Cymbopogon citratus

Capim-Santo (Cymbopogon citratus)
Indicações: bactericida, antiespasmódico, calmante, analgésico suave, carminativo, estomáquico, diurético, sudorí­fico, hipotensor, anti-reumático. Mais utilizado em diarréias, dores estomacais e problemas renais.
Parte usada: folhas.
Preparo e dosagem
Infusão: 4 xí­caras de cafezinho de folhas picadas em 1 litro d’água, tomar 1 xí­cara 2 a 3 vezes ao dia.
Toxicologia: pode ser abortivo em doses concentradas.

Além de ser uma planta medicinal, o Capim Santo é o nome de um restaurante com unidades em São Paulo e em Trancoso (BA). E foi na filial paulista onde eu comemorei meu aniversário.

Juro que quando ouvi a Claudia falando pela primeira vez desse restaurante não fiquei morrendo de vontade de ir lá. Sempre pensei que capim-santo era remédio e não podia de jeito nenhum ser um suco delicioso ou ser misturado ao brigadeiro.

Pois é, sexta-feira eu experimentei as receitas do lugar que levam a planta e mudei completamente de idéia.

Eu, a Claudia e a Jaci aproveitamos o São Paulo Restaurant Week e experimentamos o cardápio para o festival. As opções foram sopa de alho poró, como entrada; linguini ao molho de limão ou muqueca de peixe com purê de aipim, de prato principal; e o tradicional trio de brigadeiros na colher, como sobremesa.

Com certeza esse é um lugar que merece outras visitas, não só por causa da sua comida, que inova ao refinar coisas simples como o uso dessa plantinha medicinal, mas também por causa de seu ambiente agradável.

Nhoque da fortuna

Por Léo Dias

Hoje é dia 29, e como em todo dia 29, é dia do nhoque da fortuna. Não tenho a menor idéia de quando começou essa história, mas pesquisando na internet descobri que essa lenda vem através de São Pantaleão ou São Gennaro. Diz a lenda que ele era um frade que perambulava por um vilarejo italiano e bateu à porta de uma famí­lia pedindo comida. Como a famí­lia era grande e a comida pouca, eles não se incomodaram em servir sete pedaços para cada um.

São Pantaleão ou São Gennaro, satisfeito, agradeceu a famí­lia por terem cedido o seu alimento e partiu. A surpresa veio quando a famí­lia retirou os pratos e descobriu que, embaixo de cada um, havia uma quantia considerável de dinheiro. Criou-se então a lenda! Mas para se ter fortuna, diz a história, que devemos comer o nhoque com uma nota sob o prato e, para os sete primeiros pedaços de nhoque, deve-se comê-los em pé e fazendo um pedido para cada pedaço.

Quanto ao dinheiro, algumas pessoas dizem que esse dinheiro deve ser dado para quem precisa ou ainda usado para pagar alguma dí­vida. Outras pessoas dizem que se guardá-lo, ele trará fortuna!

O fato é que hoje estaremos todos reunidos, eu particularmente no Bello Piatto, comendo o nhoque da fortuna e reunindo os amigos e familiares. Essa sim é uma fortuna inestimável. E bom apetite!

Bello Piatto
Rua Fernandes Moreira, 407, Chácara Santo Antônio
Telefone: 11 5181-9265

A peleja do jerimum com a acerola

Por Fernando Souza

Salve, salve Restaurante Week! Graças a esse evento maravilhoso que acontece pela 3ª vez na cidade de São Paulo tive a oportunidade de conhecer o restaurante Cordel, acompanhado de Cláudia Midori, Alexandre Fugita e Talita Mariano.

Localizado na rua Aspicuelta, 471, é uma pedra preciosa no centro da Vila Madalena, rodeado pelos barzinhos POPs da região, o local foge à regra e trata objetos e sabores da cultura popular nordestina com requinte e bom gosto. Muito bem decorado, espaço amplo e arejado – com direito a fonte de água cristalina e um belo teto de madeira rústica e muita luz natural.

Para o SPRW, o cardápio do almoço tem um creme de jerimum (que ninguém quis provar) e a salada mandacaru que foi a minha (e de todos) escolha! Aprovadí­ssima, a salada tem croutons de queijo de coalho para a entrada.

Como prato principal há duas opções: filé de frango ao molho de acerola na cachaça, com arroz de abobrinha e castanha-de-caju torrada ou ravióli de jerimum com carne seca.

Se a essa hora você estiver se perguntando o que é jerimum, como fez nossa amiga Talita, pois bem é a nossa conhecida abóbora madura e esse é mais um detalhe interessante da preocupação do restaurante em manter a regionalidade até mesmo no nome dos alimentos.

De volta ao ravióli, que foi a minha escolha aprovada com louvor. Embora a apresentação do prato não seja das melhores, o sabor é maravilhoso – muito equilibrado – é possí­vel sentir o sabor da abóbora em harmonia com o molho da carne seca.

Experimentei também o filé de frango, e este já possui um sabor bem mais encorpado, diferente dos agridoces que estamos acostumados no dia-a-dia. O sabor adocicado e marcante da acerola junto ao leve toque de cachaça dão um toque especial ao filé.

A sobremesa, bolo de rolo de goiabada e/ou doce de leite ou torta morna de banana com sorvete de nata.

Se estiver acompanhado, não há como resistir à troca de prato, pois as duas escolhas são excelentes.

Enfim, o Cordel é um ótimo lugar para você conhecer e saborear ótimos pratos, curtir o som ambiente com uma boa música nordestina e, no final, ainda levar para casa um pouquinho da literatura de cordel.

Cordel Restaurante e Bar
Rua Aspicuelta, 471, Vila Madalena
Telefone: 11 3554-7681

Prefeitura proí­be venda de alimentos em carros e caminhões nas ruas de SP

JULIANA COISSI
da Folha de S.Paulo

A Prefeitura de São Paulo decidiu proibir a venda de produtos e de alimentos em carros e caminhões pelas ruas da cidade. Fica impedido, por exemplo, o comércio de frutas, de doces, de queijos e da tradicional pamonha de Piracicaba.

Também são incluí­das na restrição a venda de outros materiais, como CDs, e conserto de panelas, por exemplo. Ficam de fora da restrição os carrinhos de cachorro-quente, que independentemente da nova decisão, já seguem regras próprias.

A restrição passou a valer a partir do último sábado, quando a portaria foi publicada no “Diário Oficial” do municí­pio. A fiscalização será feita pelas subprefeituras. No trânsito, a função fica a encargo de agentes da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), de guardas-civis metropolitanos e de policiais militares.

Penalidades

De acordo com a portaria, quem desrespeitar a norma terá o veí­culo recolhido. Se o motorista for pego vendendo com o carro estacionado ou mesmo em trânsito, ele será abordado e seu veí­culo será levado ao pátio da subprefeitura mais próxima. Toda a mercadoria será apreendida.

Os equipamentos de venda serão armazenados por 30 dias, mas os produtos perecí­veis deverão ser destruí­dos no ato da apreensão. Os alimentos serão jogados fora, segundo explica a lei, porque não há condições de os agentes públicos avaliarem e testarem se o produto tem a qualidade necessária para o consumo.

Além da apreensão, o vendedor fica sujeito a multa, que varia de R$ 87,20 a R$ 436,00, de acordo com a infração e a avaliação do fiscal.

Prejudicados

A prefeitura não tem uma estimativa de quantos são os vendedores de produtos em carros na cidade.

Um número que pode servir como parâmetro é o que consta na Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicí­lios) de 2006, referente à região metropolitana de São Paulo. Pela pesquisa, 101 mil pessoas trabalham em carros, 73 mil delas por conta própria. O estudo, no entanto, não exclui trabalhadores autônomos, como os eletricistas.

O presidente do Sindicato do Comércio de Vendedores de Ambulantes de São Paulo (não inclui camelôs), Aurélio Carlos de Oliveira, disse que não conhece a lei, mas teme haver prejuí­zo aos ambulantes e aos consumidores.

“Há caminhões que são verdadeiras quitandas para vender na periferia, nos lugares mais desassistidos. Precisa ver se [a portaria] não vai prejudicar essas pessoas”, afirmou.

Segundo a coordenação das subprefeituras, a lei vem definir regras de vendas por ambulantes em carros que já vinham sendo alvos de multas.

A Subprefeitura da Vila Mariana, por exemplo, tem impedido carros com alimentos na entrada do parque Ibirapuera.