Searching for "receita"

Paris: Guia para aproveitar a cidade – parte 1

Estive em Paris por alguns dias no final de outubro e tinha um orçamento bem baixo, mas consegui aproveitar muito a cidade. E garanto para você que o melhor jeito de desvendar a cidade é pela comida, a começar pelo fato de que as únicas coisas que Paris oferece que você só encontra lá são a paisagem, os museus e a COMIDA. Quase todo o resto vem da China. =P

Começo dando falando dos restaurantes onde comi:

L’Hostellerie de l’oie qui fume

37 rue de la Harpe – Paris – 5eme arrondissement

Esse restaurante fica no paraíso do turista sem dinheiro, o Quartier Latin (chamado assim por ficar próximo à Sorbonne, onde desde sua inauguração se estudava língua latina).

Nesse bairro se pode comer por 10, 12 euros (entrada, prato principal e sobremesa, o que o francês chama de “formule”) no almoço e paga-se um pouco mais no jantar. Você também pode pedir uma taça do vinho da casa (não costuma ser ruim)e vai pagar cerca de 3 euros.

A DICA, em todo restaurante da França você pode pedir “une carrafe de l’eau” (une karraf do) e isso não custa nada. É água da torneira, mas pode beber sem medo.

Nesse dia tinha várias opções no menu e optei por uma salada de entrada, o boeuf bourguignon (carne cozida com legumes e batata) como prato principal e a dame blanche (sorvete de baunilha com calda de chocolate) como sobremesa. Os pratos franceses não costumam vir acompanhados de arroz, mas sempre trazem uma cestinha de pão (também gratuita) para acompanhar os pratos.

A comida estava ok e paguei 13 euros pelo jantar com uma taça de vinho. =)

Le Cambodge

20 rue Yvonne le Tac – Paris – 18eme arrondissement

Descubra o restaurante asiático mais próximo de onde você está hospedado, provavelmente será a melhor opção custo benefício. Eles nem sempre trabalham com as “formules”, mas tem um prato ótimo, a bo-bun, que contem carne ou frango, macarrão de arroz (tipo bifun), broto de feijão, pepino, alface e também nems (lembra um rolinho primavera, mas o recheio mais comum é o de porco).

É algo entre uma salada e um yakisoba, meio frio, meio quente. Esse custou 7,60 e eu nem aguentei comer tudo. E o que mais me chamou a atenção nesse restaurante foi a simpatia do garçom, ele mesmo cambodjano, com um francês díficil de entender, mas totalmente compensado pela gentileza. Vale ressaltar que normalmente nos restaurantes asiáticos a comida está pronta e eles apenas esquentam.

Hao Hao

Avenue Choisy – Paris – 13eme arrondissement

A Avenue de Choisy é parte do chamado Quartier Chinois (Bairro Chinês) de Paris, nessa avenida você escolher entre várias opções de restaurantes asiáticos, com preços e cardápios muito parecidos.

Tem também o Mc Donald’s chinois como aí em São Paulo!

[Um detalhe, na França existe uma mania de reduzir as palavras, por exemplo restaurant vira “resto”,  assim você vai no Mcdo e pede um “best of” (a nossa mc oferta que aqui custa cerca de 7 euros). Ela pode vir com Wrap, aqui ele faz parte do cardápio e tem até de queijo de cabra quente. Fui apenas uma vez no Mcdo  e pedi as “deluxe potatoes” e são muito gostosas.

E um dado curioso, aqui na França eles sempre adaptam o nome oriental do prato tentando descrevê-lo dentro do que os franceses conhecem, por exemplo eles servem lamen, mas chamam de “soupe” (sopa), fora outros pratos que não identifiquei.

No dia em que fomos o público era bem variado, tinha gente falando francês e também outras línguas (eu acho que chinês, mas não garanto). Tinha um casal francês na mesma mesa que a gente comendo camarões empanados e o senhor até comentou que estava muito gostoso.

Eu e uma de minhas colegas pedimos frango com cogumelos e outra colega pediu frango com legumes da estação e uma porção de arroz.

Estava tudo bem gostoso, mas é preciso ter cuidado com o cardápio porque nem sempre ele é claro para nós, acostumados aos nomes “orientais” dos pratos, e os garçons não têm muita paciência pra explicar.

Mas a melhor parte foi o chá que pedi, era de menta com jasmin e estava muito bom (3,80 euros). Sim, aqui o chá é caro.

Vins et Terrois

66 rue Saint des Arts – Paris – 6eme arrondissement

Saint Germain de Près é uma região cheia de restaurantes, aqui já um pouco mais caros (na foto abaixo o preço do café da manhã – 7,40 euros) do que os do Quartier Latin (que fica ao lado), mas também mais charmosos.

No Vins et Terroirs, eu paguei 11 euros pela formule no almoço (eu podia escolher entre entrada e prato principal OU prato principal e sobremesa) e 3,90 pela taça de vinho.

O atendimento bem simpático e ainda fiquei sentada na mesinha que ficava do lado da janela então dava pra olhar o movimento no dia chuvoso (era dia 01/11). Durante a conversa com o gerente, descobri que a Danuza Leão escreveu sobre esse lugar e sempre aparecem brasileiros por lá.

Num momento de ousadia, decidi experimentar o tartare de boeuf (ou seja, carne de boi crua) e não me arrependo, a carne vem acompanhada de uma gema crua, cornichon (pepino em conserva), alcaparras, cebola picada e salsa. Também trazem pra mesa pimenta, azeite, mostarda e ketchup, assim você tempera a carne.

Para a sobremesa escolhi a torta de chocolate, que chegou quente com o recheio bem molinho.

Não tem uma receita pra saber se o restaurante barato no seu caminho é bom, mas garanto que não me decepcionei em nenhum dos lugares que fui e não gastei mais do que 15 euros por refeição. Minha sugestão é se aventurar e aproveitar as boas opções da culinária francesa (ou nem tanto). Logo mais outras dicas pra comer bem em Paris!

Continue lendo as dicas de Paris: Parte 2, Parte 3, Parte 4 e Parte 5.

Nossa singela homenagem ao Dia do Macarrão

Macarrão sendo feito, ao vivo, no Rong He. E tem vídeo!


Penne integral com molho de requeijão


Capellini ao funghi do Delices de Maya


Receitinha de macarrão ao forno com molho bolonhesa


Fettucine alla Alfredo do Gênova, em Pinheiros (SP)


E tem macarrão escondido também feito com massa fresca, presunto e queijo!


Spadaccino e seu fettucine ao molho branco


Receita de Sukiyaki – com macarrão, claro!


Lamen também é macarrão! Lamen Kazu (SP)


Yakisoba do Kin Lin, na Liberdade (SP)

Qual a forma mais deliciosa de contribuir com a conservação da natureza?

Comendo!

Sob a curadoria do renomado chef Celso Freire, o movimento Gastronomia Responsável, idealizado pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, convidou chefs de cozinha a criarem pratos com princípios que unem a alta gastronomia e conservação da natureza. Parte do valor da venda dos pratos é destinado a ações de conservação da natureza da Fundação Grupo Boticário.

Entre os  restaurantes participantes estão: Totopos (enchiladas verdes de frango orgânico), Maia Box (Carpaccio de Contrafilé e Blinis de mandioca) e o Vindouro (robalo de banana da terra). O bacana é que todas as receitas são feitas com ingredientes especiais e seguem, pelo menos, um dos princípios de conservação da biodiversidade, listados abaixo:

  • Utiliza produtos orgânicos: Escolha os produtos orgânicos! Eles não usam agrotóxicos, fertilizantes ou pesticidas que poluem e agridem o meio ambiente, contaminando solos e recursos hídricos.
  • Evita espécies ameaçadas de extinção: Não estamos falando somente de animais, mas também de outras espécies como, por exemplo, a castanha-do-pará e o palmito-juçara. Vale lembrar que qualquer espécie que entre em extinção provoca um desequilíbrio enorme no ecossistema. Se não houver alternativas para sua receita, compre apenas produtos com garantia de procedência!

  • Aproveita integralmente alimentos: Use a criatividade e tente usar integralmente os alimentos evitando o desperdício, mesmo partes normalmente não usadas, como cascas, talos, folhas, sementes e outros. Se não for possível utilizar todo o ingrediente para o mesmo prato, você pode reaproveitar em outras receitas.

  • Dá preferência a produtos regionais: Pode parecer bobagem, mas quando você escolhe um produto regional já contribuiu para a diminuição do transporte de alimentos e, consequentemente, na redução da emissão de gases de efeito estufa, além de economizar energia da refrigeração.

Você também pode colocar essa idéia em prática na sua casa, como a do Brócoli ao bafo, abaixo:

MODO DE PREPARO: numa frigideira coloque meia colher de sopa de ghee e dois dentes de alho picados. De uma fritada rápida, coloque os brócolis e espere levantar a fervura então coloque uma colher de sobremesa de vinagre balsâmico. Apague o fogo e tampe por no mínimo 15 minutos. Antes de servir coloque folhas de salsa picada e se quiser o suco de meio limão.

Você pode aproveitar o brócolis e juntar ao macarrão alho e óleo ou no arroz, como nas fotos acima.

No site http://www.gastronomiaresponsavel.com.br você encontra várias receitas simples, fáceis de fazer e que ajudam na preservação do meio ambiente. E para quem for bom de cozinha, também pode criar uma receita e compartilhar no próprio site ou no Facebook.
Para conhecer mais sobre o trabalho da Fundação Grupo Boticário acesse: @fund_boticario e diretodareserva.tumblr.com.

O toque saudável do vinho

Que o vinho é utilizado no preparo de vários pratos para realçar o sabor, não é novidade. Se o prato principal for feito com algum tipo de carne, então, o gosto pode ficar mais marcante e a maciez aumenta consideravelmente. Mas o que não é de conhecimento geral é um estudo realizado naFaculdade de Química, da Universidade de Barcelona, Espanha, que abre mais portas aos benefícios do vinho.

A pesquisadora Dra. Rosa Busquets conseguiu comprovar que aves previamente marinadas com a bebida possuem quase 90% menos aminas heterocíclicas, prejudiciais à saúde de tal forma que são associadas a alguns tipos de câncer. E os benefícios não param por aí. O vinho tinto bebido normalmente, como um acompanhamento à comida, pode ajudar a evitar intoxicações alimentares e, inclusive, matar bactérias responsáveis pela úlcera e gastrite.

“Dentre outros benefícios, o vinho utilizado como tempero dá uma leveza, um toque diferenciado no resultado final, com mais personalidade e leveza nos resultado final”, explica Ézio Librizzi, proprietário e cheff de um dos mais tradicionais restaurantes de Florianópolis – a Macarronada Italiana, que recomenda a receita abaixo:

Fettuccine alla Rossini – para quatro pessoas

Ézio Librizzi

Ingredientes

500g de massa caseira com ovos, tipo fettuccine

800g fígado de frango picado

200g champignon

200g ervilha

Azeite para refogar, a gosto

2 folhas de louro

Ervas aromáticas, 2 folhas de louro, alecrim e salvia.

2 talos de salsão picados

3 dentes de alho

1 cebola picada

2 cenouras picadas

375 ml vinho tinto

1/4 pimenta dedo de moça sem semente, ou coloque pimenta do reino no final, a gosto

0,3 a 0,5 litros de caldo de carne*

500g de tomate casse

2 tomates italianos sem pele, de preferência enlatado e importado da Itália, mas de boa qualidade.

1 pitada de açúcar

Tomilho a gosto (facultativo para quem gosta de tomilho)

Sal a gosto

Modo de preparo

É importante que o caldo de carne seja bem feito. Para prepará-lo, será preciso 1,5 Kg de carne, 2 cebolas inteiras descascadas, 2 cravos encravados na cebola, 2 cenouras descascadas, 2 ramos de salsão, sal à gosto e cinco litros de água fria. Todos os ingredientes devem ser cozidos de 40min a 1h, em panela de pressão.

Uma vez preparado o caldo, coloque o azeite em uma panela,  e refogue, em seqüência e respeitando o tempo de cada, o alho, a cebola, a cenoura e o salsão. Junte as ervas aromáticas, os temperos, o fígado e a pimenta dedo-de-moça. Refogue e acrescente o vinho tinto.

Deixe cozinhar por 5 minutos, acrescente o tomate casse, o tomate italiano sem pele (ou o extrato) e o caldo de carne, acertando o sal e o champignon e as ervilha.

Deixe cozinhar; compense com o caldo, toda a quantidade que evaporar e reduzir.

Cozinhe a massa em bastante água e sal, até estar ao dente e escorra.

Misture ao ragú, decore com as azeitonas pretas, temperos, pimenta dedo-de-moça e sirva.

Minha Padoca: São Paulo da Cruz

Minha primeira lembrança gastronômica em São Paulo foi uma refeição feita na padaria São Paulo da Cruz, na segunda-feira à noite do dia em que me mudei de vez para cá. Segunda à noite, vários restaurantes fechados, não conhecia os deliverys… Maridão e eu acabamos comendo uma pizza por lá, que é vendida inteira (a calabresa com queijo sai por R$ 14) ou em pedaços.

Nesses 2 anos, a padoca virou nossa amiga mais fiel no dia a dia, que já salvou “aquela” receita especial que ia ficar ruim porque faltava molho de tomate na dispensa. Receber uma visita de surpresa? Sem problemas, basta descer para comprar bebidas na padoca e de quebra ainda levar uns pães de queijo (R$ 3 a cada 100 gramas) e uns salgadinhos.

Além das comprinhas de última hora, já que a padoca tem produtos de armazém, frios/bebidas e até frutas, adoro tomar café da manhã por lá. Sou apaixonada pelo misto quente no pão francês (R$ 3,50) – o queijo e o presunto são colocados diretamente na chapa e depois prensados dentro do pão, deixando um sabor tostadinho delicioso. Só provando para saber. Também gosto muito do pão de queijo esquentado com manteiga na chapa e finalizado com requeijão em cima. Escandaloso. Maridão curte o pão na chapa simples (R$ 1,80), mas prefiro a baguete com parmesão (R$ 2,80). A padoca tem também sucos feitos na hora, vários salgados gostosos – como o de salsicha com queijo empanado – e café coado (R$ 1,60), pingado (R$ 3,30) ou expresso (R$ 2,50). Gosto muito do chocolate batido (R$ 4,20) e dos sucos, principalmente o de melancia. Vai passear na Praça Benedito Calixto? Vale passar por lá para conhecer. Se for hora do almoço, ainda rola um self service ou pratos feitos bem servidos.

São Paulo da Cruz
Na esquina da Teodoro Sampaio com a rua João Moura
E mais três unidades (Pinheiros, Consolação e Jardins)
Tel: (11) 3081-4526