janeiro 2012 archive

Comida de dragão

Hoje fui ao cursinho, no bairro da Liberdade, e vi que a praça e a rua Galvão Bueno estão decoradas para a comemoração do Ano Novo Chinês.  O 4710o ano desse calendário é representado pelo dragão.

Não só na Liberdade, mas também em outros pontos da cidade, acontecem demonstrações de dança, artes marciais e apresentações musicais.

Especialmente, no tradicional bairro oriental de São Paulo, estão montadas barraquinhas de artesanato e, é lógico, pratos tradicionais. Nessa ocasião, a comida mais típica é um bolinho cozido, chamado jiaozi.

Para quem não puder dar um pulo até a festa e experimentar o bolinho, dá para tentar fazer em casa.

Jiaozi

Ingredientes para a massa:

500g de farinha de trigo
200ml de água morna
1 colher de chá de sal

Em uma tigela, coloque a farinha e o sal e vá acrescentando a água aos poucos, mexendo sempre até que a mistura fique homogênea. A massa não pode ficar pegando; ela deve se desgrudar facilmente dos dedos.

Depois de pronta, deixe-a descansar por 30 minutos na tigela tampada e polvilhada com farinha de trigo.

Polvilhe farinha de trigo sobre uma superfície lisa e abra a massa até deixá-la bem fina. Depois, com a boca de um copo, corte-a em círculos concêntricos.

Ingredientes para o recheio de carne:

1kg de carne moída (preferencialmente de porco)
1/3 de um pé médio de acelga
1/3 de um pé médio de repolho
3 dedos de gengibre ralado
1 colher de sopa de molho shoyo
1 colher de café de vinagre de arroz chinês
Sal a gosto
Glutamato monossódico (Ajinomoto) a gosto

Em uma tigela, misture a carne com o gengibre. Acrescente o sal, o shoyo e o vinagre. Incorpore à mistura o repolho picado e a acelga. É importante que todos os vegetais estejam bem picados para que não perfurem a massa do jiaozi.

Pegue a massa cortada em círculo e a coloque no centro de sua mão. Sobre ela, largue uma colher de café do recheio. Feche primeiro a massa no centro superior e, depois, comece a fechar um dos lados com pequenas dobrinhas. O processo é semelhante ao do pastel. Certifique-se de que a massa esteja bem fechada, para que o ravióli não abra durante o cozimento. Coloque-os sobre um prato polvilhado com farinha de trigo (a farinha vai garantir que os jiaozi não grudem durante a fervura).

Na água fervente, mergulhe os raviólis um a um e tampe a panela. Quando voltar a ferver, acrescente um copo de água fria. Repita o processo por duas ou três vezes (para recheios de carne, é aconselhável deixar ferver por três vezes). Retire-os da água com uma escumadeira e sirva quente (jiaozi frio faz mal para o estômago!), acompanhados do molho.

Ingredientes para o molho:

1 porção de molho shoyo
1 porção (igual) de vinagre de arroz chinês (escuro)
Cebolinha picada a gosto
Sal a gosto

Se quiser, esmague também um dente de alho e acrescente à mistura.

No site da Rádio China Internacional, tem um vídeo explicando passo a passo.

Para conhecer a programação da festa, visite o site oficial do evento.

Galette de rois

Na França a tradição da Galette de rois é mantida até hoje (ouvi dos meus alunos que ela também existe em Portugal), para vocês terem uma ideia, é como o panetone pra gente no Natal, tem pra vender em toda parte e todo mundo come.

Tradicionalmente ela deve ser comida após o dia 06 de janeiro – Dia de reis (em francês também chamada de “Epiphanie”), isto é, o dia em que os reis magos encontram Jesus e lhe entregam os presentes – até o final do mês de janeiro. Mas ela já podia ser encontrada no supermercados e padarias desde dezembro.

A Galette de rois é feita de massa folhada recheada por frangipane (um creme de amêndoas), e dentro dela sempre há uma “fève” (fava) que, no passado, era mesmo uma fava de feijão que o padeiro colocava dentro do bolo após assá-lo e hoje é um bonequinho de louça.

Este ano tem a Galette do Harry Potter - mas eu só encontrei a Belatriz Lestrange.

Junto com a Galette vem uma coroa que é dada para quem encontra a “fève”, e é claro que quando há uma criança pequena os pais sempre dão um jeitinho pra que a fève vá parar no pedaço dela. Quando um adulto encontra a fève deve escolher seu rei ou sua rainha e coroá-lo. Isso sem falar que o rei compra a próxima Galette. =P

Aqui no sul da França, a Galette mais tradicional é a de pâte briochée, também conhecida com “Brioche de rois” ou “Couronne de rois” (Coroa de Reis), ela lembra um pão doce e pode ser aromatizada com flor de laranjeira ou ter frutas cristalizadas, sem falar que é uma opção bem mais leve.

O preço médio da Galette de massa de brioche varia de 5 a 12 euros, a depender do tamanho e também do produtor (supermercado, padaria, chefe gourmet…). E a de massa folhada custa entre 10 e 20 euros a depender do recheio e do tamanho. As padarias também vendem galettes individuais. Vale ressaltar que a aqui você encontra não apenas o recheio frangipane, mas também chocolate, maçã, avelãs, pistache, framboesa, lichia…

Verão com sorvete

Há coisas que combinam tanto que parecem ter sido feitas uma para a outra, como arroz com feijão. Apesar de o Dia do Sorvete ser em 23 de setembro, temos certeza que o Verão é a melhor época para saborear aquele picolé refrescante ou uma bola de sorvete geladinha, com ou sem casquinha. Pode ser na praia ou na cidade, em casa ou na loja… Até um sorvetinho de padaria já está valendo. Quem resiste?

Bacio de Latte: sem comparações. Fantástico!

Marcelino: Sorvete de baba de moça com tapioca. Preciso dizer mais?

Polar Splash: sobremesa da rede A Chapa com calda, farofa e M&Ms.

Häagen Dazs: Sorvete essencial que sempre cai bem.

Stuzzi: Apesar do atendimento confuso, é uma delicinha!

Taperebá: Muitos sabores com a cara do Brasil (ficou clichê, mas é verdade)

Bella Paulista: A padaria oferece bons sorvetes de massa tipo “italiano”.

210 Diner: Aqui a estrela são os cookies, o sorvete é fantástico.

Freddo: Agora com várias unidade em São Paulo. Tentação!

Kebabel: A casa tem sorvetes com mel, pistache e outro toppings.

Molico Yogo: muito sabor com baixas calorias. Prazer sem culpa \o/

Magnum Gold: Novidade do ano passado, mistura chocolate e caramelo.

Itália: Rede carioca com sorvetes, picolés, tortas… Tudo delicioso!

McFlurry: A foto acima é do com alpino, mas sempre experimentamos as novas versões que misturam sorvete, chocolate e calda.

Ponto Chic: tradição que perdura com qualidade

O fato de ser uma carioca morando em São Paulo faz de mim uma sempre curiosa e possível cliente de restaurantes e outros locais tradicionais da cidade. E há tempos que eu tinha vontade de conhecer o Ponto Chic, que já mereceu visita até o chef Olivier Anquier para o seu programa no GNT, e é considerado o melhor bauru de SP. Fui conhecer a loja que fica ao lado do Shopping Paulista, super bem localizado pertinho do metrô Paraíso – existem mais duas unidades na cidade (Perdizes e Paissandu).

O bauru do Ponto Chic (foto acima) custa R$ 17,90 e vem montado dentro de um grande e bem recheado pão francês com rosbife e uma generosa camada de creme de queijos (receita exclusiva da casa) que forma uma mistura deliciosa. E ainda tem espaço para picles e tomate dentro do sanduba. O marido devorou o lanche num piscar de olhos. Eu preferi o beirute de bauru no pão sírio (R$ 27,20), com os mesmos ingredientes + alface, e enoooorme. Comi metade no almoço e deixei a outra parte para me deliciar no jantar, já em casa. Senão não há dieta que dê conta 😉

Não sei se o bauru deles é realmente o melhor de São Paulo, mas com certeza é o melhor que já comi. Também ficamos muito felizes com o serviço super atencioso e com a rapidez com a qual o lanche chegou à mesa. Trouxe para casa alguns dos papéis que fazem as vezes de jogo americano e que contam um pouco da história do Ponto Chic. Bacana é pouco, eu adorei! Os lanches não são baratinhos, mas o cardápio tem outras opções de refeições por preços mais acessíveis. Vale a visita!

Ponto Chic
Praça Oswaldo Cruz, 26 – Paraíso – SP
Tel: (11) 3289-1480

Las Chicas: a japa, a morena e a loira

Para comemorar a volta da participação da Camila no Aventuras Gastronômicas, nós (a loira, a japa e a morena) combinamos de todas escreverem e contarem um pouco sobre as nossas experiências no Las Chicas na última segunda-feira, dia 16. Como já falamos no Facebook e pelo twitter, participamos de uma matéria que deve (ou não) sair semana que vem pela Record News.

Fui a primeira a chegar no restô, às 13h, e pude escolher o meu banquinho com calma. Com apenas 38 lugares, 50% do local estava ocupado, principalmente por mulheres acompanhadas de amigas. Todas pareciam trabalhar na região e nenhuma aparentava se importar em pagar 45 reais pelo buffet de saladas com alguns míseros pratos quentes (são 4 por dia).

Além do buffet, algumas quiches, pastéis e empadas completam o menu charmoso. Assim como a Camila, pedi uma quiche com salada. Apesar de ter pedido a média, foi entregue a pequena. Depois de uma espera razoável e a fome batendo após esperar uma hora de gravação, preferi não reclamar.

A quiche acima custou R$ 25 e apesar do garçom ter dito que era de salmão com pupunha, foi uma tarefa difícil achar os míseros pedaços de salmão no meio do recheio…

Ponto positivo para o cardápio sem frituras e negativo para os sucos, todos prontos, sem aquele jeitinho de que acabou de ser preparado. O suco pronto de tangerina custou R$ 8 (reparem que pela foto dá pra ver que ele era aguado).

Mas, o importante é que o final da história é feliz! Salve salve para o bolo de brigadeiro. R$12 de pura glicose na veia. Como diria o querido Julinho, é caro quando é ruim. O bolo é barato pra kct! Eu pagaria mais alguns reais para levar outro para comer depois, só que nessa onda de comer menos e melhor, um anjo bateu na minha cabeça e mandou eu desistir e ir pra casa. Enquanto isso, o diabo mandava eu voltar e provar outra fatia para ver se era realmente bom!

Entre mortos e feridos, as três saíram de lá salvas e com vontade de voltar pelo que a Carla e a Carolina fazem de melhor, os doces!

Outras fotos aqui

Las Chicas
Rua Oscar Freire (c/ a Antônio Bicudo), 1607, Pinheiros
Telefone: 11 3063-0533 / 3063-4468