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Paris: Guia para aproveitar a cidade – parte 2

Para mim é difícil escolher entre doce e salgado, mas não dá pra negar que na França a escolha é sempre pelo doce. Pra começar, aqui eles costumam comer croissant de chocolate (o chamado “pain au chocolat”, preço médio 1,20 euros) no café da manhã.

E Paris é um convite aos doces,  na maioria dos pontos turísticos têm barraquinhas de crepe e gaufre (nosso favo holandês). O crepe ainda pode ser salgado, mas a gaufre só tem doce. O recheio/cobertura mais comum?  Nutella, o preço médio do crepe de Nutella é 3 euros.

Os kiosques também oferecem “barbe à papa” (algodão doce) e podem ter churros. Uma dica: NAO coma os churros, eu provei e são ruins, acho que eles fritam a massa do crepe, não sei dizer, só sei que é muito doce e não tem gosto de churros.

Paris: Guia para aproveitar a cidade – parte 1

Estive em Paris por alguns dias no final de outubro e tinha um orçamento bem baixo, mas consegui aproveitar muito a cidade. E garanto para você que o melhor jeito de desvendar a cidade é pela comida, a começar pelo fato de que as únicas coisas que Paris oferece que você só encontra lá são a paisagem, os museus e a COMIDA. Quase todo o resto vem da China. =P

Começo dando falando dos restaurantes onde comi:

L’Hostellerie de l’oie qui fume

37 rue de la Harpe – Paris – 5eme arrondissement

Esse restaurante fica no paraíso do turista sem dinheiro, o Quartier Latin (chamado assim por ficar próximo à Sorbonne, onde desde sua inauguração se estudava língua latina).

Nesse bairro se pode comer por 10, 12 euros (entrada, prato principal e sobremesa, o que o francês chama de “formule”) no almoço e paga-se um pouco mais no jantar. Você também pode pedir uma taça do vinho da casa (não costuma ser ruim)e vai pagar cerca de 3 euros.

A DICA, em todo restaurante da França você pode pedir “une carrafe de l’eau” (une karraf do) e isso não custa nada. É água da torneira, mas pode beber sem medo.

Nesse dia tinha várias opções no menu e optei por uma salada de entrada, o boeuf bourguignon (carne cozida com legumes e batata) como prato principal e a dame blanche (sorvete de baunilha com calda de chocolate) como sobremesa. Os pratos franceses não costumam vir acompanhados de arroz, mas sempre trazem uma cestinha de pão (também gratuita) para acompanhar os pratos.

A comida estava ok e paguei 13 euros pelo jantar com uma taça de vinho. =)

Le Cambodge

20 rue Yvonne le Tac – Paris – 18eme arrondissement

Descubra o restaurante asiático mais próximo de onde você está hospedado, provavelmente será a melhor opção custo benefício. Eles nem sempre trabalham com as “formules”, mas tem um prato ótimo, a bo-bun, que contem carne ou frango, macarrão de arroz (tipo bifun), broto de feijão, pepino, alface e também nems (lembra um rolinho primavera, mas o recheio mais comum é o de porco).

É algo entre uma salada e um yakisoba, meio frio, meio quente. Esse custou 7,60 e eu nem aguentei comer tudo. E o que mais me chamou a atenção nesse restaurante foi a simpatia do garçom, ele mesmo cambodjano, com um francês díficil de entender, mas totalmente compensado pela gentileza. Vale ressaltar que normalmente nos restaurantes asiáticos a comida está pronta e eles apenas esquentam.

Hao Hao

Avenue Choisy – Paris – 13eme arrondissement

A Avenue de Choisy é parte do chamado Quartier Chinois (Bairro Chinês) de Paris, nessa avenida você escolher entre várias opções de restaurantes asiáticos, com preços e cardápios muito parecidos.

Tem também o Mc Donald’s chinois como aí em São Paulo!

[Um detalhe, na França existe uma mania de reduzir as palavras, por exemplo restaurant vira “resto”,  assim você vai no Mcdo e pede um “best of” (a nossa mc oferta que aqui custa cerca de 7 euros). Ela pode vir com Wrap, aqui ele faz parte do cardápio e tem até de queijo de cabra quente. Fui apenas uma vez no Mcdo  e pedi as “deluxe potatoes” e são muito gostosas.

E um dado curioso, aqui na França eles sempre adaptam o nome oriental do prato tentando descrevê-lo dentro do que os franceses conhecem, por exemplo eles servem lamen, mas chamam de “soupe” (sopa), fora outros pratos que não identifiquei.

No dia em que fomos o público era bem variado, tinha gente falando francês e também outras línguas (eu acho que chinês, mas não garanto). Tinha um casal francês na mesma mesa que a gente comendo camarões empanados e o senhor até comentou que estava muito gostoso.

Eu e uma de minhas colegas pedimos frango com cogumelos e outra colega pediu frango com legumes da estação e uma porção de arroz.

Estava tudo bem gostoso, mas é preciso ter cuidado com o cardápio porque nem sempre ele é claro para nós, acostumados aos nomes “orientais” dos pratos, e os garçons não têm muita paciência pra explicar.

Mas a melhor parte foi o chá que pedi, era de menta com jasmin e estava muito bom (3,80 euros). Sim, aqui o chá é caro.

Vins et Terrois

66 rue Saint des Arts – Paris – 6eme arrondissement

Saint Germain de Près é uma região cheia de restaurantes, aqui já um pouco mais caros (na foto abaixo o preço do café da manhã – 7,40 euros) do que os do Quartier Latin (que fica ao lado), mas também mais charmosos.

No Vins et Terroirs, eu paguei 11 euros pela formule no almoço (eu podia escolher entre entrada e prato principal OU prato principal e sobremesa) e 3,90 pela taça de vinho.

O atendimento bem simpático e ainda fiquei sentada na mesinha que ficava do lado da janela então dava pra olhar o movimento no dia chuvoso (era dia 01/11). Durante a conversa com o gerente, descobri que a Danuza Leão escreveu sobre esse lugar e sempre aparecem brasileiros por lá.

Num momento de ousadia, decidi experimentar o tartare de boeuf (ou seja, carne de boi crua) e não me arrependo, a carne vem acompanhada de uma gema crua, cornichon (pepino em conserva), alcaparras, cebola picada e salsa. Também trazem pra mesa pimenta, azeite, mostarda e ketchup, assim você tempera a carne.

Para a sobremesa escolhi a torta de chocolate, que chegou quente com o recheio bem molinho.

Não tem uma receita pra saber se o restaurante barato no seu caminho é bom, mas garanto que não me decepcionei em nenhum dos lugares que fui e não gastei mais do que 15 euros por refeição. Minha sugestão é se aventurar e aproveitar as boas opções da culinária francesa (ou nem tanto). Logo mais outras dicas pra comer bem em Paris!

Continue lendo as dicas de Paris: Parte 2, Parte 3, Parte 4 e Parte 5.

Mercado de Saint-Cyprien

O Marché de Saint-Cyprien é um dos poucos da cidade de Toulouse que ocupa um prédio que sempre foi uma halle (lugar coberto onde se vende alimentos). O espaço foi reformado e hoje conta com cerca de 30 expositores.

No lado de fora ficam as barracas de frutas, legumes, verduras, temperos e flores.

Como no Brasil, o preço é um pouco mais alto do que no supermercado e num geral a qualidade também é melhor. E alguns alimentos encontramos apenas lá.

Mas o melhor mesmo está dentro do prédio.

Por ser um mercado de bairro, ele não é muito grande (acho que dá para perceber pela foto).

Tem peixarias, queijarias, uma padaria, açougues que vendem carne de boi, de frango (e outras aves), de porco (e também a “charcuterie”, os famosos embutidos), de carneiro e de cavalo. Também vendem comida pronta e tem lá um stand perdido de comida chinesa (?!).

Carne de cavalo

As opções com carne de porco. Eu comprei a Saucisse de Toulouse, ou linguiça de Toulouse.

Carne de carneiro

Uma coisa que me chamou a atenção, foi que aqui eles também vendem o pé e o bucho do boi (ou vitelo).

Pé de vitelo

Perguntei à dona do stand e ela me disse que aqui eles desossam o pé, cozinham e fazem uma salada com cebola, salsa e servem fria como entrada.

Aqui o pedaço de linguiça que comprei. O quilo custa 9,90 euros, ela é bem magra e tem um pouco de pimenta.

Também comprei um pouco de salada de frutas pronta pra comer de sobremesa.

Não pude resistir às amoras e framboesas e assim descobri que aqui a Salada de frutas é feita em calda. Uma delícia!

O Mercado de Saint-Cyprien funciona todos os dias das 7h até as 13h.

Mercado dos artesãos do Chocolate

A partir desse mês o Aventuras Gastronômicas passa a contar com uma correspondente internacional. Estou em Toulouse, na França, e vou dividir com vocês as minhas descobertas gastronômicas.

No final de semana, teve em Toulouse o XVIII Marché d’artisans du chocolat (Feira ou Mercado dos artesãos do chocolate), que acontece todos os anos na praça Saint Georges. O evento reúne os principais chocolatiers da região, um sorveteiro artesanal, uma casa de chá, um especialista de vinhos, além de apresentações da Escola Superior de profissões de Muret.

Alguns dos stands contavam com chocolates para degustação e o L’Atelier du Chocolat de Bayonne me conquistou com seu Feuillant d’or:

São pequenos bombons com uma casquinha crocante de crêpe dentelle, praliné de amêndoas e avelãs e chocolate com 70% de cacau. O pacote com 100g custou 4,40 euros.

O Atelier du chocolate fica na cidade de Bayonne, e é possível fazer uma visita guiada pela chocolateria seguida de degustação que custa 5,60 euros.

La Pergoletta, o italiano do Tatuapé

A rua Itapura no Tatuapé tem várias opções de restaurantes, entre elas o Condimento (que estou com muita vontade de conhecer e a Cláudia já falou dele aqui) e também o La Pergoletta, que começou como uma casa de massas e hoje tem fila na porta nos finais de semana.

No último sábado fui jantar lá pela segunda vez e não me decepcionei em nenhuma das vezes. A gente sai rolando…

A estrela da casa são as massas artesanais que podem vir acompanhadas de dezenas de molhos, desde os mais tradicionais até o molho Cosa Nostra, que leva camarão e leite de coco. Mas os pratos combinados de carnes, aves ou peixes com uma massa ou risoto são os que chamam mais a minha atenção.

Escolhemos o Polpetonne que vem acompanhado de penne com brocólis (R$69), o prato serve (bem) duas pessoas, mas no fim fiquei com vontade de experimentar a Vitela assada acompanhada de ravióli recheado com ricota e nozes ao molho fungi (R$79) – sempre difícil escolher com tantas opções no cardápio.

O prato chega fumegando na mesa após ser finalizado no forno, em uma panela de ferro.

A foto não ficou boa - acho que foi a vontade comer logo!

As sobremesas também são apetitosas, dessa vez comi a Francesina – torta mousse de chocolate com banana (R$12), que estava gostosa, apesar de eu não gostar tanto da mistura de banana com chocolate.

Mousse de chocolate amargo como eu gosto.

Para mim, a melhor sobremesa do cardápio é o Merenguinho Italiano (R$16), uma versão com creme de chocolate, suspiro e morangos. Mas ela é GIGANTE, logo você precisa ainda estar com fome ou dividir com alguém.

E depois de jantar é impossível não comprar alguma das massas na loja, dessa vez comprei a trança de parma e brie (R$10,50 – 250g). Você ainda pode levar molho, patês, pães.

Quem mora na região pode pedir os pratos pelo telefone. E a loja entrega as massa em toda a cidade de São Paulo. Ainda bem que moro longe!

La Pergoletta

Rua Itapura, 1478 – Tatuapé – São Paulo

Telefones: (11) 2092-3330 ou (11) 2092-3054