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Chefs na Rua: Eu fui! \o/

Depois da frustração do evento “O Mercado”, uma ótima iniciativa que não deu conta da sede dos paulistanos por comida de rua boa e acessível, o “Chefs na Rua” dentro da Virada Cultural deu uma chance a mais pessoas de experimentarem petiscos e pratos de bons chefs. Apesar de todo o tumulto que aconteceu na madrugada de 5 para 6, por conta do excesso de demanda em cima da galinhada do Atala – o que gerou boas matérias e outras bem equivocadas – resolvi conferir o evento logo no primeiro horário da manhã de ontem, domingo. E às 8 da matina eu já estava lá no elevado indo atrás do meu hot dog francês e do meu buraco quente.

Apesar de ter chegado cedo, só comecei a comer 1h30 depois,já que a maior parte das barracas tinha problemas estruturais, como falta de energia, de água e algumas até de panelas. Essa infra deveria ter sido dado pela organização, que deixou muito a desejar. Outro problema foi a localização: o Minhocão é um lugar legal, mas levar tudo o que os chefs precisaram usar até lá não foi uma tarefa fácil. “Foi bem complicado trazer esse quilos de comida mais decoração aqui para cima”, contou a chef Janaína Rueda, do Bar da Dona Onça, que tinha um enorme espelho em sua barraca e vários elementos decorativos para personalizá-la. O cuidado de fazer bem-feito teve seu preço e não deveria ser assim.

Apesar dos problemas iniciais, os chefs buscaram manter o bom humor, como foi o caso de Rodrigo Oliveira (acima) do Mocotó. A chef Paula Labaki entrou no clima de feira e anunciou aos quatro ventos seus sanduíches de pernil e de frango defumado. Já Raphael Despirite (abaixo) do Marcel, um dos que sofreu com seus hot dogs por conta da falta de estrutura, empenhou-se no preparo dos lanches e mostrou-se focado em não deixar ninguém ir embora sem estar satisfeito. Provei também a costela com milho de Benny Novak (210 Diner), o maravilhoso hambúrguer de pato de Renato Carioni (Cosí) e o bom lanche de copa lombo de Henrique Fogaça (Sal). Só não curti muito os doces da Carol Brandão.

Para finalizar, recomendo a matéria que saiu no site da revista Menu. Dá um bom resumo de toda a confusão que houve por conta da falta de organização da prefeitura. Só espero que os chefs não desistam de participar e que o reflexo disso tudo seja realmente um evento melhor em 2013.

Receita: Tartar de salmão com manga

Ingredientes:
1 manga cortada em cubinhos
500 gramas de salmão fresco picado em cubinhos
2 colheres de sopa de mirin ou saquê
2 colheres de sopa de shoyu
pimenta a gosto
1 colher de sopa de azeite de oliva
salsinha/cebolinha picadas
sal (se necessário após o uso do shoyu)

Modo de preparo: Tempere o salmão com shoyu, mirin, azeite, cebolinha e pimenta. Misture bem, conserte o sal e enforme com uma tigelinha, aro ou cortador redondo. Modele a manga por cima para dar forma ao tartar. Enfeite com salsinha e sirva. Pode ser uma boa entrada ou mesmo fazer as vezes de prato principal acompanhado de salada verde.

Receita: Hollandaise sauce (molho holandês)

Ingredientes:
1 colher de sopa de vinagre branco
1 colher de sopa de limão espremido
pimenta do reino e sal a gosto
6 gemas peneiradas

Modo de preparo:
Em uma frigideira, fora do fogo, misture o vinagre, o limão e as gemas. Tempere. Aqueça água para um banho-maria e deixe em fogo baixo – a água não pode ferver. Coloque a frigideira ou panela rasa no fogo, em cima da água quente, e misture o tempo todo com um fouet. Quando ficar cremoso, é porque está no ponto. Cuidado para que não vire uma omelete 🙂

Rendimento:
Suficiente para cobrir carnes de 4 pratos. Recomendado para carne vermelha, como picadinhos.

Receita: Sopa Gratinada de Cebola

Ingredientes:
4 cebolas
4 colheres de manteiga (nada de margarina, gente)
4 colheres de farinha de trigo
5 xícaras de fundo/caldo de carne
sal e pimenta do reino a gosto
fatias de baguete francesa ou torrada
100 gramas de queijo parmesão ou suíço ralado em ralo grosso

Modo de preparo:
Cortar as cebolas em rodelas fininhas (quanto mais finas, mais saborosa e aromática será a sopa). Refogue as cebolas na manteiga por aproximadamente 20 minutos até que fiquem transparentes. Tempere com sal e pimenta. Reserve. Aqueça o fundo de carne. Fora do fogo, faça um roux (mistura de farinha de trigo e manteiga) até que fique com textura de massa de modelar, como uma massa de empada. Vá misturando aos poucos o caldo com o roux em uma tigela, mexendo com um fouet. Acrescente as cebolas e corrija o sal da sopa. Coloque o caldo em refretários e arrume-os em uma assadeira. Cubra cada sopa com 2 fatias de pão e com o queijo ralado. Leve ao forno já aquecido para gratinar. Sirva em seguida.

Novíssimo: Beato

Normalmente esperamos ao menos um mês antes de visitar um novo restaurante. Mas, no caso do Beato, casa aberta no dia 23 de abril, a oportunidade apareceu bem na primeira noite de funcionamento do lugar. Como eu estava muito próxima ao local, que fica quase em frente ao já querido La Bombe, passei por lá, vi que estava aberto e entrei. Como um “castigo”, meu celular travou e o flash da minha câmera resolveu que não ia dar o ar de sua graça. Por isso demorei tanto para postar: as foto ficaram horríveis. Seguem apenas duas, que consegui melhorar um pouco.

Mas, vamos ao que interessa: gostei bastante da experiência, apesar de não ter conseguido pedir sobremesa. Na entrada, deu para sentir o (claro) nervosismo do serviço, mas nada que fosse além do engraçadinho. Pedi o couvert (R$ 6) e saboreei um ótimo e macio ciabatta com flor de sal, azeite e manteiga. Perguntei se o pão era produzido na  casa e ouvi um sim, seguido de um não de outro garçom. Na realidade, o pão não é feito na casa, mas é pedido sob encomenda, pelo o que entendi no fim das contas. De prato principal, escolhi uma massa – tagliarini ao limon (R$ 39), pasta al dente com ótimo molho de limão e uma fatia de presunto cru crocante. O único problema foi o ponto do macarrão, que chegou à mesa com uma cocção um pouco mais dura do que seria de fato al dente. Segundo o garçom, este é o ponto da casa e eles passarão a avisar aos clientes. Preferi pedir uma água sem gás (R$ 3,50) e me fui. Prometo fotos melhores e uma degustação mais completa da próxima vez.

Beato (cardápio completo no blog do Lorençato)
Rua dos Pinheiros, 174 – Pinheiros
Telefone: (11) 2538-8105