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SPRW 2012: AK Vila

Às vezes acho que parece que nós gostamos quando não gostamos de um lugar. Como se a gente curtisse criticar algo, alguém ou alguma coisa. Ledo engano. A verba de nossas aventuras gastronômicas sai de nosso próprio bolso, por isso não ficamos nada felizes em pagar para comer mal ou para sermos atendidas com desleixo. Sendo assim, nada melhor do que, depois de duas tentativas frustradas, eu finalmente poder dizer que eu gostei do menu do AK Vila neste SPRW. Gostei não, adorei! O serviço continua deixando a desejar em gentileza e atenção, mas o atendimento foi rápido sem que afetasse o sabor e a temperatura dos pratos.

De entrada, escolhi a porção de falafel, que na primeira visita tinha decepcionado, e agora veio perfeita. Minha amiga foi de carpaccio de rosbife em crosta de especiarias mais queijo meia cura, alcaparras e salsa crocante, que arrancou elogios do início do fim. Mas o melhor estava no prato principal: nós duas escolhemos cordeiro ao molho de vinho e especiarias na companhia de arroz de lentilha com cebola frita e coalhada. Di-vi-no! Carne desmanchando, molho saboroso na medida certa e a mistura da lentilha com arroz, cebola crocante e coalhada funcionou demais. Só pelo prato já valeria a pena os R$ 32 do Restaurant Week.

De sobremesa, escolhemos a torta de chocolate e gengibre, com textura bem levinha e sabor marcante. Não foi o mais surpreendente do menu, mas cumpriu bem a missão de finalizar um almoço tão gostoso. Valeu a pena ficar de olho no AK Vila 🙂

AK Vila
Rua Fradique Coutinho, 1.240 – Vila Madalena – São Paulo
Telefone: (11) 3231-4496

Kebabel: falafel, kebab e kafta em Pinheiros

Conheci a filial Pinheiros do Kebabel – a matriz fica na Consolação – em fevereiro, o que fez com que eu comemorasse meu aniversário (em março) no local e voltasse mais uma meia dúzia de vezes durante o ano. “Mas por que demorou tanto então para posta a respeito?”, vocês me perguntariam. Não faço ideia! É aquele tipo de coisa que a gente não explica mesmo, só que eu não poderia terminar o ano sem falar sobre um lugar tão bacana. A unidade Pinheiros é mais espaçosa, mas em compensação só funciona a partir de 18h durante a semana (terça à sexta) e aos domingos – apenas nos sábados o horário estendido: 13h à meia-noite.

Acima as fotos do kebali (pão pita, linguiça de javali defumada, coalhada fresca, salada de salsa, tomate, cebola, alface, hortelã e picles), um dos meus preferidos, que custa R$ 19,90. Eu gosto bastante pois, além de saborosos, os kebabs do Kebabel são enormes e bem recheados. O mais caro é o kebab de cordeiro (R$ 22,90) com pão pita, tiras de carne de cordeiro, salada de salsa, tomate e cebola, alface, hortelã, picles e molho tahine (na foto de divulgação abaixo). Para quem quiser economizar e comer bem, eu recomendo o kebab de falafel (R$ 13.90) com pão pita, bolinhos à base de grão de bico temperado com especiarias árabes, salada de salsa, tomate e cebola, alface, hortelã picles e molho tahine. Simplesmente porque o falafel do Kebabel é bom demais! Sou apaixonada por eles e sempre degusto uma porção quando vou lá com o maridão. Paa os vegetarianos, além do kebab de falafel, tem também kebab de pastas e kebab de couve-flor.

Entre as porções, nunca dispenso os bolinhos de kafta (R$ 19,90) servidos com salada de salsa, tomate e cebola, molho tahine e cesta de pães, que chegam quentinhos à mesa. E, claro, a porção de falafel (R$ 15,90) também servida com salada de salsa, tomate e cebola, molho tahine e cesta de pães. Para quem curte coalhada seca, o que não é o meu caso, os pastéis de arish (R$ 18,90) são os petiscos que fazem mais sucesso na casa – uma receita artesanal recheada com arish temperado, preparada na chapa de ferro com um leve toque de manteiga. Para beber, além de boa carta de cerveja especiais, há refrigerantes, sucos naturais e orgânicos, drinks, cachaças, chás e frozens – boa pedida para esse calorão de dezembro/janeiro.

Quem quiser visitar a unidade Pinheiros terá que esperar até o dia 3/1, pois a casa entrou em recesso no dia 24/12. Já na Consolação o recesso começa no dia 31/12, às 18h, reabrindo no dia 2/1 ao meio-dia. Abaixo minha sobremesa preferida: sorvete com mel e pistache (R$ 6,90 + R$ 2,90 da cobertura).

Kebabel
Rua João Moura, 871 – Pinheiros – (11) 3062-7530
Rua Fernando de Albuquerque, 22 – Consolação – (11) 3259-1805
Facebook – Delivery: (11) 3062-7736 – 18h até meia-noite

Paris: Guia para aproveitar a cidade – parte 4

Uma coisa que eu esqueci de explicar sobre Paris são duas expressões: “sur place”(no lugar) e “emporter” (pra levar). Muitos restaurantes, cafés ou salons de thé (Salão de chá – uma instituição francesa, um lugar onde você toma chá, café, come um bolinho e muitas vezes também serve almoço) vão ter preços diferentes (sempre mais barato, é claro) caso você leve a comida para comer em casa/hotel.

Outra informação útil, na maioria dos restaurantes não se cobra taxa de serviço (os famosos 10%), na verdade o valor do serviço está incluso no preço que a gente vê nas placas ou no menu do restaurante (sempre exposto do lado de fora). Por isso também a diferença entre os preços “sur place” e “à emporter”.

E a lista de lugares bacanas para comer ou ao menos olhar a vitrine em Paris continua:

Deux moulins

15 rue lepic – Paris – 18eme arrondissement

Quem nunca assistiu “Amélie Poulain” que atire o primeiro croissant. Fomos ao Deux Moulins apenas para conferir de perto o espaço onde foi filmado esse filme que dá muita vontade de conhecer Paris.

E não é um lugar caro, à noite até às 22h os drinks têm desconto (e os nomes dos drinks são muito divertidos!) e mesmo os pratos têm um preço aceitável (12 euros pelo steak-salada-fritas) por ser um ponto turístico.

Pistacherie

67 rue Rambuteau – Paris – 4 eme arrondissement

A Pistacherie foi uma surpresa agradável no caminho para o Centre Georges Pompidou. Eles têm todo tipo de nozes, vendem por quilo e também tem essas embalagens muito bonitinhas.

Experimentei uma amêndoa defumada, era realmente diferente. Para quem gosta de petiscos para acompanhar a cerveja vale super a pena.

E no Centro Georges Pompidou  é possível ver a cidade de cima subindo por suas escadas rolantes externas.

No terraço do 6º andar desse espaço cultural há um restaurante, mas era totalmente fora do meu orçamento.

Falafel

No bairro do Marais você vai encontrar casas tradicionais de falafel (bolinho feito de grão de bico frito servido num pão sírio com bastante salada dentro também), e também existem vários Maoz espalhados pela cidade. É um meio leve e barato de se alimentar.

Eu não lembrei de tirar a foto do lanche e só depois descobri que é uma rede americana, o detalhe é que fui levada ao Maoz da foto por uma americana =P

Starbucks

Por todos os lados em Paris se vê uma loja da Starbucks, a impressão que se tem é eles dominaram a cidade.  Eu não acho que vale a visita, afinal não é um estabelecimento francês, mas pode ser uma opção, porque nas boulangeries (padarias) francesas nem sempre são servidos cafés, e quase nunca existem mesas, então é entrar, pegar o croissant e sair.

Já no Starbucks você pode sentar, usar o wifi, tomar o café em paz. E eu experimentei o chocolate viennois (3,60 euros) e tava muito bom e num outro dia tentei o cappuccino numa padaria e me arrependi…

Mas se você quer mesmo ir numa padaria francesa para tomar um café com croissant, sugiro algumas redes que têm lojas pela cidade, algumas delas com “espaço cliente” e aquelas diferenças de preço para comer sentadinho dentro da loja que já expliquei no início do post. São as redes Paul , La mie câline e Brioche dorée e você não vai ter dificuldade em encontrá-las pela cidade.

Biscuiterie de Montmartre

16 Rue Norvins – Paris – 18 eme arrondissement

Um dos melhores lugares para comprar um presentinho, eu não só comprei porque ainda demoro para voltar ao Brasil. Lá tem biscoitos amanteigados, que vem em  latas de biscoito lindas – com fotos da Basílica de Montmartre, e também macarons e caramelos.

E próximo da Biscuiterie está a Place du tertre, onde  você encontra muita agitação; tem vários restaurantes, lojinhas de souvenirs, artistas que desenham os turistas, uma galeria em que pode ver quadros do Dali de graça, tudo isso ao lado da Basílica de Montmartre.

SPRW: Arábia

(*) por Célia Regina Bocci da Silva – comentarista convidada

Fomos na Restaurant Week pela primeira vez na 8ª edição, em março deste ano. Viramos fãs. E nos programamos melhor para aproveitar a 9ª edição, que acontece entre os dias 5 e 18 de setembro aqui em São Paulo, mas se iniciou no dia 29 para os clientes MasterCard Platinum e Black. Utilizamos o serviço de Concièrge do cartão para agendar os dias e horários (um serviço que funciona de forma excelente), e o escolhido para o início da nossa incursão nesta etapa foi o Arábia.
O Arábia começou em 1987 como uma rotisserie, aberta por Leila Youssef e seu marido Sérgio Kuczynski. Com o sucesso dos pratos, foi aberta a filial, que fica na Haddock Lobo, e é referência para os que gostam da culinária libanesa. Uma das coisas que mais prezamos, em todos os locais em que frequentamos, é o atendimento. E no Arábia, o atendimento foi ótimo da chegada até a partida. Garçons atenciosos, pacientes, nos atenderam sem correria e com bastante cuidado. Todos os pratos vieram a seu tempo, pudemos comer com calma e curtir o ambiente.


Escolhemos como entradas o trio de pastas (Homus, coalhada seca e baganuch – foto acima), que vem numa porção farta, que serviu aos dois, e Falafel no Prato. Os bolinhos vieram quentes, servidos com salada de tomate, cebola e um molho tarator que estava delicioso. A cestinha de pães foi reposta, e nada foi cobrado a mais.


Para prato principal, minha escolha foi o Peito de frango com figo seco no molho de tamarindo, acompanhado de arroz com aletria. O aroma do prato é marcante e o frango estava muito bem preparado, sem estar seco ou encharcado demais. Até o namorado, que não é fã de frango, elogiou o prato. Ele escolheu o Michui de filet mignon e escolheu como acompanhamento batata à moda libanesa. A carne estava bem preparada e no ponto, suculenta. E a batata, uma espécie de purê, bem temperada.

Para fechar, escolhi a torta de chocolate com amaridim. Sou sempre um pouco suspeita para falar de doces, porque sou fã incondicional deles, mas a torta é realmente saborosa, com um toque de damasco que fez a diferença. O namorado escolheu os doces árabes, que estavam muito bem preparados, e são acompanhados com uma calda servida à parte. O restaurante incluiu na conta os 2 reais destinados à Associação Monte Azul, a quem se destina a arrecadação desta edição da SPRW. Continuo achando que a cobrança deveria ser feita à parte, mas…Vamos ver como será nos próximos.

Arábia
Rua Haddock Lobo, 1397 – Cerqueira César – São Paulo
Tel: (11) 3061-2203

Conhecendo São Paulo: Almanara

Acredito que a maioria de nossos leitores conhece a rede de restaurante Almanara. Mas para mim, carioca que mora há dois anos e meio em Sampa e ainda está atortoada com a variedade gastronômica da cidade (nem penso no resto do estado), foi uma grata surpresa conhecer a unidade do shopping Bourbon.


Faltava meia hora para começar o filme, por isso maridão e eu fomos matar o tempo (e a fome!) no Almanara, uma boa opção para quem quer comer um lanche rápido. Sei que já pratos também, mas nosso barato era experimentar os quitutes árabes. De cara, pedimos uma esfiha aberta de carne (R$ 3,50) e um kibe (R$ 4,45), frito à perfeição. Tudo quentinho, com jeito de bem fresquinho. E o recheio de carne moída e castanhas abaixo faz valer a visita, né?

Como somos fominhas, pedimos ainda um beirute de frango (vou ficar devendo o preço), que foi dividido entre nós dois. Também chegou à mesa rápido e quentinho, bastante saboroso. Só não foi apetitoso perceber os olhares de desprezo do garçom ao perceber que íamos dividir o sanduba. No fim, cada um de nós consumiu uma esfiha, um kibe e meio beirute.

Provamos também a esfiha fechada (mesmo preço da aberta), que acabou tornando-se perfeita para ser devorada andando mesmo pelo shopping, até o cinema. Agora quero voltar para provar o falafel… 🙂

Almanara – Bourbon Shopping Pompéia
Rua Turiassú, 2.100 – Loja 215 – Perdizes
Tel: (11) 3862-0706