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O melhor hambúrguer da Nova Zelândia

Por Fernanda Vigna

Quando resolvi ir visitar a Nova Zelândia, confesso que tudo que sabia sobre o país é que os neo zelandeses são chamados de Kiwi por causa de um bicho estranho que parece uma mini galinha, e que antes dos jogos de rugby do All Blacks, seleção nacional, eles fazem uma espécie de dança chamada Haka.

Pesquisando o que fazer, diversas (todas as duas que eu conversei que já foram para lá) foram enfáticas ao me aconselhar a comer no Ferg Burguer, em Queenstown, considerado o melhor hambúrguer da Nova Zelândia. Como o país todo tem cerca de 4 milhões de habitantes, não achei que seria tudo isso. Mas eu estava enganada! O Ferg Burguer é um dos melhores hamburguês que já comi na vida! Empatado nos meus favoritos com o do Five Guys, que já escrevi aqui para Aventuras.

Como todas as cidades da Nova Zelândia, Queenstown é maravilhosa, tem um cenário exuberante, maaaaas, é isso! São poucas ruas de lojas e restaurantes. Então, em 2001, o tal do Ferg resolveu abrir uma lanchonete para alimentar os baladeiros da cidade e visitantes, já que tudo, absolutamente tudo, fecha no máximo às 9h da noite.

Ferg Burguer

Em menos de 10 anos, o que antes era uma lanchonete para bêbados em uma pequena porta, virou o hambúrguer mais famoso do país! Literalmente todo mundo que visita a cidade passa lá, tanto que, para comer uma das delícias, é preciso enfrentar no mínimo uns 20 minutos de fila para fazer o pedido, mais uns 50 minutos para o lanche ficar pronto.

Como são poucas mesas, deve acomodar no máximo umas 30 pessoas sentadas, nem um décimo do necessário. O esquema é ir, fazer o pedido e passear. Quando fui lá, tive tempo de ir no supermercado, umas 3 lojas e ainda esperei um pouco. Mas a espera compensa! Como estava faminta, escolhi o Mr. Big Stuff, 200 gramas de carne de primeira neozelandesa, bacon, chedar, alface, tomate cebola, molho barbecue e aioli, melhor molho de alho que já comi. Como o olho grande falou mais alto, também pedi batata, que obviamente nem aguentei comer.

A melhor hamburgueria da Nova Zelândia

Só de pensar de novo no lanche já me dá água na boca! A carne macia, molhadinha e no ponto certo, o bacon crocante, o queijo derretido e os molhos fazem uma combinação perfeita. O único defeito é não ter aqui no Brasil!

Melhor hambúrguer da Nova Zelândia

Aproveitando o tema hambúrguer + Nova Zelândia, uma outra curiosidade. O Mc Donald’s de lá vende o Kiwi Burguer, que vem com queijo, alface, tomate, mostarda, ketchup, cebola, ovo e acreditem, beterraba! Pode parecer uma estranha combinação, mas eu também achei uma delícia!

Buenos Aires não é mais a mesma

Por Léo Dias

Após um ano e meio quase sem ir para Buenos Aires, cidade que eu considero deliciosa e sempre que posso visito, resolvi voltar no final de 2012, em dezembro. Fui com a mesma postura de 2011, mas a cidade mudou e mudou para pior. Ainda tem seu charme e seus atrativos, mas a inflação e a invasão de brasileiros causaram mudanças importantes.

Ao chegar em BsAs, como sempre, fiz Duty Free (onde o atendimento é muito melhor que aqui) e fui trocar reais por pesos no Banco de La Nación Argentina, pelo câmbio oficial. Aí já foi a primeira mudança pois, onde aceitava-se reais, e em praticamente todos os restaurantes e lojas, a cotação é muito mais vantajosa, chegando a 0,30 centavos de reais por peso! Contratei um táxi preço fechado ida e volta (mais barato) e me hospedei em um hotel boutique.

Fiquei em San Telmo, perto do subte (metrô) e com toda a estrutura de spa. Piscina, sauna, academia, café da manhã a la carte e muito charme na decoração. Acertei! Hotéis convencionais custam quase a mesma coisa com menos estrutura. Ao sair para o primeiro passeio a surpresa: o táxi subiu e subiu muito! Ao invés da saída de 3 reais, ela passou para sete reais na bandeira 2 e ficou muito mais caro. Chegou a 70% o reajuste em um janela de um pouco mas de um ano. Optei em andar de metrô de dia e táxi somente à noite.

Nos restaurantes, a Coca-Cola custa até 10 reais e o cafezinho, 15 salgados reais. A carne manteve o mesmo preço. O vinho, por ser nacional, tem isenção fiscal e também é barato. Pensar em comprar roupas ou tênis é um ledo engano.

Fiquei contente em descobrir uma das mais antigas pizzarias da cidade, a Guerrin. Pizza com preço justo e deliciosa. Isso mesmo, deliciosa e posso afirmar com propriedade pois moro em São Paulo, a capital da pizza.

 

buenos

Em relação às compras, e aí o argentino que é esperto e percebendo que muitos brazucas procuram os famosos “outlets”, passaram a chamar toda e qualquer loja de outlet. Isso sem mencionar as falsificações sendo vendidas como originais e sim, eles são muito espertos. Comprei muito pouco, raramente usei meu VISA (tem 7% de IOF nas compras internacionais) e fiquei surpreso com a semelhança de preços com o Brasil.

Passear no zoológico foi uma decepção. Na Plaza Itália, o famoso zoo central cobra agora 70 pesos de entrada (custava 22 pesos em 2011) e o local está largado, com animais magros e mal cuidados. Cheguei a ver uma iguana comendo o próprio rabo, sem comida e água adequados. Triste! Resolvi então esticar até Lujan, cidade que fica a uma hora de BsAs e que tem por fama a visitação às jaulas dos animais mais perigosos, como o leão e o tigre. Além de ser uma viagem ruim, desconfortável e em um ônibus precário, paguei 70 reais de entrada (caro para os padrões portenhos) para visitar um lugar mal cuidado e ver animais dopados. Triste de novo!

Zoo Luján

Por fim, notei que os pequenos furtos continuam, os pequenos golpes idem, assim como o ar bucólico, o clima agradável e ameno, além do charme de uma cidade com ares de Europa. Seguramente vou voltar, com menores expectativas e não tão em breve, porque mesmo mais cara ou menos atrativa de certo ponto, Buenos Aires ainda é uma cidade que encanta e recebe bem.

Ni Hao!

Por Mario Guanaes

É assim que serão recebidos aqueles que forem ao Banquete de Ano Novo no Jasmim. O cardápio especial para comemorar a data (oficialmente 10/02 na China) será servido entre os dias 9 e 17 de fevereiro. O chef Paulo Tung, filho de chineses, conta que a tradição, não muito diferente daqui, é reunir amigos e familiares em torno de uma mesa redonda (para que a sorte sempre fique no entorno), com abundância e fartura. E fartura é o que não falta: são quatro pratos frios servidos como entrada e nada menos que oito pratos quentes! Seguidos ainda por mais
duas ou três sobremesas.

Banquete de Ano Novo Chinês no restaurante Jasmim até o dia 17/2

Banquete de Ano Novo Chinês no restaurante Jasmim até o dia 17/2

É tanta comida que, me perdoem os fãs do texto cursivo, tomarei a liberdade de colocar em “bullets” para não me perder!

Entradas (pratos frios)

• Frango Cozido no gengibre com cebolinha e saquê

O tempero do prato é muito bom, mas tem que gostar de frango cozido. E com pele, como é costume deles. Não é o meu caso, mas jamais deixaria de provar!

• Folha de Soja enrolada e cozida em temperos especais

Tinha tudo pra ser um prato sem graça, mas definitivamente vale cada pedacinho. Lembra tofu, só que com gosto (rs!).

• Peixe cozido com shoyu, gengibre e gergelim

Nem parece cozido, vem fatiado e sequinho, parece frito. Muito gostoso mesmo e quase sem espinha.

• Água viva coberta com frango desfiado

Não foi servido na degustação, o maître explicou-nos que, por não estar fresca no fornecedor, preferiram não preparar.

Pratos Quentes

Todos servidos com arroz branco, o Gohan típico, que sinceramente, diante de tantas e tão saborosas preparações, só serviu mesmo pra acompanhar os molhos fartos e deliciosos e dar uma limpada no paladar antes de atacar o próximo prato!

• Camarão ao molho branco com saquê

Embora eu às vezes tenha uma tendência a ser entusiasta, raramente exagero. E sem nenhum superlativo, é uma das melhores receitas com camarão que comi na vida (e não foram poucas, sou doente pelo bichinho!). E nunca pensei que camarão, que é tem um sabor mais adocicado, pudesse combinar tão bem com ervilha torta. Farei sempre agora!

• Charuto de folha de soja com carne suína ao molho de cebola, bambu e champignon

De comer rezando, principalmente para os fãs do guioza, pois os recheios são bem parecidos. A apresentação e a textura da folha de soja lembram muito o charuto dos libaneses. E o molho… ah, o molho! Um capítulo à parte nesse prato: levemente adocicado, contrastando com o gengibre e a
carne de porco, sensacional!

• Pato defumado, servido com pão chinês branco

A vida inteira tive um preconceitosinho com pato. Perdi. Se entendi direito o que falava o chef Paulo do outro lado da mesa, este prato demora três dias para assar. E, acreditem, vale cada minuto. Muito bem temperado e com aquele laqueadinho por fora que faz toda a diferença. O pão é gostoso, fofinho como o nosso sovado, mas achei meio adocicado para acompanhar pato.

• Frango com linguiça doce

Vamos e venhamos, linguiça doce não é uma coisa que se ouve por aí, todos os dias. Mas esse é um prato que vale a Aventura Gastronômica da vez! Confesso que o frango até fica meio apagado com essa linguiça por perto! Nunca gostei muito de frango cozido, mas esse no vapor até que é bem gostosinho.

• Cabeça de Leão

Acredito que não há uma só mente “formada” na cultura ocidental que, ao ouvir o anúncio desse prato, não pense logo em alguma “bizarrice oriental”. Afinal, eu já estava preparado até para comer águas-vivas! Mas, para alívio e agradabilíssima surpresa, trata-se de almôndegas de carne suína (!), acompanhada com (mais um) maravilhoso molho. Acredito que esse e o prato com camarões sejam os dois pontos altos do banquete.

• Peito de Frango e aspargos

Com tempero exclusivo e secreto do Paulo, quase compete com as Cabeças de Leão. Legumes cozidos no ponto certinho, com aquela crocância oriental típica e o frango bem seladinho. Delícia e bem leve, quase light (rs).

• Tofu temperado

Uma mostra de que a tradição exige que o banquete tenha fartura, esse Tofu é acompanhado por nada menos que presunto, lombo, frango e camarão. Não gosto muito nem de tofu nem de muitos grupos de carnes no mesmo prato, mas ainda assim é um prato saboroso e vale a experiência.

Sobremesas

• Arroz doce chinês

Não, não espere que se assemelhe ao nosso típico paladar junino: feito com moti, tem aquela pitadinha ácida do vinagre de arroz, e menos doce que o nosso. Vem recheado (sim, o pudim de arroz é recheado) com doce de feijão preto (azuki, aquele dos docinhos japoneses) e coberto de
frutas cristalizadas, passas e calda. Lindo e completamente fora do nosso padrão de sobremesas. Divino.

• Ameixa recheada

A outra opção de sobremesa é a ameixa (daquelas amarelinhas) recheadas com o arroz doce acima. Também bem gostosas e ainda mais bonitas à mesa.

Banquete de Ano Novo Chinês no restaurante Jasmim

Banquete de Ano Novo Chinês no restaurante Jasmim

Para acompanhar tudo, são servidos dois molhinhos de pimenta, um MUITO picante, acredito eu que com malaguetas frescas, COM SEMENTES! O outro, tive a impressão de que é feito com pimentas defumadas, bem menos picante e mais saboroso. Mas ainda assim, ambos “apenas para os fortes”. Ou para chineses, tailandeses, indianos e mexicanos! (rs)

Enfim, muita comida, muitos aromas, e temperos, e sabores, e cores, e texturas e… muita cultura. É fantástico saber a razão de ser de cada prato, de cada ingrediente, na culinária e na cultura chinesa como um todo. Tantos detalhes que, confesso, escaparam à minha memória. Mas com as mãos ocupadas com ohashis e taças, e os sentidos extasiados, não há como se concentrar em outra coisa que não o que está no prato.

O Banquete de Ano Novo estará no Jasmim entre dos dias 9 e 17 de fevereiro de 2013 e tem um valor único de R$120 por pessoa. Que não me acusem de “gastão” os que acharem que de novo estou justificando o valor de um cardápio, mas vamos lembrar que são 12 pratos FARTOS mais as sobremesas, com combinações de ingredientes e temperos ora muito tradicionais, ora exclusivos.

E que eu não soe entusiasta demais, de novo, mas esqueça o fast-food: parece-me que não se conhece a culinária chinesa (sem ir pra China, claro), até que se conheça um restaurante como o Jasmim.

Restaurante Jasmim
Aberto de segunda a domingo, das 6h às 23h
Rua Galvão Bueno, 700 – Liberdade -SP
Informações e reservas: +55 11 3385 3405

Paribar – Apresentação de novo cardápio

Por Mario Guanaes

Aderindo à onda de revitalização do Centro da cidade e motivado a resgatar um pouco da cultura boemia paulistana, o chef Luis Campiglia resolveu recomeçar do zero e reformar seu restaurante. Antes chamado Santa Fé (de 2005 a 2010), a casa era especializada em massas. Tudo ia bem, mas o proprietário quis mais: inspirado pelas memórias de que ali, naquele mesmo endereço reuniam-se os boêmios e intelectuais das décadas de 50 a 70, ele resolveu como homenagem redecorar e reabrir com o mesmo nome Paribar.

Na carta foram resgatados alguns drinks da coquetelaria clássica da época, como o Caju Amigo, de 1974 e outros clássicos, como o caso do Rabo de Galo ganharam uma releitura (embora Luis não ache a palavra adequada, rs) e tornou-se uma bebida bem mais suave e charmosa. Caipirinhas com combinações incomuns como melancia e manjericão chamam a atenção e têm um aroma incrível.

Já no cardápio, pratos clássicos estão ao lado de criações do Chef em opções pra todos os gostos e bolsos. “Tive a preocupação de oferecer pratos com os principais tipos de carne (bovina, suína, aves e frutos do mar) e de preparação, como grelha, chapa, cozidos, assados e fritos. A ideia é agradar todos os gostos”, conta. Há ainda cortes pouco comuns fora de restaurantes mais refinados, como Chateaubriand, e opções mais exóticas como pato.

Para entrada, pedimos bolinhas de milho e queijo (muito saborosas, mas nada mais que bolinhas de queijo e milho) e bolinhos de feijoada, esses sim, um capítulo à parte. O tamanho assusta e, como era de se esperar, pesam um pouco, quase uma refeição. Mas valem cada mordida! A massa é de feijão preto e carne seca e o recheio de couve. Servidos em porções de seis e acompanhados por limão-galego, quentinhos e levemente apimentados, são pedida obrigatória ao visitar o lugar, a menos para os com pouca fome!

Já os bolinhos de carne da D. Marta são bons, mas vieram um pouco oleosos demais . As porções são fartas e chegaram quentinhas – e sem demora.

Na hora dos pratos, a Aventura Gastronômica é escolher um único prato. Talvez eu estivesse escolhendo até agora, não fosse a gentil sugestão do criador sobre sua “criatura” : “Se você gosta de carne (vermelha), tem que pedir um Filé Meninão”. O nome é bastante sugestivo, mas nada me prepararia para o tamanho do prato, que só se compara ao esmero com que é preparado: um filé chateaubriand selado à perfeição com molho madeira e arroz milanês. Absolutamente imperdível!

Foram provados ainda os raviólis de abóbora, com uma apresentação de encher os olhos, e o magret de pato que, pra quem gosta, parece ser um prato cheio. (Não, não foi um trocadilho). Não houve tempo (de minha parte) para as sobremesas, mas também não faltam opções.

Aos finais de semana o local sempre oferece eventos culturais e as mesas na calçada dão um toque retrô que é todo especial.  Ponto negativo vai para a falta de ar-condicionado ou ventiladores. Ao calor de 35º, no centro da cidade, pode atrapalhar a degustação de qualquer prato e/ou aumentar muito o consumo de cerveja, servida com capricho, com colarinho na pedida do cliente. Preços não são exatamente o maior atrativo, mas a qualidade da maioria dos pratos e bebidas os torna absolutamente justificados.

Paribar
Praça Dom José Gaspar, 42, República, São Paulo/SP
Telefone: 11 3237-0771

Funcionamento: Segunda a sábado: 11h30 às 21h. Terça a sexta: 11h30 às 0h. Fechado aos domingos.
Aceita cartões de crédito e débito.
Acesso para deficientes.
Capacidade: 74 lugares.

Comidinha brasileira, guaraná e brigadeiro de colher em Montreal? Tem sim senhor!

Por Milena Fernandes

Eu adoro Montreal, sua multiculturalidade, clima e opções de vida mas, como boa brasileira que sou, as vezes morro de vontade de comer o tradicional arroz com feijão, um belo churrasco e um bom brigadeiro!

Para quem não sabe, os cortes de carne mudam de país para país. No Canadá por exemplo, é bem difícil encontrar um simples bife de contra-filé, picanha então, só encontramos em mercados especializados em comida brasileira. O feijão por aqui é doce, vendido em latas e é servido no café da manhã com o famoso maple syrop. Os preços são um capítulo à parte! A carne vermelha é bem mais cara que no Brasil, seguida pelo frango e depois pela carne de porco.

Aí que, para minha felicidade e dos brasileiros que aqui moram, conheci o Rodízio Brasil! Uma churascaria super aconchegante, localizada no bairro mais charmoso de Montreal, o Vieux Port (Old Port em inglês). Fui com o maridão conhecer e me encantei com absolutamente tudo! Da hostess que fica na porta recebendo os clientes, o ambiente, o sabor, o atendimento, até a gentileza dos garçons.

Como a vontade de comer carne era grande optamos pelo rodízio (eles oferecem também comida de boteco no andar térreo do restaurante)! Assim como no Brasil, fica à disposição uma pista de salada e de pratos quentes (à volonté, como dizem por aqui). Eu fui direto na salada de maionese, vinagrete e farofa com bacon, o maridão foi no arroz com feijão preto e farofa. Assim que sentamos uma das garçonetes veio nos trazer água (aqui a água é de graça em qualquer lugar) e perguntou se aceitávamos um guaraná. Que dúvida, não? É claro que a gente aceitou o guaraná! E mais de uma latinha cada um. Ainda tivemos a opção de escolher entre guaraná Antarctica e Tubaína (também tinha suco de goiaba, graviola, caju!). Aí começou a festa… picanha, coraçãozinho, maminha, costela, linguiça (bem similar à que comemos no Brasil, as daqui eu não gosto), abacaxi (que saudade de casa me deu nessa hora!), frango com bacon, asinha de frango e por aí vai… (São mais de dez tipos de carne).

Depois de nos matarmos de comer arroz, feijão, vinagrete, salada de maionese, batata frita e muuuuuuita carne chegou a hora da sobremesa. O maridão não conseguia mais nem pronunciar o próprio nome e eu, com a alma de gordinha que tenho, não resisti a um brigadeiro de colher. Ele foi servido numa xícada de café com chantilly e cereja, uma delícia!

Felizes da vida e quase abrindo os botões da roupa pedimos a conta. O rodízio saiu por CAD$ 29 doletas (aproximadamente 60 reais) cada, o brigadeiro foi CAD$ 5 doletas e o guaraná CAD$ 3,50 doletas. Achei mais do que justo para um serviço de ótima qualidade, carne realmente à volonté e o jantar super agradável! (Já gastamos muito mais para comer muito menos).

Quando a conta chegou notei que o tip (mais conhecido como gorgeta ou taxa de serviço) já estava incluído no valor final (por aqui, primeiro você paga a conta e depois dá uma tip de cerca de 15% do valor da conta, mais ou menos de acordo com o quanto você gostou do lugar). Pagamos e beleza. Fiquei curiosa sobre essa diferença de comportamento e fui perguntar. Para minha triste surpresa, descobri que os brasileiros tem fama de não pagar a tip e por isso, o restaurante inclui o valor na conta (como é feito no Brasil). Que feio povo brasileiro! Fiquei com vergonha pela nação nessa hora!

Pontos positivos para o Rodízio Brasil:
A picanha não demorou a vir, as carnes eram variadas e continuavam vindo mais rápido do que eu conseguia comer!
Entre um espeto e outro as garçonetes passavam oferecendo batata frita fresquinha (bem melhor do que deixá-las la no buffet a vida inteira murchando, né). Adorei esse cuidado!

Se não todos, mas a maioria dos funcionários falavam português, mesmo os não brasileiros se esforçavam para fala a nossa língua (com aquele sotacão que só um bom ‘gringo’ sabe ter). Mais em casa impossível!

Para ganhar um 10 só faltou servirem queijo de coalho! Aí o rodízio estaria completíssimo para mim. Mas como por aqui o queijo também é outro capítulo a parte, super desconto não ter queijo no rodízio. Cheddar na churrasqueira, se parar no espeto, não deve ficar grande coisa mesmo.

A experiência foi tão bacana que pretendemos voltar para o happy hour assim que der. Como falei acima, no andar térreo do restaurante é o Boteco Rodízio Brasil onde eles servem caipirinhas, petistos brasucas e em alguns dias da semana tem música brasileira ao vivo. Ah, também tem a possibilidade de acompanhar os jogos de futebol dos campeonatos brasileiro e paulista, fora os da seleção canarinho, com promoções especiais nas bebidas durante os jogos. Depois eu conto essa experiência também, ok?

Serviço:
Rodízio Brasil
160, Notre Dame Est
H2Y 1C2 – Montreal, QC, Canada
Aberto: Terças das 16h às 23h
Quarta a Domingo das 11h às 23h
Reservas: (514) 508 – 3883