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Restaurante do CCSP: simpatia em suas opções temáticas

Já que a Cláudia postou sobre a Comedoria do Sesc, agora é a minha vez de dar uma dica de restaurante que se localiza dentro de um espaço cultural.

O Centro Cultural São Paulo é uma referência na cidade para boa programação cultural, biblioteca, gibiteca e espaço de convivência. É muito comum ver as pessoas usando as mesinhas da entrada para estudar, jogar RPG, xadrez ou mesmo conversar.

Agora, o que poucas pessoas sabem é que o seu restaurante é uma ótima opção para quem costuma estar ou trabalhar por aqueles lados. Eu mesma almoço lá todas as quintas-feiras.

O serviço é o tradicional quilo, o preferido de quem precisa almoçar fora todos os dias. O valor por 100g é proporcional à qualidade da refeição, R$ 2,99. O buffet compõe-se de pratos frios, pratos quentes, além de ter opções de sobremesa e bebidas.

Quatro vezes por semana o cardápio é temático. Às quartas e quintas é servida a tradicional feijoada; às tercas, pratos de inspiração oriental; e às quintas, pratos de origem árabe-mediterrânea. Só às segundas-feiras que, segundo a nutricionista Elaine, não existe um tema fixo.

Ademais da comida gostosa e preparada pensando na saúde dos clientes, a localização das mesas é muito agradável. Ao lado do lugar de refeição, fica um jardim de samambaias e outras plantas. Dá para aproveitar o horário de almoço e observar um pouco de natureza.

Junto com o restaurante, funciona do café do Centro Cultural São Paulo. Esse fica aberto todos os dias, durante o horário de funcionamento do espaço.

Restaurante CCSP
R$ 2,99 a cada 100g
Rua Vergueiro, 1000
Paraíso
Programação cultural do CCSP: http://www.centrocultural.sp.gov.br

Comendo à francesa

Uma das maiores diferenças entre a comida na França e no Brasil é a forma de organização da refeição. Aqui, nos restaurante e nas casas de família mais tradicionais, existe uma divisão clara: entrada, prato principal, queijos e sobremesa. Para se ter uma ideia de como isso faz parte da cultura, até mesmo nas cantinas das escolas e universidades existe esta mesma estrutura.

Foto que tirei na cantina do Liceu onde trabalho: a entrada (salada de repolho roxo e taboulé), prato principal (bife, macarrão e ratatouille), queijo camembert e torta de coco de sobremesa

A entrada varia bastante, pode ser um paté de porco, uma sopa, pode ser foie gras (fígado de pato – que você já compra pronto para comer e depois deve ser fatiado e colocado sobre o pão ou uma torrada), um folhado, blinis com salmão defumado, enfim, ela pode ser fria ou quente.

Salada de tomate com anchovas

Em seguida vem o prato principal – a única regra que existe é que deve ter uma carne e o acompanhamento que pode ser QUALQUER coisa – digo isso do ponto de vista de uma brasileira – para dar um exemplo, você pode comer um bife acompanhado por ervilhas. Um dos acompanhamentos mais comum é a batata (em todas as suas versões), arroz é raro, feijão também…

Aí quando você acha que já acabou, chega o prato de queijos, e é impressionante a quantidade que eles vão comer de queijo, e sempre acompanhado pelo pão e na maior parte das vezes se come o queijo neste momento da refeição – ainda não vi por aqui essa coisa que brasileiro acha chique de chamar os amigos pra comer queijo e vinho.

O vinho é um caso a parte, como cada prato pede um vinho diferente, numa mesma refeição, você pode beber 3 vinhos diferentes, por exemplo, se a entrada for torradas com foie gras, ela pede um vinho branco e adocicado como o Muscat, e se em seguida você vai comer um faux fillet (corte tradicional de carne bovina) acompanhado de batatas, você deve beber um vinho tinto, como o Bordeaux, que também vai acompanhar os queijos. E junto com a sobremesa, caso seja uma galette de rois ou uma mousse de chocolate, você pode beber uma tacinha de champagne.

E numa refeição dessa se passa muito tempo na mesa, e é isso que os franceses adoram. Sim, viver na França é um convite à comida! E um perigo pra balança…

Românticos por chocolate

Está em cartaz no Reserva Cultural, na avenida Paulista, um dos filmes mais fofos que eu já assisti: Românticos Anônimos (Les Émotifs Anonymes, França-Bélgica, 2010).

Em primeiro lugar, aconteceu uma identificação quase instantânea com os personagens do filme, por causa do mote principal da história, o quanto a timidez pode atrapalhar a vida de alguém.

Depois, o roteiro desenrola-se na fábrica de chocolates artesanais de Jéan-René, que contrata Angélique para ser sua representante de vendas. As cenas da fabricação do chocolate são de dar água na boca. Também é interessante ver a maneira pela qual o filme consegue transmitir que fazer chocolate artesanal é uma verdadeira arte, realizada com muita dedicação.

A pedida, para depois do filme, é entrar no clima e comer um fondant au chocolat no Café Pain de France, ali mesmo, no Reserva Cultural. Lá são servidas várias delícias doces e salgadas, bem típicas da França.

Ainda dentro do Reserva Cultural, para completar a experiência gastronômica, há um autêntico bistrô. O restaurante também serve pratos tradicionais franceses, como o steak au poivre e o ratatouille niçoise, além de massas e saladas.

Para dar vontade de assistir ao filme e depois comer chocolate até não aguentar mais, vejam o trailer.

Reserva Cultural (cinema, café e bistrô)
Avenida Paulista, 900
Cerqueira César  São Paulo
Tel: (11) 3287-3529

Mais da série Conhecendo São Paulo: Pão de Queijo Haddock Lobo

Por escrever sobre gastronomia, sempre recebo dicas para novos posts, vindas de amigos, conhecidos e de pessoas que comentam por aqui. Quem me falou sobre o Pão de Queijo Haddock Lobo foi uma colega de trabalho – ela já experimentou algumas delícias da Vila Madalena comigo, e adora! Segundo sua recomendação, o local já havia ganho vários prêmios de “melhor pão de queijo” e vivia sempre cheio, mesmo sem ter mesas para degustação. eu tinha que conferir e aproveitei a manhã do último sábado para tomar um cafezinho e levar uns quitutes para casa.

Primeiramente, preciso dizer que o pão de queijo (R$ 4) é realmente espetacular. Fresquíssimos, os pães tinham acabado de sair do forno direto para a bancada da loja pequenina (há fotos da fachada aqui, para quem não conhece) e derretiam na boca. Com sabor de queijo de verdade, o que certamente fez com que o lugar ganhasse todos os prêmios que já ganhou, a massa é feita com polvilho doce e pode ser comprada crua (R$ 30/quilo). Na foto, parecem dois, mas é um só – o formato é irregular, então sempre tem um e mais um bocadinho para ser saboreado.

Sem exagero: nos dez minutos que fiquei na local, ao menos vinte pessoas entraram e saíram, a maioria com pedidos para viagem. Uma levou 20 pães de queijo e latas de refrigerante; a outra escolheu alguns doces e mais dois pedaços de torta de frango (R$ 12 a fatia); uma terceira comeu um pão de queijo lá mesmo, levou mais dois para casa e fechou a compra com dois brigadeiros (R$ 4 cada). Tudo com a calma e a precisão de quem compra ali sempre, talvez em todos os fins de semana, ou até diariamente. Eu acabei tomando um expresso com espuma de leite (R$ 4,50) e levei um pão de queijo extra para casa – o maridão merece, né? Faltou experimentar o quindim (R$ 5) e o bombocado (R$ 4), que também são famosos.

Mas não resisti a experimentar também outros quitutes, todos para viagem senão não há dieta que aguente. Assim, pude saborear com calma, durante o fim de semana, e ainda dividir para não pesar tanta na consciência – e na balança. O brigadeiro, enorme por sinal, tem gostinho caseiro. O bem-casado (R$ 5) também é muito gostoso, melhor que muitos que comi em casamentos por aí. A torta de frango acabou virando parte do jantar do sábado, junto com uma salada. Voltarei outras vezes com certeza! Mesmo pequeno e sem lugares para sentar, os atendentes são super simpáticos e atendem a todos com um sorriso no rosto. Tem coisa melhor?

Japonês na França

Como o Ano Novo chinês é comemorado amanhã, a professora assistente de chinês (sim, aqui na França é possível estudar chinês no Ensino Médio) que trabalha na mesma escola que eu me convidou pra jantar num restaurante chinês na última quarta.

Quando telefono pra ela dizendo que ia me atrasar, ela me diz que o restaurante chinês estava fechado (?!) e que iríamos em um japonês. Desde que cheguei aqui (e faz 4 meses hoje) ainda não tinha ido em um restaurante japonês.

A primeira surpresa – no cardápio constava um “barbecue” (churrasco) com opções de carne ou peixes. Como assim churrasco em restaurante japonês?

Trouxeram para mesa esse aparelho e a carne crua, e você mesmo grelha a carne. É uma delícia! A carne era macia e tinha um tempero gostoso e o restaurante contava com exaustores acima das mesas. Mas não tenho ideia de onde vem a tradição, China? Japão? Coreia? Vietnam?

Vocês não imaginam a minha surpresa ao colocar o nome do restaurante no Google  (Yakiniku) e descobrir é o nome de um prato japonês. É um método de cozimento de legumes e carnes numa placa de cozimento (à gaz, eletricidade ou carvão) que tem origem num tipo de churrasco coreano. Só o Google salva.

Como não tinha ideia de como era o tal churrasco, optei por um combinado que tinha salada e misoshiru (com cogumelos fatiados dentro) como entrada e como prato principal um bowl com arroz e sashimi de salmão (14,50 euros).

O salmão estava super fresquinho e o arroz estava muito bom! Detalhe, o gengibre tinha a mesma cor do salmão, porque eles marinam em algum molho.

As outra meninas pediram espetinhos (“brochettes”) variados (14,50 euros também com a entrada).

Apesar de um pouco caro para o nosso budget, todo mundo saiu do restaurante satisfeito.

Yakiniku

11, Boulevard de Strasbourg – Toulouse