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Jojo Ramen: Japonices em São Paulo

O modismo das casas de ramen emergiu em São Paulo. A cidade vive um momento japa-friendly. Seja pelo descolado Tantan, o tradicional Aska, eis que surge no coração paulistano, Cerqueira Cesense, o Jojo Ramen.

Quando se tem o primeiro contato, um jovem brasileiríssimo retira seu nome e anota seus dados num aplicativo para controlar a espera. Mesa para dois, espera de 40 minutos. Noite fria e chuvosa, casa lotada. Muita expectativa. Passado o tempo, avisam o nosso lugar: dois lugares no balcão. Bacana! Penso eu, poderei ver todo o processo de como tudo é produzido.

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Balcão do Jojo Ramen

Habitués da casa? Japoneses originais de fábrica visto a proximidade ao consulado, localizado no Top Center, próximo à Faculdade Cásper Líbero e ao clássico e excelente Izakaya Bueno. Sinal verde para o tradicionalismo!

Cardápio do Jojo Ramen.

Cardápio do Jojo Ramen

Eu e minha companhia pedimos o mesmo prato, Shoyu Jojo Ramen. A fome está animada e pedimos também uma porção de karaague, frango frito na farinha de katakuriko, que em português é fécula de batata.

Karaague - faltou um tempero a mais

Karaague do Jojo Ramen

Rapidamente a entrada chega e logo em seguida, os lámens. Karaague batido, nada demais: faltou um pouco de tempero, o mesmo posso dizer do molho no acompanhamento. Senti falta de pimenta, ou talvez um acompanhamento agridoce. Um kimchi nos salvaria.

Penso eu, acho que estou com paladar favorável a temperos fortes. Ou comi a vida inteira errado. Impossível, meus avós vieram de Tóquio, donos de fábrica de doces e ensinaram que molho bom é saboroso sim, e que o elegante é ser translúcido.

Depois vou ao shoyu ramen. Suave, até demais. Cor bonita, transparente e delicado. O macarrão é de excelente qualidade, ovo cozido ao ponto com gema molinha, bem gostoso. Mas, novamente, caldo insosso. Expectativas totalmente quebradas. O molho diz muito sobre o lugar.

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Portanto, um pouco decepcionada. Mas, na próxima, pedirei algo mais forte como o missô – segundo o garçom o mais pedido – ou então o Missô Kará que tem na receita pimenta coreana.

Como todo japonês, os clientes comem e vão embora. Diferente do brasileiro que curte uma conversa e beberica aos poucos. O sistema é Narcisa Tamborindeguy “senta, come e vai embora!”, afinal a fila está grande lá fora!

Preços:

  1. Shoyu Jojo Ramen: R$ 32
  2. Karaague – 4 unidades: R$ 15

Jojo Ramen
Rua Dr. Rafael de Barros, 262
Horário de funcionamento: segunda a sábado, das 18h30 às 22h

Nossa singela homenagem ao Dia do Macarrão

Macarrão sendo feito, ao vivo, no Rong He. E tem vídeo!


Penne integral com molho de requeijão


Capellini ao funghi do Delices de Maya


Receitinha de macarrão ao forno com molho bolonhesa


Fettucine alla Alfredo do Gênova, em Pinheiros (SP)


E tem macarrão escondido também feito com massa fresca, presunto e queijo!


Spadaccino e seu fettucine ao molho branco


Receita de Sukiyaki – com macarrão, claro!


Lamen também é macarrão! Lamen Kazu (SP)


Yakisoba do Kin Lin, na Liberdade (SP)

Um lamen de respeito: Lamen Kazu

Vou tratar o lamen com um pouco mais de respeito e não vou compará-lo a um miojão como a Camila fez no Comidinhas, nosso antigo blog. Há dois anos fomos ao Aska por pura curiosidade… de tanto ver o lugar com filas enormes na porta. Infelizmente, o local não é grande e não é o lugar ideal para jogar conversa fora. Praticamente fomos expulsas assim que colocamos nossas colheres e ohashis na mesa e paramos de fazer fuuuuuuuuuuuu (aquele barulhinho inconfundível das pessoas (chineses e japas, principalmente) devorando o querido macarrão que lembra nosso miojo.

Abaixo, dois lamens do Aska
Lamen
Lamen
Compare a quantidade de ingredientes do lamen Hokkaido (R$ 25) – do Lamen Kazu

10/08/2010

A média de preço dos dois restaurantes é igual. Gastei 38 reais num lamen bem servido, uma porção de guioza (R$ 10) e refrigerante – era almoço e não provei o saquê, infelizmente.

10/08/2010

O Hokkaido Misso foi dica do @msoma, que um dia veio comentar que havia provado um lamen m-a-r-a-v-i-l-h-o-s-o. Aproveitei um dia que estava na Liberdade perto da hora do almoço e não podia ter escolhido lugar melhor. O Hokkaido leva caldo de misso, macarrão, moyashi, nirá, wakame, menna, nori, cebolinha, uma fatia de tyashu, geregelim, milho, manteiga, kombu e vieira.

Não sabe o que significa os nomes? No cardápio há uma foto com a explicação dos itens que podem gerar dúvidas.

10/08/2010

No cardápio ainda tem a receitinha para o molho que você pode preparar para o guioza: 1/2 shoyu, 1/2 vinagre e um pouco de La Yu (pimenta)os três ingredientes ficam nas mesas e você coloca conforme seu gosto, não é sensacional?

Para quem não se sentir satisfeito com os ingredientes dos lamens disponíveis – que não são pobrinhos assim – pode adicionar alguns itens (imagem abaixo).

Quem estiver pensando no que eles vendem no calor… Lamen gelado! Afinal, para quem não sabe, o lamen é feito a base de um caldo da fervura da carcaça e asas de frango com um refogado de cebolinha e gengibre, sendo retirados os ossos após a fervura. É servido quente, bem quente, que dá até para queimar a boca dos mais apressados.

Para quem estiver no Japão ou tem vontade de conhecer o país, existe o Museu do Lamen, em Yokohama. Eis o endereço:

Kanagawa-ken
Yokohama-shi
Kohoku-ku
Shin Yokohama 2-14-21

No museu ainda é possível saborear alguns lamens (os preços variam de 700 a 1.200 ienes) ou levar um kit para preparar o seu em casa.

Lamen Kazu
Rua Thomaz Gonzaga, 51, Liberdade
Telefone: 3277-4286