Caverna Bugre: 61 anos de tradição (e filé alpino)

Sabe aquele lugar simpático pelo qual você passa sempre, mas nunca entra? Assim é o Caverna Bugre. Localizado no subsolo de um prédio que parece residencial, o restaurante tem uma entrada bem discreta e janelas no nível da calçada, bem perto do metrô Clínicas, em São Paulo. Em meio à Teodoro Sampaio, sempre movimentada, e em frente a um ponto de ônibus que vive lotado, a casa oferece um ambiente sossegado, com atendimento cordial e comidinhas realmente muito saborosas (e calóricas!).

De entrada, maridão e eu pedimos os famosos croquetes de carne (1/2 porção por R$ 8,70) com sal de aipo a parte, um tempero preparado na própria casa. Tomei esse cuidado pois havia lido em alguns blogs sobre seu sabor acentuado. Acabei gostando mais do sal do que do croquete, que estava muito muito muito seco – para o meu gosto, claro. Já li sobre pessoas que adoram e outros que detestam os bolinhos. Usei bastante mostarda escura e o sal de aipo para terminar de comer a porção.

Mais famoso que o bolinho é o filé alpino (R$ 67,80 – inteiro – ou R$ 33,90 – meia porção), que praticamente fez a fama da casa e já ganhou até prêmio. Apesar de ser super calórico, achei o prato delicioso, ainda mais combinado com a porção de arroz branco e soltinho, tipo arroz de vó, e com as batatas rústicas que pedimos a parte. Os ingredientes deste filé? Mignon coberto com copa, catupiry e provolone, gratinado em molho tipo inglês, feito com caldo de carne. Bom de verdade e bem servido. Pedimos 1/2 filé e complementamos com 1/2 frango crocante (peito de frango empanado com farinha especial e coberto com molho agridoce e palmito) por R$ 27,50. Dispensamos a sobremesa, porque estamos querendo dar uma maneirada, e ainda assim saímos muitíssimo satisfeitos. Dica: chegue entre 12h e 13h para não pegar fila.

Caverna Bugre
Rua Teodoro Sampaio,  334 – Pinheiros
(11) 3085-6984

Salão Vinhos e Comidas Regionais

Uma vez por ano acontece em Toulouse o Salon Vins e Terroirs (Vinhos e Comidas regionais), uma ótima oportunidade pra gringa aqui conhecer mais da cultura e comida local.

O evento conta com expositores de todas as partes da França e também de outros países (como a Itália), o foco maior é no vinho, que pode ser degustado em TODOS os stands. Na entrada você paga 1 euro para pegar uma taça que você pode devolver na saída e pegar seu dinheiro de volta. (eu guardei a minha como recordação)

A ideia do evento é colocar o cliente em contato direto com o produtor, que explica as características do vinho, uvas usadas na composição, modo de preparo etc. As pessoas saem com caixas e caixas de vinho…

Eu peguei folhetos de vinícolas que podem ser visitadas e espero logo mais poder conhecer de perto do processo de fabricação do vinho.

O visitante pode também participar de ateliês de degustação de vinho ou de oficinas que falam sobre o trabalho de um sommelier. Eu participei de um ateliê em que degustei vinhos licorosos ou mais doces, acompanhados de chocolate.

O outro foco são as comidas regionais, provei tudo que tinha direito, frutas desidratas, queijos – e infelizmente não gosto mesmo de queijo de cabra, foie gras, rillette (patê de carne desfiada – pode ser de porco, pato etc – misturada à gordura ou ao foie gras ), chocolate, charcuterie (embutidos), bolinhos… E tudo o que se provava, podia-se comprar para aproveitar melhor em casa. =) Alguns stands vendiam petiscos para comer no evento, como era o caso das ostras.

Muitas chocolaterias daqui vendem o chocolate nesse formato de "lascas".

Foie gras, rillette e outros patês, além de cassoulet

Embutidos da região de Alsácia-Lorena

E encarei o temível escargot.

Não tive que tirá-lo da concha, porque não tenho muita habilidade, e realmente achei muito gostoso! A sua textura lembra a de um cogumelo, assim meio borrachudo e não tem um gosto muito forte, é bem suave.

Aqui a foto que comprova!

Paris: Guia para aproveitar a cidade – parte 4

Uma coisa que eu esqueci de explicar sobre Paris são duas expressões: “sur place”(no lugar) e “emporter” (pra levar). Muitos restaurantes, cafés ou salons de thé (Salão de chá – uma instituição francesa, um lugar onde você toma chá, café, come um bolinho e muitas vezes também serve almoço) vão ter preços diferentes (sempre mais barato, é claro) caso você leve a comida para comer em casa/hotel.

Outra informação útil, na maioria dos restaurantes não se cobra taxa de serviço (os famosos 10%), na verdade o valor do serviço está incluso no preço que a gente vê nas placas ou no menu do restaurante (sempre exposto do lado de fora). Por isso também a diferença entre os preços “sur place” e “à emporter”.

E a lista de lugares bacanas para comer ou ao menos olhar a vitrine em Paris continua:

Deux moulins

15 rue lepic – Paris – 18eme arrondissement

Quem nunca assistiu “Amélie Poulain” que atire o primeiro croissant. Fomos ao Deux Moulins apenas para conferir de perto o espaço onde foi filmado esse filme que dá muita vontade de conhecer Paris.

E não é um lugar caro, à noite até às 22h os drinks têm desconto (e os nomes dos drinks são muito divertidos!) e mesmo os pratos têm um preço aceitável (12 euros pelo steak-salada-fritas) por ser um ponto turístico.

Pistacherie

67 rue Rambuteau – Paris – 4 eme arrondissement

A Pistacherie foi uma surpresa agradável no caminho para o Centre Georges Pompidou. Eles têm todo tipo de nozes, vendem por quilo e também tem essas embalagens muito bonitinhas.

Experimentei uma amêndoa defumada, era realmente diferente. Para quem gosta de petiscos para acompanhar a cerveja vale super a pena.

E no Centro Georges Pompidou  é possível ver a cidade de cima subindo por suas escadas rolantes externas.

No terraço do 6º andar desse espaço cultural há um restaurante, mas era totalmente fora do meu orçamento.

Falafel

No bairro do Marais você vai encontrar casas tradicionais de falafel (bolinho feito de grão de bico frito servido num pão sírio com bastante salada dentro também), e também existem vários Maoz espalhados pela cidade. É um meio leve e barato de se alimentar.

Eu não lembrei de tirar a foto do lanche e só depois descobri que é uma rede americana, o detalhe é que fui levada ao Maoz da foto por uma americana =P

Starbucks

Por todos os lados em Paris se vê uma loja da Starbucks, a impressão que se tem é eles dominaram a cidade.  Eu não acho que vale a visita, afinal não é um estabelecimento francês, mas pode ser uma opção, porque nas boulangeries (padarias) francesas nem sempre são servidos cafés, e quase nunca existem mesas, então é entrar, pegar o croissant e sair.

Já no Starbucks você pode sentar, usar o wifi, tomar o café em paz. E eu experimentei o chocolate viennois (3,60 euros) e tava muito bom e num outro dia tentei o cappuccino numa padaria e me arrependi…

Mas se você quer mesmo ir numa padaria francesa para tomar um café com croissant, sugiro algumas redes que têm lojas pela cidade, algumas delas com “espaço cliente” e aquelas diferenças de preço para comer sentadinho dentro da loja que já expliquei no início do post. São as redes Paul , La mie câline e Brioche dorée e você não vai ter dificuldade em encontrá-las pela cidade.

Biscuiterie de Montmartre

16 Rue Norvins – Paris – 18 eme arrondissement

Um dos melhores lugares para comprar um presentinho, eu não só comprei porque ainda demoro para voltar ao Brasil. Lá tem biscoitos amanteigados, que vem em  latas de biscoito lindas – com fotos da Basílica de Montmartre, e também macarons e caramelos.

E próximo da Biscuiterie está a Place du tertre, onde  você encontra muita agitação; tem vários restaurantes, lojinhas de souvenirs, artistas que desenham os turistas, uma galeria em que pode ver quadros do Dali de graça, tudo isso ao lado da Basílica de Montmartre.

Paris: Guia para aproveitar a cidade – parte 3

Alguns dos lugares que fui, são imperdíveis, não dá pra ir à Paris sem visitá-los.

Bertillon

31 rue Saint-Louis-en-l’île – Paris – 4eme arrondissement

Se você vai à Paris, não vai deixar de visitar a Catedral de Notre Dame, certo? Então ande mais um pouco, saia da Ile de la Cité e vá até a Ile Saint Louis e prove os sorvetes Bertillon.

Pessoalmente eu acho que o sorvete na França é caro, uma bola custa no mínimo 2 euros (sendo que o McFlury custa 2,60). Mas o sorvete Bertillon vale cada centavo dos 2,50 que você vai pagar.

Eu experimentei o sabor Chocolat du mendiant, que vem com nozes e algumas frutas cristalizadas. Uma delícia!

Lenôtre

91 Avenue du Général Leclerc – Paris – 14eme arrondissement

Pense num lugar fino. O Lenôtre é ainda mais fino do que isso. No “Lenôtre” que fica no 14eme você pode comprar salgados e doces lindos e deliciosos.

Eu experimentei um opéra (5,90) que é um doce que tem como base o chocolate e o café. Sublime. E essa vitrine faz a gente querer comprar tudo, não é?

Você também pode comprar chocolates da marca:

Un dimanche à Paris

4-6-8, Cour du commerce Saint André – Paris – 6eme

Uma chocolateria muito mimosa em Saint Germain de Près, que tem ao lado também um restaurante é a  “Un dimanche à Paris”, um espetáculo para os olhos, apesar de  num geral ser cara. Comprei um mini chocolatinho e estava muito gostoso. Passe ao menos para olhar a vitrine. =)

E ao andar pela cidade você vai topar com milhares de chocolaterias, uma mais linda que a outra, então escolha uma, entre e se dê o prazer de comprar algo para si mesmo ou um presente para alguém querido.

Padaria da Esquina

Eu me hospedei perto de duas boas padarias, numa experimentei os macarrons e uma torta de maça, e na outra uma tortinha de chocolate com laranja. Tudo uma delícia.

Cada um custou 0,65 e comprei de baunilha, caramelo, pistache e chocolate.

Tarte Abbesses - casquinha de chocolate com recheio de ganache e ganache com laranja. (2,90)

Uma dica que eu dou é visitar a padaria perto de onde você estiver hospedado e experimentar o que lhe parecer gostoso. A grande vedete da França é a padaria (boulangerie em francês) que muitas vezes também é “patisserie” (doceria). Isso porque o pão é o alimento mais importante para o francês, eles comem tudo com pão.

Você encontrará vários tipos de pões, bolinhos, croissants, sanduíches e sobremesas. Você vai pagar barato nos doces e pode levar croissants e pães para fazer um lanchinho.

E a primeira coisa que comi lá foi um briochette, e esse é o gosto de Paris pra mim, macio, fofinho, pequeno e com um toque de manteiga.

A Baguete

Experimente comprar uma, sair da padaria segurando sua baguete por apenas um pequeno pedaço de papel, e você se sentirá realmente na França. E pode haver muita diferença entre os tipos de baguetes e entre as padarias,e para o francês a boa baguete é crocante por fora e macia por dentro.

Essa da foto é da padaria “Au levain d’Antan” (fica próxima do metro Abbesses) que ganhou até prêmio. Eu recomendo.

E a lista continua…

Paris: Guia para aproveitar a cidade – parte 2

Para mim é difícil escolher entre doce e salgado, mas não dá pra negar que na França a escolha é sempre pelo doce. Pra começar, aqui eles costumam comer croissant de chocolate (o chamado “pain au chocolat”, preço médio 1,20 euros) no café da manhã.

E Paris é um convite aos doces,  na maioria dos pontos turísticos têm barraquinhas de crepe e gaufre (nosso favo holandês). O crepe ainda pode ser salgado, mas a gaufre só tem doce. O recheio/cobertura mais comum?  Nutella, o preço médio do crepe de Nutella é 3 euros.

Os kiosques também oferecem “barbe à papa” (algodão doce) e podem ter churros. Uma dica: NAO coma os churros, eu provei e são ruins, acho que eles fritam a massa do crepe, não sei dizer, só sei que é muito doce e não tem gosto de churros.