Gin Tônica em seis versões no Astor

Falar que um estabelecimento está lançando uma carta de Gin Tônica é, no mínimo, curioso. Afinal, o clássico coquetel que fez grande sucesso nas décadas de 50 e 60 – e surgiu durante a colonização britânica na Índia como remédio para evitar a malária – é preparado basicamente com gin e água tônica. Mas no Astor a criatividade falou mais alto. Agora a mistura começa a ser servida em seis versões elaboradas com diferentes rótulos da bebida alcoólica e aromatizadas com bitters variados, frutas e especiarias. Todas são criações de Edgard Bueno da Costa, um dos sócios do grupo, em parceria com Pereira, premiado barman que assumiu recentemente o balcão da casa, após dois anos preparando caprichados drinques no Sub, bar especializado em coquetelaria instalado embaixo do Astor.

No final de 2011, Edgard viajou em férias para a Europa e ficou fascinado com a variação de Gin tônica que encontrou por lá. Elas iam muito além da tradicional e pareciam agradar o público nos endereços por onde passou. Edgard resolveu, então, apostar em novidades. Comprou diversosbitters (compostos geralmente amargos, feitos em sua grande maioria com raízes e usados em pequena quantidade para perfumar os copos) e, de volta ao Brasil, se reuniu com Pereira para fazer testes. “Levamos alguns dias buscando a combinação perfeita entre ingredientes que reforçassem as características de cada marca”, explica o empresário.

As novidades: o Saffron (R$ 33) é feito com gin de mesmo nome, que apresenta fortes traços de especiarias, água tônica, casca de açafrão fresco, bitter de laranja e um twist de laranja baia. Enquanto o Orange Spicy (R$ 33) leva gin Bulldog – resultado da infusão de 12 botânicos de 8 países, incluindo lavanda francesa, folha de lótus chinesa, papoula branca da Turquia, entre outro, bitter de grapefruit, anis estrelado, twist de laranja baia e canela em pau. Completam a lista de lançamentos o refrescante Rose Cucumber (R$ 33), com gin Hendrick’s, água tônica, aromatizado com gotas de bitter Burlesque, fina fatia de pepino e pétalas de rosa, o English Mojito (R$ 23), com gin Tanqueray, água tônica, um toque de run branco, gotas de bitter de limão, folhas de hortelã etwist de limão Tahiti, o Pineapple ten (R$ 33), com gin Tanqueray Ten, água tônica, casca de abacaxi, sementes de zimbro e gotas de bitter Creole, além do Classic (R$ 23, foto acima), que no Astor é feito com gin Tanqueray, água tônica, bitter de laranja, sementes de zimbro, twist de limão e grapefruit.

Chá – bebida de todos os momentos

Na França, cada vez mais as pessoas bebem chá e de todos os tipos: chá preto, verde, com notas florais e chá de ervas. E existem tanto casas que servem chá (Salon de thé) como uma grande variedade para se comprar nos supermercados e também em lojas especializadas.

Meu primeiro estranhamento foi ver que na maioria dos Salons de thé o chá custa mais caro do que o café, mas depois entendi que na maioria das vezes são misturas importadas (da China, India, África…) com sabores muito sutis,  o que justifica o preço.

Experimentei o chá preto (um exemplo: English Breakfast) pela primeira vez num albergue em Paris, pelas mãos de uma canadense de origem chinesa, e adorei, basta por um pouco de leite e açúcar que fica uma delícia. É ideal pra tomar pela manhã pois tem uma grande quantidade de cafeína.

Aí fui aumentando minha coleçãozinha de chás: chá preto pra tomar de manhã, chá de ervas (conhecido como tisane na França) pra tomar antes de dormir…

E comprei recentemente um numa casa especializada que é muito gostoso, o Chá dos Monges (Thé des Moines):

Comprei-o no Palais des Thé, a caixinha com 20 saquinhos custou 7,50 euros e também a opção de comprar por grama (7,50 euros – 100g) ou em lindas latinhas. Comparado ao sachets de chá de supermercado esse é mesmo um luxo, feito de algodão e com uma grande quantidade de ervas super perfumadas dentro, a diferença se vê no preço também, porque os outros que comprei no supermercado custaram em média 2 euros também com 20 saquinhos.

O chá dos monges é uma mistura de chá preto, chá verde e notas florais, que tem sua receita guardada em segredo. Pode ser bebido durante o dia inteiro e é uma delícia, sem falar que o chá traz muitos benefícios para saúde. =)

No Brasil existem algumas opções desses tipos de chá – a Claudia escreveu um post sobre chá faz pouco tempo – mas é tudo bem caro… E ótima ideia é plantar a erva que você gosta num vasinho e preparar o chá com as folhas frescas.

Restaurant Week multicultural

Árabe, latino, francês, chinês ou simplesmente multicultural, a 10ª edição da São Paulo Restaurant Week, a partir de hoje, trará menus especiais de casas que já se consagraram na maratona gastronômica.

Mercearia do Conde (apenas no jantar)

Para a décima edição da Restaurant Week, a chef Flávia Mariotto preparou um menu que traduz bem o conceito da cozinha que pratica na Mercearia do Conde: receitas que abusam de ervas, especiarias e pimentas, além de utilizar muitas frutas e verduras. O cardápio com opções de entrada, prato principal e sobremesa será servido apenas no jantar pelo preço fixo de R$ 43,90.  Entre as entradas, a Saladinha tropical com abacate, mussarela de búfala e amêndoas “spice” ao molho de vinagrete de laranja é uma boa escolha para os dias mais quentes. Nos principais, destaque para o Involtine de frango à Saltimboca ao molho de gengibre com Cake de batata e ratatouille (foto acima). Para finalizar, a Nuvem de goiabada com paçoca de amendoim é uma opção leve e saborosa preparada com a famosa marmelada.

Obá restaurante (almoço e jantar)

Um dos veteranos da SPRW, o Obá traz nesta edição pratos que são sucesso entre a clientela fiel, além de receitas dos chefs que passaram pela casa nos muitos festivais promovidos pelo restaurateur Hugo Delgado, oferecendo assim um panorama da gastronomia dos quatro cantos do mundo. Entre as entradas do jantar, os Calamares Manches é um prato emblemático do México que leva lula e beterrabas assadas, salteados com suco cítrico e um toque leve de pimenta. No almoço, destaque para uma receita tailandesa: o Curry de Frango (foto acima), que traz pedaços de peito e abobrinha com curry preparado em leite de coco e aromas de açafrão, capim limão e folha de limão, acompanhado de arroz jasmin e relish de pepino. Para finalizar, o Canastreli di levanto são bolachinhas de manteiga que derretem na boca com creme perfumado com Sciaccetrà, um vinho típico da Itália e que será servido no almoço.

Robin de Bois (jantar)

Lado a lado, clássicos da cozinha francesa e pratos emblemáticos de NYC com pitadas autorais serão servidos no cardápio especial, criado pelo orestaurateur Otávio França para o jantar do evento. Como entrada, Canapés de steak tartare (foto acima) ou Salada Verde com queijo brie e molho de mostarda e mel. Nos principais, as opções são o Filé Mignon recheado com brie, farofa de alho poró e molho de ervas ou o St. Pierre com pesto de alcaparras e purê de wasabi. Para encerrar, os Crepes de chocolate com creme inglês ou de Abacaxi com chantilly são sugestões de sobremesa.

Suri Ceviche Bar (só jantar)

Para essa edição da SPRW, o chef colombiano Dagoberto Torres preparou um menu especial, composto de 6 pratos, que será servido somente durante o jantar. O cardápio traz receitas dos países latinos e é uma ótima pedida para os dias mais quentes, acompanhadas de um tradicionalPisco Sour (R$ 16,50). Entre as entradas o chef criou uma receita inédita de ceviche: o Goa, que reúne peixe branco, camarão, vongole com leite de coco, coentro e um toque de curry feito na casa. Entre os pratos principais, o Del trópico traz filé de Saint Peter empanado em banana-da-terra, servido acompanhado de gratin de mandioca e saladinha. Para terminar peça o Urabá (foto acima): torta de banana acompanhada de refrescante sorvete de creme e a fruta caramelizada.

Ping Pong (almoço e jantar)

A rede londrina famosa por servir os dim sum – pequenas porções artesanais recheadas de carne, legumes ou frutos do mar, normalmente cozidos no vapor, mas também assados ou fritos – traz nesta edição do SPRW combinados com os bocados de origem chinesa. Os clientes não precisam escolher entradas, pratos principais e sobremesas: serão servidos com todas as opções de cada cardápio.

Para o almoço é servido o Ping Pong Dumpling Mix, que começa com uma Salada de folhas com molho asiático, um rolinho chinês frito de frango, um rolinhovietnamita e uma torrada com camarão. Completam as sugestões cincodumplings no vapor, como o de Viera e shiitake e o de Camarão com cebolinha francesa, além de um arroz de pote e, para sobremesa, sorvete. Para o jantar, há ainda mais diversidade no Ping Pong Experience, que serve como entrada a crocante porção de torresmos com temperos asiáticos, seguido de uma seleção de quatro dim sum assados e fritos, como o Folhado de pernil e o Rolinho chinês de frango. Entre os cinco dumplings no vapor oferecidos, destaque para o Har gau (foto acima), leve e feito com massa branca recheada de camarão e broto de bambu, e o de Frango apimentado, que leva legumes. Para finalizar a sugestão é o Pudim de manga, leve e refrescante, acompanhado de calda de coco.

Espaço Árabe (almoço e jantar, apenas na unidade da Oscar Freire)

Após a reforma realizada no final de ano passado, o restaurante-conceito localizado na Rua Oscar Freire reinaugurou cheio de novidades no espaço e no cardápio. Para o almoço, além dos janelões de vidros logo na entrada, os clientes podem experimentar os Mini Kibes recheados de cream cheese ou as Mini Esfihas de carne, verdura ou ricota servidas com pasta de homus, pão sírio e falafel. Entre os pratos principais, a receita de Berinjela marroquina, recheada com mix de amêndoas, uvas passas, azeitona, tomate e alho-poró, servida com cuscuz com legumes, é ótima pedida para os vegetarianos. A casa também oferece a Fajita árabe, frango grelhado ao toque de curry com pimentões cobertos com coalhada fresca e hortelã, acompanhado por uma Salada Fatuch, ou ainda o Ragu de cordeiro (foto acima) e o Kibe assado. Para as sobremesas, os doces ganham um toque ocidental na Esfiha coberta por chocolate e avelã e no Ataif, massa que se assemelha a de uma panqueca recheada com cream cheese, calda de damasco e pedaços de pistache.

Mercearia do Conde

http://www.merceariadoconde.com.br

Rua Joaquim Antunes, 217
Telefone: 3081-7204
Horário de funcionamento: seg. a quarta – 12h às 16h e 19h às 24h, quinta, 12h às 24h, sexta, 12h às 01h, sab, 12h30 às 01h e domingo e feriados, 12h30 às 23h

Obá

http://www.obarestaurante.com.br

Rua Dr. Melo Alves, 205
Telefone: 11 3086-4774
Horário de funcionamento: seg, 20h/0h; ter a qui, 12h/15h e 20h/0h; sex, 12h/15h e 20h/01h; sáb, 13h/16h30 e 20h/01h; dom, 13h/16h30; feriados: 13h/16h30 e 20h/01h
Estacionamento com manobrista: R$ 15 (almoço e jantar)

Robin Des Bois

http://www.robindesbois.com.br/

Rua Capote Valente, 86 – Pinheiros
Telefone: 3063-2795
Horário de funcionamento: de terça à quinta, das 19h às 00h; sexta das 19h às 2h; sábado das 12h às 2h e domingo das 12h às 23h

Suri Ceviche Bar

http://www.suri.com.br

Rua Mateus Grou, 488, Pinheiros
Telefone: 3034-1763
Horário de funcionamento: de segunda à quinta, das 19 à 0h; sexta, das 20h à 1h; sábado, das 13 às 17h e das 20h à 1h; domingos e feriados, das 13 às 17h

Ping Pong

http://www.pingpongdimsum.com.br

Endereços: Itaim – Rua Lopes Neto, 15
Telefone: (11) 3078-5808
Horário de funcionamento: Segunda a quarta-feira a partir das 12h às 15h e 18h às 23h / Quinta-feira 12h às 15h e 18h às 24h / Sexta-feira 12h às 15h e 18h a 01h / Sábado 12h a 01h e Domingo das 12h às 23h.
Morumbi – Av. Roque Petroni Jr., 1.089  – Shopping Morumbi – Piso Lazer
Telefone: (11) 5181-2288
Horário de funcionamento: Segunda a Domingo, das 12h00 às 22h00

Espaço Árabe

http://www.espacoaraberestaurante.com.br

Rua Oscar Freire, 168 – Jardins
Telefones e Delivery: 11 3081 1824 / 3083 4977
Horário de funcionamento: segunda a quinta-feira das 10h às 23h / sextas e sábados das 10 h à meia-noite / domingo e feriado das 10h às 23h

Quem não gosta de pão de queijo?

A gente adora! Grande ou pequeno, não importa. Se for feito com massa caseira e queijo em abundância, e  ainda estiver quentinho, huuuum… Por isso, selecionei alguns dos melhores pães de queijo que já provei para compartilhar com vocês e, claro, também colher dicas e sugestões. Nada mais decepcionante do que pedir uma porção de pão de queijo para descobrir que os danados são do tipo congelados, não é mesmo?

Pão de Queijo Haddock Lobo: apesar de caro e pequeno, vale cada centavo por ser feito com queijo de qualidade e polvilho doce.

Las Chicas: ainda não entrou no roteiro gastronômico paulista de melhores pães de queijo, mas é delicioso!

Villa Grano: o pão de queijo recheado é ótimo, mas ainda prefiro o tradicional.

Galeria dos Pães: Com requeijão transbordando, é uma perdição!

A. J. Pães: antiga São Paulo da Cruz, a padoca foi reforma, mas o pão de queijo continua ótimo. Experimente o quitute na chapa.

Lá da Venda: eleito o melhor de São Paulo, esse pão é feito com queijo da canastra, ovo caipira e polvilho artesanal. Eu gosto, mas não acho o melhor não – prefiro os menos salgados e mais macios.

Coco, Cravo e Canela: pão de queijo com formato alongado, é enorme e delicioso, principalmente depois de aquecido.

Navettes de Marseille

O Four des Navettes é uma padaria francesa fundada em 1781 e que fabrica as mais tradicionais Navettes da cidade.

A palavra Navette significa lançadeira, instrumento usado para tecer os fios num tear, ou um pequeno barco, mas hoje em dia tem muitos outros significados, como por exemplo a “navette aéroport” ônibus que faz o trajeto entre a cidade e o aeroporto. E existe uma grande tradição de fazer biscoitos com esta forma.

A origem do biscoito está associada à festa da Chandeleur – comemorada no dia 02 de fevereiro, simboliza o momento em que  Jesus é levado ao Templo –  na maior parte da França a tradição é fazer crepes neste dia, mas em Marseille se come a navette.

A história dessa tradição é antiga, acredita-se que no final do século XIII a imagem de uma virgem é encontrada no Vieux Port (Antigo porto) de Marseille e ela é vista pela população da época como uma santa protetora, para alguns a Virgem Protetora das Pessoas do Mar.

E alguns dizem que a navette simboliza o barquinho que leva os santos protetores na região de Provence (Sul da França). Assim para relembrar essa história, em 1781, o dono da Four des Navettes, Monsieur Aveyrous, tem a ideia de fazer o biscoito em forma de barquinho.

As navettes dessa padaria de Marseille têm sua receita guardada a 7 chaves, para se ter uma ideia, na embalagem não tem escrito nem quais são os ingredientes. Após provar a única certeza que tenho que é tem essência de flor de laranjeira na massa.

Na loja são vendidos pacotes com 12 (8,50 euros), latas com 12 (17 euros) ou 24 (25 euros) e elas podem ser comidas até um ano após a compra.

E uma dica, a primeira vista os biscoitos parecem incrivelmente duros, e são, então antes de comê-los é preciso aquecê-los por cerca de 20 segundos no microondas ou colocar na torradeira, aí ele fica morninho e macio por dentro.

Four des Navettes
136, rue Sainte (ao lado da Abadia de Saint Victor) – Marseille