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SPRW: Tordesilhas

(*) por Célia Regina Bocci da Silva – comentarista convidada

O que nos faz escolher este ou aquele restaurante? E o que nos faz voltar e levar pessoas queridas a um determinado restaurante? São vários os fatores, mas há dois que sempre me chamam a atenção: bom atendimento e a qualidade dos pratos. Isso nos fez escolher o Tordesilhas, da Chef Mara Salles. Tinha comemorado meu aniversário lá com os amigos do hospital, mas naquele dia o namorado estava de plantão e não pode ir. Como eu e meus amigos gostamos do que nos foi servido e do atendimento, incluímos ele para o nosso roteiro nesta nona etapa da SPRW.

Reserva feita antecipadamente sempre garante ser atendido logo na chegada. E não foi diferente ali. Logo que chegamos fomos levados à nossa mesa e prontamente atendidos pelos garçons. A casa foi ficando cheia pouco a pouco, mas o atendimento teve sua qualidade mantida durante todo o tempo em que estivemos lá. Não sei se por conta da nova lei do couvert (que entra em vigor à partir de outubro), nada foi oferecido, nem na nossa mesa nem nas que estavam próximas. Havia apenas  os potinhos com pimentas para acrescentarmos aos pratos.


Habituados que estamos ao trivial, ou a massas e carnes, fomos surpreendidos com a habilidade na combinação dos sabores e ingredientes da culinária brasileira.  As palavras que mais usamos foram “diferente” e “muito bom”. Como entrada, escolhi a salada de folhas miúdas, lascas de pupunha e supreme de laranja ao molho de taperebá, uma salada bem temperada e correta. Namorado escolheu o bolinho de pernil grelhado com marinada de mini legumes, e aqui veio o primeiro ponto positivo, pois ele comparou o bolinho com o que a avó dele fazia, e disse que estava praticamente igual. Sabores de infância voltando a memória são sempre um bom sinal.

A minha escolha para o prato principal foi o Pirarucu ao molho de hortaliças com purê de banana-da-terra. O namorado foi de Carne-de-sol assada em manteiga-de-garrafa com alho-poró e risoto de abóbora. Os sabores se completaram em ambos os pratos, com a carne suavizada pelo risoto, sem perder sua característica. E o purê de banana da terra estava bom demais, com consistência perfeita, e harmonizava com o peixe, mas de modo que você podia sentir o sabor dos dois sem se perder.



E a sobremesa não deixou a desejar. Duas novas combinações nos supreenderam: a primeira foi a compota de maracujá, crème anglaise de pequi e suspiros ao chocolate. A segunda, o Pudim de tapioca com baba-de-moça. Não eram doces em excesso, e deixaram o gostinho de quero mais. Os garçons foram atenciosos, os pratos foram trazidos sem correria e sem pressão. A conta foi trazida assim que pedimos. O único senão fica por conta da cobrança da contribuição para a Associação Monte Azul na conta, e não em separado. E também não houve a divulgação da contribuiçao com a nota sem CPF para o Instituto Ayrton Senna.



Dentre os pratos que fazem parte da SPRW, apenas o pudim de tapioca com baba de moça faz parte do cardápio regular, que tem muitos pratos que chamam bastante a atencão, como . E o namorado deu mais um bom sinal: “esse é um lugar pra voltar!” E assim retornamos a pergunta do início: porque voltaremos? Porque fomos bem atendidos, porque fomos pegos pelo estômago pelos ótimos pratos, e porque saímos felizes de lá.

Tordesilhas
Rua Bela Cintra , 465 – Cerqueira César – São Paulo
Tel: (11) 3107-7444

Conhecendo São Paulo: Pizzaria Bráz – Pinheiros

Seguindo o tour gastronômico por São Paulo, que fiz com meus pais, fomos à Pizzaria Bráz de Pinheiros, que fica bem próxima ao burburinho da esquina carioca do Pirajá. Em um domingo à noite, a rua estava deserta e escura, contando apenas com a luz do Habib’s que fica na esquina da Faria Lima. Ainda bem que a Bráz funciona até 0h30 nesse dia e a casa estava cheia de casais e famílias.


Para quem mora em São Paulo, com certeza a Bráz não é nenhuma novidade. Mas para quem, como eu, ainda está descobrindo todo o potencial gastronômica da cidade, foi ótimo poder finalmente experimentar a pizza tão famosa. Das pizzarias tradicionais, falta eu ir à Babbo Giovanni e à 1900.

Iniciamos a refeição com uma fatia generosa do pão de calabresa da casa (R$ 13). Achei o recheio pouquinho antes de experimentar, e aí entendi porque a utilização comedida do ingrediente: a calabresa era curada, picante, bem saborosa – mas certamente ficaria demais se houvesse mais do que foi usado na receita. A massa fofinha ficou perfeita com o azeite temperado, com gorduchos dentes de alho dentro da garrafa. Para ficar perfeito, só faltava o pão estar quentinho. Na hora de escolher a pizza, pedimos 1/2 portuguesa – com mussarela – e 1/2 toscana (linguiça de javali com alecrim). A grande, com oito pedaços, custou R$ 55,50, enquanto a média – que levamos para minha mãe que esperava no hotel – com 6 pedaços saiu por R$ 50 . Ingredientes de alta qualidade, pizza com borda alta e saborosa, atendimento cordial e ambiente familiar. Certamente voltarei outras vezes à Bráz 🙂

Bráz
Rua Vupabuçu, 271 – Pinheiros – SP
Tel: (11) 3037-7975 – Aceita os cartões
Veja aqui todos os endereços – Tem delivery

SPRW: Allez, Allez!

UPDATE: Importante falar que o restaurante tentou “empurrar” o couvert – caro e simples, com pão francês e manteiga. O garçom deixou tudo na mesa sem perguntar se queríamos e sem identificar que não era uma cortesia.

Há restaurantes que, após uma visita, nos deixam ansiosas para postar logo algo a respeito – seja por ser muito bom ou por ser muito ruim. Ficamos com vontade de dividir com vocês o que passamos, o que comemos, etc. Fui ontem ao Allez, Allez! para almoçar e escolhi o menu do Restaurant Week. O que achei? Ok. Mas faltou brilho, malemolência, sabor e sazon. Entradas corretas, Créme Brûlée gostoso de sobremesa, mas meu prato principal estava mediano, com carne dura, dificil de mastigar e com gordura – além de não terem me pedido o ponto. O atendimento não comprometeu. E é isso, até para fazer um post bacana faltou fôlego. Então, vamos às fotos!

Opções de entrada: salada verde com tomate cereja ao pesto crocante de parmesão ou vichysoisse (Sopa fria de alho-poró e batata)

Opções de prato principal: peixe do dia (ontem foi salmão) em emulsão de limão siciliano, bulgur pilaf e mini vegetais ou entrecôte poivre com batatas rústicas.

Opções de sobremesa: Fruta do Dia (porque ainda permitem esse tipo de opção no cardápio do SPRW mesmo?) ou Créme Brûlée (bem gostosinho).

Parte bizarra da visita: cobraram 90 centavos na conta, para caridade. Ou seja, em vez de doar 1 real, você doa 0,90 e deixa 0,10 para a casa, com 10%. Se você não pagar o serviço…

Outros franceses que já visitamos no SPRW:

Bistrô Crepe de Paris – desorganização e pratos diminutos

Casinha de Monet (mudou de endereço) – a foto do Coq au vin fala por si

Chez Fabrice – atendimento sem comentários

Le French Bazar – ótima visita!

Le Petit Trou – decepcionou (na comida e no atendimento)

Le Poeme Bistrô – espero que tenham melhorado…

Allez Allez!
Rua Wisard , 288 – Wizard – Vila Madalena
Tel: (11) 3032-3325

SPRW: Dui

Desde que nos tornamos amigas – e que passei a colaborar com o Aventuras Gastronômicas – Cláudia e eu tentamos sempre ir em ao menos um restaurante do SPRW juntas. Na última edição não fomos muitos felizes em um jantar, mas (ainda bem!) nessa 9ª edição nós acertamos em cheio em escolher o restaurante Dui para experimentar o cardápio de almoço.  Comandado pela chef Bel Coelho, que assina o menu contemporâneo, junto ao restauranter Cristiano Almeida, a casa é super charmosa, com pé direito alto, ambiente climatizado e arborizado, decoração moderna sem afetação e atendimento eficiente e educado.

Pedimos o couvert (opcional) a R$ 13 cada, com reposição. Apesar de não ser barato, achamos que valeu a pena conhecer: pão italiano, broas de milho, pão de nozes, manteiga, pasta de ricota com azeite e flor de sal. Uma combinação acima da média em criatividade e sabor. Aliás, dando uma olhada geral no cardápio, percebemos como o menu do #SPRW realmente vale a pena – pelo menos no Dui. De entrada, as opções do cardápio promocional eram o creme de abóbora com iogurte, couve crua e farofa de castanha do pará ou salada verde com espinafre, queijo, manga seca e vinagrete de melaço de cana. O creme fez sucesso comigo, Cláudia e maridão – os três não resistiram a soltar vários “huum” de satisfação. Para não dizer que foi tudo perfeito, tivemos que pedir para trocarem a salada do Fugita, pois a primeira veio com um fio de cabelo “intruso”, detectado antes da 1ª garfada.

Na hora de escolher o prato principal, Fugita, maridão e eu optamos pelo picadinho de fraldinha com cachaça, arroz de sete grãos e mini legumes salteados. Estaria 100% se não fosse a temperatura da carne, que veio fria. Acredito que nossos pratos ficaram esperando o risoto de beterraba com ervilha torta ficar pronto, já que ele chegou fumegante à mesa. De qualquer modo, o sabor do prato venceu esse contratempo: tempero apurado, sem o menor vestígio de excesso de sal, com arroz firme na medida certa. Delicioso. E a Cláudia também gostou do risoto, apesar de ter notado que ele é menos vermelho que o do Oryza.

De sobremesa, Cláudia, maridão e eu fomos de espuma quente de chocolate com farofa de avelã e o Fugita escolheu o tartare de abacaxi com manjericão e espuma de coco. Adorei a mistura do chocolate morninho com a avelã em pedacinhos, tudo doce e suave. Maridão e eu consumimos apenas refrigerantes (R$ 4,50 cada), enquanto Cláudia e Fugita pediram uma sangria Dui (R$ 43), feita com vinho rosê, frutas e flores. E o restaurante ganhou pontos comigo ao não incluir a contribuição na conta, permitindo que a gente colocasse nossos reais direto no cofre da campanha. Para se ter uma ideia, só o creme de abóbora, se fosse pedido como entrada, sairia a R$ 27. E as saladas seguem a mesma linha, custando em média R$ 30. Uma boa pedida é optar pelo menu executivo durante a semana.

Abaixo algumas fotos do restaurante, por dentro e por fora. Para ver mais imagens, é só acessar o flickr da Cláudia. A conta também está aqui.

Dui
Alameda Franca, 1590 – Jardim Paulista – SP
Tel: (11) 2649-7952

Mais Bacio di Latte

Desde que a Cláudia foi a Bacio di Latte e postou dizendo que era o melhor sorvete, fiquei ansiosa em conhecer o lugar. E em uma semana, já voltei duas vezes – de tão bom. Ontem, em pleno feriado de sol em Sampa, a casa estava mais vazia que o usual, mas ainda assim o movimento se manteve intenso em todos a meia hora que estivemos por lá.


Na primeira vez, experimentei o pote com dois sabores – Nutella e Gianduia. Ambos deliciosos, cremosos, com gosto de leite intenso, adorei! Na segunda, mergulhei no sorvete de chocolate amargo, bem forte e de sabor intenso. Absolutamente delicioso, virei fã. Nas próximas visitas quero experimentar os sabores doce de leite, menta e banana.

Mais fotos da Bacio di Latte aqui.