesmo a vinícola sendo de uma região respeitada no meio, a Serra Gaúcha. Só nos resta torcer para que Carlos Paviani, diretor-executivo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), se entenda com fornecedores, produtores, restaurantes e chefs. E que o acordo não faça o mercado de vinhos no Brasil retroceder.

Veja São Paulo Comer & Beber 2011/2012

Mesmo quem não concorda 100% com rankings de guias e anuários acaba não resistindo a dar uma espiadinha nas escolhas dos jurados. Alguns também fazem votações populares, que comumente não correspondem aos resultados dos críticos. Isso também acontece aqui com os posts do Aventuras e nós achamos bem positivo receber comentários, tanto os que concordam quanto os que discordam de nossas avaliações. Essa variação, além do gosto pessoal, acontece porque em gastronomia as coisas mudam rapidamente – basta um fornecedor furar para que um prato tenha resultado diferente do esperado.

Falamos recentemente aqui sobre o Especial da Época São Paulo e agora vamos aos resultados do guia mais respeitado do país, da revista Veja Comer & Beber 2011/2012. No caso, vamos citar alguns escolhidos em São Paulo – para saber os resultados na íntegra, só comprando mesma a edição:

Bares:

Boteco – Empório Sagarana
Carta de cervejas – Melograno
Cozinha Bar da Dona Onça
Bar revelação – Suíte Savalas
Barman do ano – Marcelo Serrano (MyNY Bar)


Restaurantes:

Árabe Arábia
Brasileiro – Brasil a Gosto
Contemporâneo – D.O.M.
Francês – La Brasserie Erick Jacquin
Italiano – Fasano
Pizzaria Bráz
Variado AK Vila
Bom e BaratoMocotó
Chef Revelação – Alberto Landgraf (Epice)
Chef do Ano – Alex Atala (D.O.M e Dalva e Dito)

Comidinhas:

CaféCoffee Lab
Chá – The Gourmet Tea
Cupcake Wondercakes
Hambúrguer – Butcher’s Market
PastelPastel da Maria
SalgadoLá da Venda (pão de queijo)
Sanduíche Marcelino Pan Y Vino
Sorvete Bacio di Latte

O Melhor de São Paulo – Revista Época

A revista Época São Paulo publica em setembro a quarta edição do prêmio O Melhor de São Paulo, que tem um júri especializado e também eleição popular. Já votamos por lá e esperamos que o resultado seja mais justo do que o publicado no Especial de Melhores Hambúrgueres, no início do ano.

A capa acima é da edição do ano passado. Se você não lembra do ganhadores, seguem abaixo os principais vencedores de 2010/2011. Afinal, é sempre bom saber quem são os “novos” melhores e porquê, principalmente na hora de escolher aquele restaurante especial para comemorar o aniversário de casamento ou optar por essa ou aquela sorveteria para aplacar o calor em um dia de sol. Você concorda com quem venceu em 2010? Mudaria algum?

Italiano: Fasano (Escolha do leitor: Così)
Churrasco Argentino: 348 Parrilla Porteña – Vila Olímpia
Nhoque: Vecchio Torino
Prato com peixe de água doce: Tordesilhas
Dim Sum: Ping Pong
Pizza: Bráz – Moema (Escolha do leitor: Pizza Bros – Itaim)
Brasileiro: Brasil a Gosto

Teishoku: Miyabi
Filé à milanesa: Nou
Contemporâneo: D.O.M
Couvert: Dalva e Dito

Arroz com feijão: Beth Cozinha de Estar
Melhor restaurante do centro: La Casserole
Carne: Varanda Grill
Risoto: Fasano
Francês: Ici Bistrô (Escolha do leitor: Le Jazz Brasserie)
Japonês: Kinoshita (Escolha do leitor: A&C Sushi Bar)



Casa de Lamen:
Lamen Kazu
Brunch: Emiliano
Bistrô com preço de bistrô: Le Jazz Brasserie
Feijoada: Bar da Dona Onça

Bar para comer: Bottega Bottagallo (Escolha do leitor: Assim Assado)
Escondidinho: Lapinha
Cupcake: Wondercakes
Hambúrguer à moda antiga: Sujinho
Café: Coffee Lab
Chocolateria: Cau Chocolates – Jardins
Fatia de bolo: Brigadeiro Doceria & Café

Batata frita tradicional: General Prime Burger
Batata frita reinventada: Lanchonete da Cidade
Megapadaria: Maria Louca (Escolha do leitor: Bella Paulista)
Lanchonete: St. Louis (Escolha do leitor: Lanchonete da Cidade – Moema)

Sorveteria: Vipiteno (Escolha do leitor: Häagen-Dazs)
Temakeria: Koni Store
Rotisseria: Loja de Fábrica

Couvert é tudo de bom

Sou apaixonada por couvert. É raro eu ir a um restaurante e ao menos não perguntar a respeito. Confesso que fico decepcionada quando não tem essa opção normalmente composta de pães, manteiga e pastinhas. Também curto entradas e tal, mas um couvert sempre deixa meu dia mais feliz! Por isso, selecionei alguns dos melhores que já provei em homenagem a quem também ama couvert. Um viva ao pão italiano! 🙂

La Pasta e Formaggio: couvert de graça! Pão italiano quentinho, delicioso azeite temperado, tomate seco, queijo parmesão, mussarela de búfala…

Galeto’s: para mim, é o que a rede faz de melhor. Além das pizzas brancas e do azeite, que estão na foto, tem também pão de queijo, que devorei antes.

Gênova: manteiga com ervas, sardela e caponata, com pão italiano super saboroso (e quentinho, claro).

Dalva e Dito: já foi eleito o melhor couvert de São Paulo. Pães (quentinhos), pasta de feijão com bacon e azeite, compota de berinjela com jiló, alho assado, manteiga Aviação (na latinha da marca), pimenta cambuci sem casca recheada de pernil com vinagrete de cebola, biscoito polvilho compridos e 4 tipos de pimenta.

La Mole: meu couvert do coração, com gosto de infância. Acho que foi por causa dele que peguei amor. Brioches macios, torradinhas de queijo, pizza branca, palitinhos, linguiça frita, queijo prato, salame, picles, azeitona e ovos de codorna com molho rosê, tudo isso acompanhado de manteiga, patê de fígado e ricota. Direto do Rio de Janeiro!