Archive of ‘aventuras gastronômicas’ category

Novas temakerias em Pinheiros: Woop e Ozaki

Adoro sushi, sashimi, guioza, tempurá e todos os pratos típicos dos restaurantes japoneses que encontramos no Brasil. Por isso, também adorei quando começou a onda de temakerias (que depois foi seguida pela abertura das casas de frozen yogurt, etc, etc). Apesar de não ficar satisfeita com um temaki como refeição, já experimentei alguns e lembro que, em 2008, paguei 7 reais em um cone pequeno em um loja no Rio, quando ainda nem sonhava em morar em Sampa.

Pois bem: três anos depois eis que moro em Pinheiros e descobri na última semana que há duas novas temakerias na mesma quadra da rua Teodoro Sampaio, uma quase em frente a outra, “escondidas” em uma galeria e outro num prédio. E resolvi conhecer as duas casas no mesmo dia com o maridão a tiracolo. A primeira foi a Woop Temaki, que fica no térreo do número 1020, ao lado de um Subway aberto também em 2011. O restaurante tem dois meses, mas já parece bem organizado para seu tamanho diminuto. A foto acima é do temaki de salmão com cream cheese e lâminas de amêndoas (R$ 11). Peixe fresco, cream cheese sem excessos e arroz firme, o conjunto da obra estava bem saboroso. Comeria mais um fácil. Maridão foi de salmão especial (R$ 11,50) com cream cheese, pepino, alho poró e amêndoas. Sempre gostei muito de salmão com castanhas e amêndoas, e no temaki combinou demais. Pedimos também uma porção de hot philadelphia (R$ 12 com 6 unidades) bem honesta. A Woop tem também sashimis e combinados. A H2O saiu por R$ 3 e a água sem gás por R$ 2.

A segunda parada foi no Ozaki Temaki Bar, que fica na galeria 1041 da Teodoro Sampaio, no piso inferior (Lisboa). Um lugar perfeito para comer algo gostoso antes, durante e depois das compras na feira da Benedito Calixto. Para ter base de comparação, pedi um temaki de salmão completo (R$ 11,90), mas lá não havia opção de amêndoas e afins, então só pedi gergelim torrado para acompanhar. Maridão foi de temaki de salmão empanado (R$ 13,90 , mas fico devendo a foto) e foi mais feliz que eu. Assim como na Woop, os produtos são bons, com ingredientes de qualidade e os temakis são até um pouco maiores (e um pouco mais caros também). Mas ainda curti mais o da Woop mesmo. Em compensação, gente, que hot philadelphia é esse!

A porção de 20 hot rolls (R$ 19,90) vem com um molho muito saboroso (parecia tarê com shoyo), com pedaços bem fritinhos e um fino pedaço de limão em cima de cada um. Uma coisa de tão bom! Fiquei fã, de verdade. Na foto acima, eu retirei o pedaço de limão e ficou mais suave, com gostinho da fruta persistente. Vale a pena experimentar.

Mais fotos da Woop Temaki

Mais fotos do Ozaki Temaki Bar

Conhecendo São Paulo: Bella Paulista

Desde que vim morar em São Paulo, já ouvi falar bastante sobre as mega padarias, lugares que nunca fecham e servem de tudo, do café à ceia, passando por pizzas, sanduíches, doces e refeições. No sábado fui conhecer a Bella Paulista, padoca grande e com tantas opções que fica difícil escolher o que comer – fiquei com vontade de experimentar o sushi e o sorvete, ambos com jeito apetitoso.

Ia jantar lá, mas acabei comendo na Hamburgueria 162 e só tomei um chocolate com leite pequeno e pão na chapa (R$ 2,70 + R4 2,20) na Bella, enquanto o marido de jogou no suco de graviola de R$ 5,40 (segundo ele, delicioso). Acabamos comprando também mini-pães de batata com recheio de frango (R$ 4,90 com seis unidades) e coisinhas para comer em casa, da parte do empório. Comparada com a padaria perto de casa, ela é cara, mas como a parte do restaurante estava lotada nos dois horários que passei por lá (16h e 21h), espero voltar em breve para comer algo do forno à lenha ou algum dos pratos. Maridão gostou tanto e quer até se mudar para perto, hahahaha.

Bella Paulista
Rua Haddock Lobo, 354 – Cerqueira César – SP
Tel: (11) 3214-3347

Mais Kin Lin: 20 anos de tradição na Liberdade

Como eu já falei por aqui, meus pais estiveram em São Paulo na semana passada para me visitar e levei os dois na Liberdade. Além de comer pastel na Yoka e passear pela feirinha (aventura que ainda vou contar por aqui), fomos almoçar no querido Kin Lin, restaurante que a Cláudia conheceu pelo Marcelo Katusuki e que eu experimentei pela primeira vez ano passado.

Na primeira vez, comemos frango frito, rolinho primavera e arroz com curry e lombinho. Dessa vez, experimentei a porção de guioza com 6 unidades (R$ 18), bem recheado com legumes e porco, frito na medida e com um preço justo pela fartura. De prato principal, fomos de yakissoba especial (R$ 20), que serviu bem os três – todos nós repetimos até. Só trocamos o camarão (meu pai e eu somos alérgicos) por lombo, fazendo um prato com três carnes (+ frango e filé). Eles não acreditaram no tamanho da porção e minha mãe, que cogitava pedir um talharim com camarão para ela, decidiu degustar do macarrão conosco. Ambos saíram apaixonados pelo Kin Lin e me prometeram levá-los lá novamente em uma próxima visita.

Kin Lin
Rua Barão de Iguape, 93 – Liberdade – SP
Tel: (11) 3209-5504

Hamburgueria 162: boa opção no Baixa Augusta

Cinco reais por 1/2 porção de batatas fritas com páprica e R$ 4 por meia porção de asinhas de frango crocantes muito bem temperadas. Foi assim que maridão e eu começamos nossa visita à Hamburgueria 162, casa do chef Allan Prisco que fica na esquina da Augusta com a rua Luís Coelho, bem perto da Avenida Paulista. Infelizmente não tenho fotos do ambiente, mas achei confortável e simples ao mesmo tempo, com paredes, tijolos aparentes e janelões dos dois lados do pequeno salão. O custo-benefício das entradas foi excelente, com fritas sequinhas e frango delicioso.


A visível falta de experiência do serviço foi compensada com garçons atenciosos e sorridentes. E na tentativa de ser ágil, o que nos atendeu acabou trazendo os lanches antes mesmo de terminarmos as porções – deu para sentir que a vontade de acertar é grande. Maridão pediu um Hambúrguer 162 (80 gramas de carne com patê de fígado de galinha, picles de pepino, alface, tomate, molho béarnaise e disco de parmesão chapeado) por R$ 21,50. Vejam o tamanhinho da criança:

A carne do hambúrguer estava bem temperada e suculenta, ao ponto para mais, como gostamos. E o conjunto da obra agradou tanto que o maridão detonou o sanduíche gigante em um piscar de olhos. Para deixar tudo ainda mais gostoso, pedimos duas porções extras de molho – uma de maionese verde e outra de aioli. E sabem quanto custou cada um? UM REAL. Juro, não acreditei, tive que confirmar com o garçom antes de pedir. E pensar que tem hamburgueria “tradicional” por aí cobrando de R$ 3,50 a R$ 4 por um porção de maionese ou tártaro, tsc, tsc…

O único problema da noite foi exatamente com o meu lanche: pedi um Frango Crocante (hamburguer de frango com crosta de gergelim, catupiry e alface no pão) por R$ 18,50 – desculpem a falta de foco. O pão veio aquecido, a crosta de gergelim era boa e a alface veio fresquinha. Mas não consegui passar da metade do frango, com tempero esquisito e sabor plastificado. Além disso, o catupiry também deixou a desejar. Acho que dá para contornar esses problemas diante dos acertos, que foram bem maiores. A casa tem seis meses e ainda está em tempo. Para beber, pedimos duas tubaínas de 300 ml (R$ 3 cada), que tinha o mesmo preço de uma lata de refrigerante ou de um garrafa de água (natural, com gás ou tônica).

O lugar também tem opções para quem quiser montar seu próprio lanche, com itens como  bacon, catupiry, cheddar, salada, picles e ovo, com preços bem camaradas em comparação a outras hamburguerias. Quero voltar para experimentar o sanduíche de costelinha e o milk-shake de chocolate com creme de leite fresco, indicado pela Veja. No Foursquare (link abaixo) há elogios também para o hambúrguer vegetariano.

Hamburgueria 162
Rua Luís Coelho, 162 – Consolação (quase na esquina da Augusta)
Tel: (11) 2738-5162

SPRW: Tordesilhas

(*) por Célia Regina Bocci da Silva – comentarista convidada

O que nos faz escolher este ou aquele restaurante? E o que nos faz voltar e levar pessoas queridas a um determinado restaurante? São vários os fatores, mas há dois que sempre me chamam a atenção: bom atendimento e a qualidade dos pratos. Isso nos fez escolher o Tordesilhas, da Chef Mara Salles. Tinha comemorado meu aniversário lá com os amigos do hospital, mas naquele dia o namorado estava de plantão e não pode ir. Como eu e meus amigos gostamos do que nos foi servido e do atendimento, incluímos ele para o nosso roteiro nesta nona etapa da SPRW.

Reserva feita antecipadamente sempre garante ser atendido logo na chegada. E não foi diferente ali. Logo que chegamos fomos levados à nossa mesa e prontamente atendidos pelos garçons. A casa foi ficando cheia pouco a pouco, mas o atendimento teve sua qualidade mantida durante todo o tempo em que estivemos lá. Não sei se por conta da nova lei do couvert (que entra em vigor à partir de outubro), nada foi oferecido, nem na nossa mesa nem nas que estavam próximas. Havia apenas  os potinhos com pimentas para acrescentarmos aos pratos.


Habituados que estamos ao trivial, ou a massas e carnes, fomos surpreendidos com a habilidade na combinação dos sabores e ingredientes da culinária brasileira.  As palavras que mais usamos foram “diferente” e “muito bom”. Como entrada, escolhi a salada de folhas miúdas, lascas de pupunha e supreme de laranja ao molho de taperebá, uma salada bem temperada e correta. Namorado escolheu o bolinho de pernil grelhado com marinada de mini legumes, e aqui veio o primeiro ponto positivo, pois ele comparou o bolinho com o que a avó dele fazia, e disse que estava praticamente igual. Sabores de infância voltando a memória são sempre um bom sinal.

A minha escolha para o prato principal foi o Pirarucu ao molho de hortaliças com purê de banana-da-terra. O namorado foi de Carne-de-sol assada em manteiga-de-garrafa com alho-poró e risoto de abóbora. Os sabores se completaram em ambos os pratos, com a carne suavizada pelo risoto, sem perder sua característica. E o purê de banana da terra estava bom demais, com consistência perfeita, e harmonizava com o peixe, mas de modo que você podia sentir o sabor dos dois sem se perder.



E a sobremesa não deixou a desejar. Duas novas combinações nos supreenderam: a primeira foi a compota de maracujá, crème anglaise de pequi e suspiros ao chocolate. A segunda, o Pudim de tapioca com baba-de-moça. Não eram doces em excesso, e deixaram o gostinho de quero mais. Os garçons foram atenciosos, os pratos foram trazidos sem correria e sem pressão. A conta foi trazida assim que pedimos. O único senão fica por conta da cobrança da contribuição para a Associação Monte Azul na conta, e não em separado. E também não houve a divulgação da contribuiçao com a nota sem CPF para o Instituto Ayrton Senna.



Dentre os pratos que fazem parte da SPRW, apenas o pudim de tapioca com baba de moça faz parte do cardápio regular, que tem muitos pratos que chamam bastante a atencão, como . E o namorado deu mais um bom sinal: “esse é um lugar pra voltar!” E assim retornamos a pergunta do início: porque voltaremos? Porque fomos bem atendidos, porque fomos pegos pelo estômago pelos ótimos pratos, e porque saímos felizes de lá.

Tordesilhas
Rua Bela Cintra , 465 – Cerqueira César – São Paulo
Tel: (11) 3107-7444