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Receita: Maionese caseira

Tem coisa melhor que batata cozida com maionese caseira? Eu adoro, e aprendi uma receita aqui na França:

Maionese Caseira

Ingredientes:
1 gema
pimenta do reino e sal a gosto
cerca de 250 ml de óleo
2 dentes de alho amassados
1 colher de café de mostarda Dijon (se for a mostarda brasileira pode por mais)

Modo de preparo: Retire o ovo da geladeira um pouco antes para que ele esteja na mesma temperatura que o óleo, essa é a primeira dica para a maionese dar certo.

Numa vasilha coloque a gema, o alho, o sal, a pimenta e a mostarda e  comece a bater (use a batedeira e não o liquidificador – essa é a segunda dica), em seguida acrescente o óleo em fio sem parar de bater até a massa atingir a consistência desejada. Sugere-se acrescentar um fio de vinagre (balsâmico) quando terminar.

Rezam as lendas francesas que se você não está num bom dia, sua maionese não vai dar o ponto.

Superstições a parte, acho que essa maionese também deve ficar ótima com o Hambúrguer de forno da Isabelle. Coma com moderação. =P

Mâche

Aqui na França existe uma diversidade muito grande de legumes e verduras, acho que só de maçã deve ter uns 8 tipos diferentes no supermercado. Alface tem de todo tipo que você imaginar, abóboras de mil formas e tem até abobrinhas gostosas.

Mas o que eu mais gosto aqui é a “mache” (em português mâche), uma folhinha verde escura bem pequena, que não é amarga, é levemente crocante e fica uma delícia na salada, seja sozinha, seja acompanhada de alface americana (que aqui se chama “iceberg”… rsrs).

E ainda não tinha encontrado a tradução pro português e achava que nem existia aí no Brasil, até receber uma newsletter divulgando um curso só de saladas da Escola Wilma Kövesi de Cozinha. Sim! Existe mâche no Brasil, ela pode ser encontrada em alguns (poucos) lugares em São Paulo. Mas nem tente procurar por agora, ela é uma verdura de inverno…

A mâche é rica em fibras, em vitamina C, betacarotenos, anti-oxidantes, omega 3, vitamina B9 – e com tantas qualidades também é conhecida como a salada anti-estresse. Tem sua origem na bacia mediterrânea, existem imagens dela nos túmulos egípcios e numa pintura perdida de Leonardo da Vinci. Hoje, é cultivada principalmente na região do Loire, na França, suas folhas são extremamente delicadas e seu cultivo e colheita exigem bastante cuidado.

Raclette

Como aqui na Europa as estações são bem definidas, existem os pratos de inverno e os pratos de verão. E nesta época do ano com a neve caindo lá fora, não há nada melhor do que comer uma raclette.

Raclette é na verdade o nome de um tipo de queijo, de origem suíça, da região de Valais , tradicionalmente feito com leite de vaca cru, que derrete com facilidade. Daí vem o prato, derrete-se o queijo e ele é despejado sobre a batata cozida… hum!!

Os queijos usados para se fazer a raclette podem ser o Savoie, o Comte ou o Raclette, e aqui, nesta época do ano, é fácil encontrar as embalagens de “queijo para raclette”. É possível também encontrar “sabores” do queijo, como com pimenta do reino, vinho branco, cominho etc.

Além das batatas cozidas acompanham também a “assiette de charcuterie” (prato de embutidos/ prato de frios), cornichons (pepino em conserva), maionese caseira e pão.

Mas a melhor coisa é a forma de preparo, você põe o queijo nessa “frigideirinha” :

E coloca pra esquentar na máquina de raclette:

E quando o queijo derrete:

É só derramar o queijo sobre a batata cozida:

É um prato extremamente convivial e que não dá nenhum trabalho!

Como bebida aconselha-se servir vinho branco seco ou rosé e deve-se evitar a água ou bebidas frias, porque elas vão fazer o queijo endurecer no estômago, então para quem não toma vinho o ideal é uma xícara de chá bem quente!

Ps. Sei que esse prato não combina muito com o calor que tem feito no Brasil, mas aqui está nevando:

Pão de queijo na França

Na semana passada bateu uma saudade de pão de queijo e encontrei o preparo num supermercado de produtos exóticos aqui de Toulouse (Afro DomTom). Lá tem mandioca, açaí (o potinho custa 4 euros!), cachaça, polpa de frutas, fubá e preparo de pão de queijo!

O pacote de 250g custou 3 euros e achei super simples de preparar, basta acrescentar água e dois ovos, e desconfiando que só teria “cheiro” de queijo e não gosto, comprei também um queijinho parmesão e acrescentei na massa.

A massa é um pouco leve demais, prefiro um pão de queijo com mais “sustância” (aceito sugestões de receitas, porque aqui também vendem polvilho) e eu colocaria ainda mais queijo pra garantir o sabor, mas me regalei!

E todos os franceses que experimentaram (o pessoal da casa onde moro) gostaram bastante e me disseram que é um bom aperitivo. Eu, pessoalmente, prefiro um pãozinho de queijo acompanhado de café:

Brigadeiros na França

Uma das minhas “obrigações” como professora de português aqui na França é mostrar a cultura brasileira, e um dos melhores meios é fazer os alunos experimentarem nossa culinária.

Como não dá pra trazer açaí ou feijoada no avião, optei por fazer uma receita que os alunos podem repetir em casa com produtos que existem aqui na França: o brigadeiro!

O sucesso foi total! Fora uma aluna que disse que não gostava de chocolate (?!), que nem chegou a provar, TODOS que comeram adoraram. Levei também para os professores experimentarem e só recebi elogios. Ressalto que usei cacau em pó, então o brigadeiro ficou mesmo bem pretinho e não muito doce.

Aqui na França o brigadeiro é conhecido com a “trufa brasileira”, e uma francesa me disse que é melhor que a trufa por ser mais leve.  E todo mundo fica impressionado quando eu digo que é feito com “lait condensé sucré” – leite condensado doce  (aqui também existe o leite condensado sem açúcar). Muitos franceses não usam  esse produto no seu cotidiano, e nem imaginam o que estão perdendo.

O único problema é que aqui o chocolate granulado é bem caro, um vidrinho com 65g custa quase 2 euros…