Por Léo Dias
As pessoas quando aprendem a cozinhar – seja por necessidade ou pela vontade de aprender ou ainda pelo hobby de cozinhar – têm um dilema: até onde é bom?
Eu sempre ouvia minha mãe se queixar de não saber o que preparar para o jantar, pois meu pai com sua “simplicidade” não gostava de repetição no menu. Pois bem, anos se passaram e ela não cozinha mais. Quem cozinha é minha vovó, com seus 80 e poucos anos. Ela cozinha bem, tem suas especialidades, e adora cozinhar pelo prazer da sensação de cuidar da família.
Minha mãe, gosta de doces. Segundo ela, além de mais saborosos, são mais flexíveis às invenções de ingredientes. É claro que uma boa sobremesa tem seu charme, além de ser lembrada sempre.
Eu, por sua vez, aprendi a cozinhar vendo minha mãe e minha avó cozinhar. Sempre fiquei na cozinha conversando e observando tudo com muito cuidado e aprendi bons truques.
Numa determinada fase da minha vida eu adotei a cozinha como terapia. E foi a melhor que achei, juntamente com as corridas, mas esse assunto fitness não vem ao caso.
Comecei ajudando a cortar cebolas, mexendo panelas e consegui evoluir. Criei minhas receitas e freqüentemente assumo a cozinha nos finais de semana – principalmente aos domingos. Bolei um molho de tomate fantástico!
Avancei, inventei uma picanha ao forno maravilhosa e uma costelinha suína divina. Na última vez que a preparei para 12 pessoas foram quase 4 quilos consumidos em breves minutos. E isso é prazeroso. É proporcionar sensações diferentes, aguçar o paladar alheio, é tomar um bom vinho e bater papo enquanto frita a cebola.
Isso é cozinhar, um ato em grupo com um único objetivo, fazer um prato agradável aos mais variados paladares.
Para mim, cozinhar é reunir amigos e familiares, é bater papo, é ficar ali, com o avental e pano de prato no ombro com um olho no fogão e outro na taça. É inventar um petisco enquanto se cria uma nova combinação e atrasa-se o almoço ou o jantar, é abrir a parte mais familiar de uma casa, a cozinha. É encantar pelo paladar, é deixar inebriado a quem provar o tempero e dividir esse êxtase com quem se gosta. É cozinhar com prazer.
E depois dessas horas prazerosas e de grandes encontros, dividimos a louça, terminamos o vinho e todos saem com a sensação de um agradável bem-estar e de um abraço feito com uma das receitas que se pôs em prática…
E, para você, como é cozinhar?