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SPRW: El Patio

O restaurante acomoda bem 60 pessoas, num ambiente com luz baixa e iluminado por velas nas mesas, na pacata ou charmosa rua Normandia, em Moema. A casa, aberta em 2004, tem o cardápio inspirado na cozinha mediterrânea e pratos da cozinha espanhola.

O jantar na última quinta-feira, começou com a salada El Patio: folhas variadas, queijo brie, amêndoas torradas e jamón serrano, que veio sem tempero. Não sei se isso foi bom ou não. Na primeira garfada veio a decepção, pensei que seria surpreendida por uma mistura de sabores, mas foi um azeitinho com um pouco de sal que temperou e não desfez a decepção.

Nesta edição resolvi dar uma olhada no menu fixo e checar o preço das comidinhas fora do São Paulo Restaurant Week. A salada custa 31 reais, quase o valor do menu SPRW no almoço.

O namorado foi de creme de mandioquinha com queijo brie, que não está no menu fixo da casa. Me arrependi de ter escolhido a saladinha sem tempero…

Os dois pratos principais também não figuram no cardápio fixo, mas bem que poderiam. A truta grillié com risoto de jamón estava delicioso. Pediria para repetir se pudesse. O respectivo, bom carnívoro que é, pediu o Filé mignon na mostarda Dijon com batata selvagem.

Fiquei na dúvida se pedia a carne ou não, mas o arroz sempre vence. Como boa neta de japas que sou, nunca dispenso uma porção de arroz, principalmente se for quente.

Não provei nem um teco da carne, mas o namorado aprovou. Embora a primeira impressão era de que não ia sustentar pelo resto da noite, terminou o jantar dizendo que  a carne era equivalente a três bifes.

Antes de falar das sobremesas, um parênteses para o atendimento. Havia apenas dois casais quando chegamos, umas 20h, e muitas mesas livres. O garçom que fez os primeiros pedidos demonstrava que estava bem de saco cheio, fez cara feia quando recusamos o couvert e de morou para trazer o menu do São Paulo Restaurant Week. O segundo atendente foi bem mais atencioso.

Todos os pratos demoraram para chegar. Como a casa estava vazia, a única justificativa que restou foi a beleza e o preparo dos pratos. Todos chegaram com a aparência impecável, até mesmo a salada sem tempero.

Quando o Trufado de chocolate meio amargo com calda de frutas vermelhas foi colocado na mesa achei que tinha feito a escolha errada. O namorado estava fotografando o prato bem montado – agora ele também é um gastrochato – quando dei a primeira garfada e abri um sorriso. A minha sobremesa era mais gostosa! O creme catalana, 12 reais no menu fixo, chegou morno, cremoso e caramelado na medida certa, o suficiente para ter um pedacinho crocante para misturar com o creme.

E as bebidas? As cervejas Setlla e Cerpa custaram 8,50 reais cada. O suco natural de laranja saiu por 5,75 reais. O café foi bem salgado, mas acompanhado de um bolinho de chocolate bem gostoso, custou 4,50 reais cada. Total: R$ 131,45. Se fôssemos fora do SPRW, só a salada e o creme custaria 43 reais, ou seja, compensa aproveitar o menu do El Patio.

Para se ter ideia dos valores dos pratos da casa, anotei três que fiquei com vontade de provar: fetuccine com camarão e tomate fresco ao alho e manjericão (38 reais),  paella Valenciana (52  reais por pessoa) e paella Marinera (65 reais por pessoa).

Obs: Provamos o menu do jantar, que é diferente, apenas os pratos principais, do almoço.

El Patio
Rua Normandia, 12, Moema, São Paulo
Telefone: 11 5536-0490

SPRW: AK Vila

Depois da primeira visita, voltei ao AK Vila na expectativa de ter uma experiência gastronômica mais bacana. Para isso, escolhi o cardápio do SPRW, uma oportunidade que os restaurantes tem de mostrar um pouco do que há de melhor na casa. Depois de ser recepcionada pela chef Andrea Kaufmann,  que gentilmente comentou no último post me convidando a checar que a cozinha não usa microondas (o que verifiquei ser verdade na área de finalização), sentei com três amigas para começar a refeição. Fui de croquetes de pato com geléia picante enquanto duas de minhas acompanhantes escolheram a berinjela chamuscada com tahine e tomates temperados.

As berinjelas chegaram impecáveis, bem montadas, temperadas e consistentes. Já o bolinho de pato, que estava com fritura correta, sequinha, e bem recheado, só me incomodou pelo fato de ser bem picante – mesmo sem o molho doce e picante que o acompanhava. Acredito que seria interessante que essa informação fosse apontada no cardápio, tanto do SPRW quanto no tradicional da casa, já que os bolinhos estão entre as opções de entrada regulares. De prato principal, escolhi o ragú de lingüiça picante, com polenta rústica e salada de ervas frescas. Uma combinação bem agradável, com polenta deliciosa e molho com quase nenhuma picância. Acabei não sentindo falta por conta da pimenta da entrada. Uma de minhas amigas provou o spaguettini com pesto de manjericão,com cabeça de lulas provençais, e não ouvi reclamações.

Apesar de, desta vez, ter gostado da entrada e do prato, novamente foi a sobremesa que deixou as melhores lembranças. Enquanto duas amigas escolheram a taça merengue de morangos e calda de Mirtillo – com direito a várias expressões de satisfação – eu fui de torta mousse de chocolate, praliné de nozes e caramelo salgado. Combinação perfeita! Um bálsamo para adoradores de chocolate, como eu.

O balanço da segunda visita: fiquei bem mais contente com os pratos (recomendo a polenta com ragú, para quem for visitar o restaurante), adorei novamente a sobremesa – quase pedi um pudim antes de sair – mas continuo achando que o serviço é um problema que preciso ser resolvido. Recebemos caras feias de dois garçons diferentes, por motivos distintos e bobos. Primeiro porque solicitamos a troca do pedido de um refrigerante por vinho – ele disse que ia checar se poderia cancelar. E depois porque pedimos mais um copo para a água mineral, que custou R$ 4. O pior, no entanto, foi na hora de pedir para fechar o pedido: foi preciso, literalmente, gritar pelo garçom para que trouxesse os cafés e a conta, já que havia dois conversando ao lado do bar, de lado para a nossa mesa. E havia apenas três mesas ocupadas nesse momento. Uma desatenção que não combina com o lugar.

AK Vila
Rua Fradique Coutinho, 1240, Vila Madalena
Tel: (11) 3231-4496

SPRW: Villa Cioè

(*) por Célia Regina Bocci da Silva – comentarista convidada

Nosso segundo escolhido na pré semana da Restaurant Week foi o Villa Cioè, que também reservamos pelo concièrge da MasterCard. O restaurante, que serve pratos da culinária toscana fica na rua Tupi, em uma casa de 1929 que foi restaurada, de forma a manter suas características (o piso, por exemplo, foi conservado) e, ao mesmo tempo, se adaptar às necessidades do local.

Como disse no post anterior, uma das coisas que mais prezamos é o bom atendimento. E tenham certeza que essa é uma das características do Villa Cioè. Assim que chegamos, o maitre da casa nos recebeu, e nos convidou a conhecer todos os ambientes do restaurante. São quatro ambientes temáticos (quitanda, vinhos, bilblioteca e espelhos), além da área ao ar livre. Era uma noite fria aqui em São Paulo, e escolhemos ficar no ambiente interno, na sala dos vinhos. Escolhemos a mesma entrada: Melanzane , que é um creme de beringelas defumadas com queijo Chèvre gratinado com Parmesão. A combinação é primorosa, de sabor suave e delicado, diferente e delicioso.


Como prato principal, minha escolha foi o Farfalle al Prosciutto. A massa chegou al dente,como eu gosto, acompanhada de ervilhas, cogumelos, presunto Parma, com molho de ervas na quantidade certa. O namorado escolheu o Filetto al Balsâmico, que vem acompanhado de julienne de legumes. Carne no ponto, julienne saborosa, também mereceu elogios.


As sobremesas fecharam com chave de ouro a noite: escolhi o Tiramissu Rosso. Já provei outros tiramissus ,nesse meu afã por doces, mas este era completamente diferente. Um creme saboroso e leve, com calda de frutas vermelhas, que deixou um gostinho de quero mais. E o namorado foi de Zucotto Clássica (e eu tive que provar, claro!), um pão de ló recheado com ganache de chocolate, chantilly, crocante de chocolate, amêndoas e avelãs, e umedecido em licor, que estava delicioso e nada enjoativo.Pudemos notar que os pratos que fazem parte da Restaurant Week não fazem parte do cardápio normal, o que, juntamente com o ótimo atendimento que recebemos, nos fez ter vontade de voltar.

Novamente, os 2 reais que são destinados à Associação Monte Azul foram cobrados juntamente com a conta. E descobrimos que esta edição conta com uma novidade: a nota fiscal sem CPF pode ser doada ao Instituto Ayrton Senna, organização não governamental e sem fins lucrativos que trabalha em prol da educação no Brasil.

Villa Cioè
Rua Tupi , 564 – Higienópolis | São Paulo
Tel: (11) 3662-1121

SPRW: Arábia

(*) por Célia Regina Bocci da Silva – comentarista convidada

Fomos na Restaurant Week pela primeira vez na 8ª edição, em março deste ano. Viramos fãs. E nos programamos melhor para aproveitar a 9ª edição, que acontece entre os dias 5 e 18 de setembro aqui em São Paulo, mas se iniciou no dia 29 para os clientes MasterCard Platinum e Black. Utilizamos o serviço de Concièrge do cartão para agendar os dias e horários (um serviço que funciona de forma excelente), e o escolhido para o início da nossa incursão nesta etapa foi o Arábia.
O Arábia começou em 1987 como uma rotisserie, aberta por Leila Youssef e seu marido Sérgio Kuczynski. Com o sucesso dos pratos, foi aberta a filial, que fica na Haddock Lobo, e é referência para os que gostam da culinária libanesa. Uma das coisas que mais prezamos, em todos os locais em que frequentamos, é o atendimento. E no Arábia, o atendimento foi ótimo da chegada até a partida. Garçons atenciosos, pacientes, nos atenderam sem correria e com bastante cuidado. Todos os pratos vieram a seu tempo, pudemos comer com calma e curtir o ambiente.


Escolhemos como entradas o trio de pastas (Homus, coalhada seca e baganuch – foto acima), que vem numa porção farta, que serviu aos dois, e Falafel no Prato. Os bolinhos vieram quentes, servidos com salada de tomate, cebola e um molho tarator que estava delicioso. A cestinha de pães foi reposta, e nada foi cobrado a mais.


Para prato principal, minha escolha foi o Peito de frango com figo seco no molho de tamarindo, acompanhado de arroz com aletria. O aroma do prato é marcante e o frango estava muito bem preparado, sem estar seco ou encharcado demais. Até o namorado, que não é fã de frango, elogiou o prato. Ele escolheu o Michui de filet mignon e escolheu como acompanhamento batata à moda libanesa. A carne estava bem preparada e no ponto, suculenta. E a batata, uma espécie de purê, bem temperada.

Para fechar, escolhi a torta de chocolate com amaridim. Sou sempre um pouco suspeita para falar de doces, porque sou fã incondicional deles, mas a torta é realmente saborosa, com um toque de damasco que fez a diferença. O namorado escolheu os doces árabes, que estavam muito bem preparados, e são acompanhados com uma calda servida à parte. O restaurante incluiu na conta os 2 reais destinados à Associação Monte Azul, a quem se destina a arrecadação desta edição da SPRW. Continuo achando que a cobrança deveria ser feita à parte, mas…Vamos ver como será nos próximos.

Arábia
Rua Haddock Lobo, 1397 – Cerqueira César – São Paulo
Tel: (11) 3061-2203

SPRW: Dicas para a edição de setembro/2011

Duas vezes por ano, o São Paulo Restaurant Week agita a cidade, muitas pessoas escolhem seus restaurantes preferidos na longa lista no site do evento e se programam para apreciar um belo almoço ou formidável jantar… Ok, ok, sabemos que nem tudo é perfeito sempre, certo? Por isso, mesmo para degustar entrada, prato principal e sobremesa naquele restaurante especial, é preciso o mínimo de preparação.


Foto de sobremesa do restaurante Carlini no último SPRW

Oficialmente, o SPRW começa na segunda, dia 5, mas existem vários restaurantes que já aceitam clientes que não tem o tal cartão Mastercard Platinum ou Black. Afinal, eles são “obrigados” a ter o cardápio completo desde já, para atender a esses felizardos, por que não permitir que outras pessoas também possam degustar do menu? Se você está morrendo de vontade de experimentar logo aquele prato, ligue para o restaurante e informe-se. A Cláudia fez um post muito legal ano passado com outras dicas, como a necessidade de reservar (quase) sempre antes de ir direto ao local escolhido e de observar se o restaurante coloca o valor das contribuição para caridade no valor da conta. Nesse caso, os 10% do serviço também são cobrados em cima dessa doação. E de dez centavos em dez centavos…

Esse ano fiz uma pesquisa razoavelmente boa antes de definir os restaurantes que irei visitar, o que, claro, não garante boas escolhas, mas minimiza problemas. Decidi voltar a dois restaurantes já visitados, um no último SPRW e outro em um almoço comum. Vai ser bacana poder ver se melhoro a impressão inicial ou se comprovo que esses dois lugares não são mesmo compatíveis com o meu paladar.


O Buttina também está participando desta edição do SPRW

Dos 19 lugares escolhidos em uma primeira olhada na lista, deixei 15 em stand-by, com a plena noção que não irei em todos. Quatro deles são opções para um almoço em um dia de semana, por estarem perto de onde trabalho. São escolhas mais tranquilas e tentarei reservar no mesmo dia em que quiser ir – vamos ver quais deles estarão disponíveis. Já para almoçar/jantar com amigos e/ou maridão, prefiro reservar antes. Três já estão reservados e fui muito bem atendida pelo telefone: Mercearia do Conde, Oryza e Quattrino (esse último após alguma insistência, pois a casa estava cheia quando liguei). O Pote do Rei perdeu pontos pois só reserva para terças, quartas e quintas. Na La Marie, ouvi que só aceitam reservas cinco dias antes da data escolhida. Já o Bargaço só reserva por telefone até 17h – e como liguei às 18h, fiquei a ver navios. E a Vinheria Percussi segue o mesmo caminho: reservas só entre 8h e 18h. Ironicamente, quem melhor me atendeu ao telefone foi o Sérgio, do restaurante Dui – que infelizmente não faz reservas. É a prova que boa educação abre até o apetite. Tem outras dicas ou teve experiências boas ou ruins em restaurantes do SPRW? Conte pra gente!