Archive of ‘testado e aprovado’ category

Trem bão de si comê, sô!

Por Tiago Cordeiro

Domingo paulista, noite épica e fome absurda. A pedida é comida boa e farta, sem jeito de pedreiro. Resumindo: comida mineira? Aceito. E não conheço lugar melhor da comidamineirinhaquesósô que não seja o Consulado Mineiro. Praticamente uma zona de teletransporte em que você vai para uma zona dimensional conhecida como “fazenda-mineira-da-vó-que-ocê-nunca-teve-uai”.

Pastéis para começar

Não sei bem qual a história do restaurante, mas sinceramente? A imaginação é muito mais fascinante. Daí­, você viaja com os motivos de todos os garçons serem tí­picos mineiros (atores contratados? Famí­lia exilada em sampa? Ex-habitantes de Varginha que são ETs disfarçados?), mas francamente isso pouco importa quando a gente percebe que o serviço é ótimo. Praticamente impossí­vel não receber um sorriso e não achar simpático o sotaque dos caras. Regionalismo repetido no tempero do simpático Medalhão que pedimos (R$50,50).

Medalhão

Embora a maioria dos pratos seja para duas pessoas, qualquer refeição serve para duas pessoas e um ser da espécie dos glutões (presente). Foi o nosso caso. Aliás, dois homo glutoenis se satisfazem fácil com qualquer coisa do cardápio.

O prato é composto pelo macio filé com salsinhas pertinentes. Sim, pertinentes. A carne mineira passa longe daqueles bifões salgados consagrados pela cultura do sal desmedido. Não sei se as folhinhas tão injustiçadas pelo Verí­ssimo são o segredo do sabor ou se é a radioatividade do disco voador. Fato é que a carne é gostosa pra cacete. Relaxa e goza.

Pequena porção de arroz

Tal qual Adam Clayton (baixista) e Larry Mullen Jr. (baterista e percussionista) fazem no U2 o arroz e feijão do prato mineiro compõem bem o prato principal. Prefiro o arroz, diferente do que cresci comendo, com raí­zes cearenses. O arroz do Consulado é um Adam Clayton quase The Edge em seu inimitável solo de With or Without You. Na boa, não dá pra viver sem esse arroz. Curti o feijão, mas é que rola um preconceito racial: se não for preto, nunca acho mais do que bom. Mal aê. Coisa de carioca que não supera o fato de feijão branco ser chamado de carioquinha. É zoação de paulista, só pode.

Fritas

E pra fechar a batata frita mineira. Once upon a time que diziam que a french fries foi cunhada pelos franceses? C’est sa? Non, o Consulado explica que fritas são coisa de botecos mineiros, sequinhas e sem sal (ocê põe a gosto, cumpádre), mas deliciosas. Trem bão.

A pí­lula vermelha que nos fez sair da Matrix de Minas Gerais foi o cafezinho (R$ 2)  que pedimos no final. Forte demais e sem aquele sabor tí­pico que faz todo o resto especial. É o suficiente pra gente acordar, mas não é o bastante pra reclamar. Na real, o Consulado Mineiro permanece como uma zona de iguarias regionais e, felizmente, os caras ainda não resolveram voltar pro seu planeta ou pra Varginha, sei lá. Aproveite e desfrute disso.

Consulado Mineiro
Praça Benedito Calixto, 74, Pinheiros, São Paulo/ SP
Telefones: 11 3088-6055 ou  3064.3882

Panettone de trufa da Cacau Show

Adoro panettone, principalmente os recheados. Com a proximidade do Natal, já comprei dois – o ‘trufado de creme de avelã’ da Cacau Show e o recheado de doce de leite do Havanna.

Diferente do trufado de maracujá, que provei ano passado, o de avelã não é com frutas cristalizadas, mas com gotas de  chocolate, ou seja, é overdose pura de chocolate!

O panettone é assim [desconfie sempre, rs]: coberto de chocolate, bem recheado, macio, sem exagero de essências e com muitas gotas de chocolate.


A Cacau Show melhorou bastante o recheio dos panettones. Comparem a imagem acima com o panettone recheado com trufa de maracujá que comprei ano passado:

O valor dos panettones: R$ 34,90. Deu vontade? Veja aqui a loja mais próxima.

Cupcakes de chocolate

No final de semana testei mais uma receita desses bolinhos fofos. A nova receita de chocolate é boa pelo rendimento, 24 unidades! Algumas receitas que já coloquei aqui costumam render metade.

Os bolinhos acima foram recheados com brigadeiro, coberto com brigadeiro e granulado.

INGREDIENTES

Massa

* 1 xí­cara (chá) de chocolate em pó
* 2 xí­caras (chá) de açúcar
* 3 xí­caras (chá) de farinha de trigo
* 2 ovos
* 3/4 xí­cara (chá) de óleo
* 1 xí­cara (chá) de leite
* 1 colher de sopa de fermento em pó

Preparo: misture os ingredientes secos em uma tigela e os lí­quidos em outra. Junte as duas misturas e mexa bem. Coloque nas forminhas especiais para esses bolinhos e leve ao forno pré-aquecido por aproximadamente 15 minutos ou até ficarem bem assados. Rende aproximadamente 24 unidades.

Testado e aprovado: restaurante Ritz

Por Isabelle Lindote

Depois de muito ler sobre a fama do Ritz, maridão e eu resolvemos ir visitar o restaurante da Alameda Franca para almoçar no último domingo (22/11). Chegando lá, de cara amei a porta giratória vermelha, um luxo!

Depois de entrarmos e colocarmos nossos nomes na fila de espera (que durou uns 10 minutos), ficamos sentados no bar, admirando a decoração com cara de bistrô europeu, com bancada de mármore, espelhos rebaixados e um mezzazino baixinho.

Já fomos sabendo que pedirí­amos hambúrgueres com dois acompanhamentos, mas as sugestões de pratos nos deixaram tentados, como o parmegiana de carne e a moqueca de camarão… o maridão acabou indo de Hamburguer de Gorgonzola, um clássico do lugar, com dois acompanhamentos: fritas e onion rings (R$ 28,10). O pão veio quentinho, a carne estava temperada no ponto e a pasta de gorgonzola satisfaz desde que quem gosta do queijo até quem é viciado. Mas o que conquistou o paladar do meu carioca foi a cebola, fininha e bem frita, foi certamente a parte mais apreciada do lanche.

Eu pedi o lanche mais tradicional: um Ritz Burguer acompanhado dos super recomendados bolinhos de arroz e fritas (R$ 32,30). Não é um lugar barato, mas essa delí­cia vale cada centavo. Um muití­ssimo bem-feito hamburguer de carne (não identiquei o tipo nem encontrei essa especificação na internet – a casa está sem website), com queijo cheddar de qualidade (também é possí­vel pedir o gorgonzola), alface, tomate e pancetta (uma espécie de bacon italiano).

Os bolinhos de arroz são realmente fantásticos, sequinhos e bem recheados, e as batatas estavam bem gostosas, sem nada de mais. Pedimos uma porção de maionese de ervas (que não foi cobrada na conta – que deu R$ 91) e um refrigerante cada, que caí­ram muito bem com os lanches. A maionese podia vir em um pote maior, mas o sabor é agradável, sem muito destaque também. Vale destacar que o catchup e a mostarda são Heinz, nada de marcas baratas, como as melhores hamburguerias fazem questão de ter.

Apesar do preço bem alto, o Ritz Burguer realmente vale a pena ser provado: carne no ponto, recheio saboroso, lanche que mata a fome e cabe na mão. Os garçons pareciam meio confusos com a casa pequena e cheia, mas foram atenciosos e a conta veio rápido, sem estresse. Antes de irmos embora, dividimos um Gatêau com sorvete de creme (R$ 15,60)… que se tornou a única ressalva do almoço. Um pedaço de bolo meio sem graça, de chocolate amargo e textura macia em cima, só que seco embaixo. O sorvete não identificamos qual era, mas o sabor não foi nada marcante. Na boa? Não vale tantos reais. Talvez era melhor ter pedido um cafezinho…

Ritz Jardins
Alameda Franca ,1088
Telefone: 11 3088-6808