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Receita: Medalhão em crosta de presunto e sálvia com batata gratinada (La Pasta Gialla – SPRW)

Alguns pratos que experimentamos por aí ficam tão marcados em nossa memória que a vontade é saber a receita para testá-los em casa. Por isso, adorei essa seleção do Terra, que reuniu receitas de alguns restaurantes que estão participando do São Paulo Restaurant Week, com fotos suculentas que já abrem o apetite. A receita abaixo é do La Pasta Gialla, do qual já falamos por aqui, e de um de seus pratos para o jantar do #SPRW: Medalhão em crosta de presunto e sálvia com batata gratinada.

Ingredientes:
180 g de filé migon
150 g de batata gratinada
15 g de presunto cru
1 colher (sopa) de sálvia
2 fatias de pão de forma sem casca
1 colher (sopa) de manteiga
20 g de queijo parmesão
2 colheres (sopa) de molho rôti

Modo de preparo:
Disponha as fatias de presunto em uma assadeira e leve ao forno até começar a soltar gordura. Retire o excesso de gordura e volte ao forno até ficar crocante, reserve em papel toalha (pode ser feito no micro-ondas). O presunto deve ficar bem seco. Passe o pão de forma na peneira, derreta a manteiga e doure o pão na frigideira. Pique a sálvia, bata o presunto no processador ou pique na faca. Misture o pão com a sálvia e o presunto picado. Aqueça a porção da batata no micro-ondas por 1 minuto, disponha dentro do aro redondo em uma assadeira, cubra com o queijo parmesão e leve para gratinar. Tempere os medalhões com sal e pimenta. Grelhe com óleo de soja até estar no ponto. Passe o medalhão na crosta de presunto, fazendo a crosta pegar em todo medalhão. Aqueça o molho rôti e corrija o sal e a pimenta do reino.

Montagem do prato:
Disponha a batata gratinada na metade do prato, disponha o molho rôti na outra metade do prato e o medalhão sobre o molho.

SPRW: Oryza

Há três anos, quando fui, pela primeira vez, a restaurantes do São Paulo Restaurant Week, o evento trazia poucos lugares com almoço a 25 reais e jantar a 39 reais. De lá para cá algumas coisas mudaram. A lista de participantes na nona edição passou de 200 participantes, ganhou mais uma semana com a desculpa do cartão Black e Platinum e não é realizado apenas em São Paulo. Infelizmente, parece que a organização do evento tem pouca preocupação em manter apenas bons restaurantes. Quando eu digo bons, me refiro a restaurantes com alguma comida diferenciada, com espaço para acomodar com conforto os interessados, além daqueles que se preocupam, no mínimo, com a apresentação dos pratos. Na última edição tive a péssima ideia de conhecer a Cantina Brasiliani, na Vila Romana.

Agora, quando vou selecionar os restaurantes que vou do São Paulo Restaurant Week, pesquiso, pesquiso bastante. Leio em blogs, revistas e pergunto para amigos antes de fazer a reserva. Não é barato ir a vários locais ao longo de 15 dias. Mas, para nós, ir a alguns restaurantes é o mesmo que ter um blog de moda e não ir a uma São Paulo Fashion Week e passear pelos corredores da Bienal, em São Paulo. Foi assim que selecionei o restaurante Oryza, que visitei no último final de semana para um almoço com o namorado.

É difícil passar pela rua Mato Grosso e não reparar no pequeno sobrado vermelho, anteriormente ocupado pelo AK Delicatessen – da Andrea Kaufman. No interior do restaurante, a cor chamativa é trocada pelas paredes brancas com alguns grafites do Rafael Finok.

O Oryza, que significa arroz em latim, é a estrela do cardápio do restaurante e está presente no couvert (fatias de pão de arroz  acompanhado de uma porção pequena de manteiga queimada com flor de sal), nas porções de entrada (falam muito bem do bolinho de risoto), nos pratos (óbvio!) e até mesmo nas bebidas (saquê).

O almoço começou com o couvert: pão de arroz e manteiga queimada com flor de sal (R$ 5,50). Um garçom simpático veio até a mesa e deixou apenas uma fatia para cada um na mesa. Pintou a dúvida: será que o couvert é uma fatia de pão apenas? Não, não era. Logo que a primeira fatia foi devorada o simpático garçom retornou para perguntar se queríamos mais.

De entrada pedimos o Ovo mole com espuma de batata e pó de linguiça. Confesso que apesar de gostar de ovo fiquei com vontade de provar os bolinhos de risoto de arroz, a outra opção do menu para o São Paulo Restaurant Week.

Dica: não coma toda a espuma com o pó antes, misture com a gema para dar uma temperada. No final, sem o pó, parecia que eu estava comendo a gema crua sem tempero.

No menu fixo da casa o Ovo mole custa 14 reais.

De prato principal pedi o Riso al salto (arborio), rabada desfiada, purê e broto de agrião, que custa 28 reais a porção média e 40 reais a inteira. Delicioso! Tanto a carne quanto o arroz estavam harmoniosos. A rabada tinha molho na medida certa, além de bem temperada. O arroz, talvez, pudesse ter um pouco mais de tempero, de ervas. Enfim, não sobrou um grão para contar história.

O namorado preferiu o Risoto de beterraba (24 reais a meia e 34 reais a porção inteira no menu fixo), uma porção generosa se comparada ao meu pedido. Mas, independente do tamanho, os dois ficaram satisfeitos.

Se quiser fazer em casa o Risoto de beterraba e aprender outras receitas de restaurantes que participam da nona edição do São Paulo Restaurant Week, dê uma olha no Terra, que tem entre as receitas selecionadas, o risoto delicioso do Oryza. Veja a receita abaixo:

Ingredientes:
150 g de beterraba
500 g de arroz carnolli
100 g de cebola picada
200 ml de vinho branco seco
15 g de manteiga
850 ml de caldo de frango (ou de vegetais para uma versão vegetariana)
150 g de manteiga sem sal (para finalização)
10 g de queijo parmesão ralado
Sal e pimenta do reino a gosto

Modo de preparo:
Purê de beterraba: Cozinhe as beterrabas descascadas e temperadas com sal e pimenta em sous vide, a 90°C, por 75 minutos ou asse no forno embrulhadas no papel alumínio a 180°C até ficarem macias. Processe as beterrabas para obter um purê liso.

Para o risoto: Sue a cebola na manteiga e adicione arroz. Puxe até que os grãos fiquem translúcidos, adicione o vinho branco, mexa até secar e adicione caldo de frango. Mexa sempre, até o grão ficar al dente. Finalize adicionando o risoto com purê de beterraba, coloque a manteiga e o queijo ralado.

Fechamos o almoço com a Panna Cotta de sucrilhos com calda de Nutella (R$ 15 no menu fixo).

A sobremesa ficou longe de ser o ponto alto da refeição, talvez porque numa casa cujo carro-chefe é o arroz, resolvi trocar o famoso arroz doce pela simples panna cotta…

Se não fosse pelo valor fechado de R$ 31,90 o almoço no São Paulo Restaurant Week,  gastaria 69 reais com a entrada, prato principal e sobremesa sem as bebidas nem o couvert. A cerveja Stella custou 8 reais, o suco de limão saiu por 5 reais e por uma taça de saquê é cobrado 10 reais.

Total: R$ 115,28 com os 10% de serviço e duas pessoas felizes com o bom atendimento e de barriga cheia.

Oryza
Rua Mato Grosso, 450, Higienópolis, São Paulo
Telefone: 11 3151-4463

SPRW: Santa Gula (segundo ano)

Quem acompanha o blog sabe que acabamos dando uma segunda chance aos lugares que não curtimos muito – se não for terrível, obviamente. Até porque, diferentemente de roteiros e guias, nos quais os jornalistas são obrigados a testar regulamente alguns estabelecimentos com o veículo de imprensa pagando a conta, não temos nada nem ninguém para pagar nossa conta. E pouquíssimas vezes tivemos algum tipo de cortesia, só em casos realmente especiais. Pensando nisso, voltei ao Santa Gula, restaurante no qual não tive uma boa experiência no SPRW de setembro de 2010.


O lugar estava vazio, pois cheguei já no fim do horário de almoço, e o atendimento foi super atencioso. No entanto, alguns problemas persistem: o banheiro continua bem ruim e a contribuição para a caridade veio na conta. Duas coisas que acabam me afastando do restaurante. De entrada, pedi a salada com nozes caramelizadas e gorgonzola, pois a outra opção era moquequinha de camarão com peixe – e sou alérgica a camarão, infelizmente. A salada estava deliciosa, em porção pequena mas satisfatória, com perfeito equilíbrio entre as nozes, as folhas frescas e o gorgonzola, que não mascarou os outros sabores. Bem melhor que a última entrada que provei.

Uma pena que o prato principal, novamente, foi a pior parte da refeição. Perguntei ao garçom o que ele me recomendava, já que a casa tinha 4 opções de almoço, e ele me indicou o leque de filé ao molho de queijos com nhoque de semolina grelhado – pois disse ser o mais bem servido. Fiquei preocupada em saber como seriam as outras porções. A carne veio quase esturricada (ninguém perguntou qual o ponto que eu queria) e o molho foi insuficiente para amenizar a secura do nhoque. Veja as outras opções aqui. A melhor parte foi mesmo a sobremesa, único item do menu de SPRW que está no cardápio da casa: alpino cremoso, uma espécie de mousse com pedaços de chocolate, bem doce e encorpado.

O custo-benefício, para quem quer conhecer o restaurante, compensa pois os pratos são caros – os de frango custam no mínimo R$ 39 e os de carne em torno de R$ 50. A H2O custou R$ 4,50 e o couvert, que desta vez não aceitei, custa ainda R$ 11 por pessoa. Segundo o gerente Fábio, que reassumiu a casa há pouco tempo, todo o cardápio está sendo reestruturado e o SPRW serve como um teste para novos pratos.

Santa Gula
Rua Fidalga, 340 – Fundos – Vila Madalena
(11) 3819-0177

SPRW: La Vecchia Cucina

(*) por Célia Regina Bocci da Silva – comentarista convidada

Nossa escolha desta vez foi o La Vecchia Cucina, também reservado pelo serviço de concièrge da MasterCard. Porque escolhemos este? No ano passado, fomos no La Pasta Gialla e gostamos. E o La Vecchia Cucina é do mesmo dono (Sérgio Arno) e já foi escolhido por diversas vezes como melhor restaurante italiano de São Paulo por alguns veículos de imprensa, como a Veja São Paulo. Como ainda não conhecíamos e tinha um menu bacana… Enfim, a curiosidade era grande.


A reserva era para as 22h, mas chegamos mais cedo (esta é uma “regra” nossa que temos seguido em todos os restaurantes em que fazemos reserva: sempre chegamos um pouco antes do horário marcado, e tem funcionado bem até agora) e fomos prontamente conduzidos à mesa. O restaurante é bem bonito, tem três grandes salões bem decorados, piano ao vivo, espaço bom entre as mesas que permite boa circulação dos clientes e garçons, sem atropelos. No cardápio para a SPRW constam duas entradas, e pensamos que tivéssemos que escolher entre uma e outra, mas não: o restaurante estava oferecendo as duas. Ponto positivo. A primeira era Mini Brusqueta com Vitelo Tonné, Creme de Mandioquinha com Camarão no Vapor, Brie empanado com Mostarda de Cremona (foto acima). O vitelo estava muito saboroso, e a mostarda era suave, acompanhando bem o queijo. A segunda foi o Tagliatelle ao Ragú de Vitelo e Mozzarela de Búfala (abaixo). O tagliatelle estava al dente, no ponto mesmo, e o ragu, delicioso. No site da SPRW, este último prato consta como prato principal, mas no cardápio impresso, consta como entrada.

Para minha surpresa, o namorado (ele não é fã número 1 de frango) escolheu como prato principal Frango ao Curry e Mango Chutney com Arroz de Coco e castanhas do Pará, e foi só elogios. Provei e entendi: o frango estava sensacional, com sabor marcante, levemente apimentado, e o arroz de coco era suave, numa combinação surpreendente. Escolhi a Posta de Peixe em Crosta de Arroz Negro ao Molho de Frutas Tropicais e Gengibre, e Purê de Wassabi, e também não me decepcionei. Nunca havia provado o wassabi na forma de purê, e me surpreendi com o sabor, que casava perfeitamente com o peixe.



Para sobremesa, não havia opções: o prato único era o Crepe de Baba de Moça e calda de creme de avelã. A baba de moça e a calda de chocolate estavam muito bons, pena que o crepe era tão pequeno… Fomos bem atendidos. Não houve correria dos garçons para trazer os pratos, a conta foi trazida sem demora. O couvert, a R$ 16 por pessoa, é um dos mais altos dos restaurantes que fomos nesta etapa da SPRW. E um suco de tangerina sai por R$ 12, o que realmente não é barato para um suco de polpa. Os dois reais destinados à Associação Monte Azul foram incluídos na conta total. E não havia a explicação da destinação da nota sem o CPF para o Instituto Ayrton Senna.

La Vecchia Cucina
Rua Pedroso Alvarenga , 1088 – Hotel Transamérica Victória Place, Itaim Bibi, São Paulo
Telefone: (11) 3079-4042

SPRW: Bargaço


Já tinha ouvido falar muito bem do Bargaço, mas sempre que elogiavam o restaurante, o comentário vinha seguido por um “mas é caro…”. Por isso, decidi colocar o local em minha lista do SPRW e aproveitei a visita dos meus pais para que eles também pudessem opinar sobre a refeição. Afinal, nada melhor do que levar uma baiana, como minha mãe, para experimentar quitutes nordestinos de um restaurante tipicamente baiano. Começamos com bolinhos de bacalhau de entrada, com direito a duas unidades para cada. Apesar de pequenino, o quitute tinha bacalhau de verdade, o que foi uma surpresa para lá de positiva. A outra opção do SPRW era mini-acarajé.

O serviço não foi tão bacana – apesar de no final termos batido um papo com um garçom cearense – pois houve uma pressão chata logo que sentamos para que pedíssemos (chegamos 15h30 e o restaurante só fecha 17h aos sábados) e os atendentes, no geral, pareciam desatentos. A conta foi entregue duas vezes (oi?) e a nota demorou 15 minutos no final. Pelo menos a contribuição para caridade não foi incluída na conta, o que acho pavoroso. Abaixo, o bobó de camarão da minha mãe e a moqueca de peixe que pedi  – maridão e meu pai foram na minha também. As porções individuais são apresentadas em panelas com molho borbulento e cheiroso, com aquele aroma de dendê de qualidade. O peixe usado é o saint peter. Apesar de eu preferir cação, estava delicioso e muito bem servido.

A parte, o prato tem ainda arroz branco soltinho (tipicamente nordestino, com quase nada de tempero para não pesar com as carnes), farinha amarela e pirão de peixe. Mais abaixo, um pouco da moqueca com os acompanhamentos prontos para serem devorados. Para dar conta de tudo, enchi dois pratos e ainda sobrou pirão e farinha. O melhor é que, apesar de aparentemente ser uma comida pesada, nós quatro saímos muito bem do restaurante e ainda caminhamos por uma hora na Oscar Freire. E ninguém teve “revertério”, nem o maridão nada acostumado com este tipo de iguaria. Também adorei que os pratos são muito parecidos com as fotos divulgadas pelo SPRW. Nada mais decepcionante do que chegar no local escolhido e se deparar com algo diferente do imaginado.

A sobremesa, escolhemos a cocada preta, estava boa, mas ainda bem que veio pouco, pois era muuuuuuuuuuito doce. No fim das contas, a porção estava correta, senão seria complicado comer tudo. As outras opções eram doce de abóbora com coco ou goiabada cremosa. Acabamos complementando o espaço do doce lá no Bacio di Latte, com sorvetes de gianduia e nutella.

Segundo informações do restaurante, o proprietário é o pernambucano Leonel Evaristo da Rocha já foi vendedor de frutas e de jornais, camelô, balconista, borracheiro, lavador de pratos, garçom, balconista e cozinheiro antes de abri o primeiro Bargaço, em 1971. Hoje são 7 restaurantes, um deles na Oscar Freire (SP). Uma história de vida vencedora que deu origem a uma culinária com tempero nordestino original e delicioso.

Bargaço
Rua Oscar Freire, 1189 – Cerqueira César – São Paulo
Tel: (11) 3082-2626 / 3085-5058