novembro 2011 archive

Subway® Churrasco: que bela porcaria!

Não tem nada que eu mais deteste do que me sentir enganada, seja por uma pessoa, seja por uma empresa. E ontem saí extramamente decepcionada de uma unidade do Subway ao experimentar o novo produto da rede: Subway Churrasco. De acordo com o site, o sanduíche é feito com “um tenro steak de carne bovina com sabor churrasco, grelhado na medida certa, com sabor sem igual”. O que você imagina? Uma carne grelhada e saborizada com um desses temperos de churrasco. Certo?

Pois é, foi o que eu pensei também e fui, como uma completa idiota, experimentar a novidade da rede. Sempre adorei os produtos, mas realmente esse lançamento é um engodo: em vez de uma carne suculenta, o lanche vem com uma espécie de carne processada, que de tão ruim nem poderia ser comparada a um hambúrguer. E realmente não senti sabor de churrasco. Além disso, o meu sanduíche veio o recheio gelado, mesmo eu tendo pedido para o mesmo ser aquecido. Para piorar, os atendentes da loja escolhida para o jantar não paravam de conversar – quase pedi desculpas por incomodá-los ao fazer meu pedido. Realmente decepcionante.

Infelizmente fico devendo uma foto dessa “maravilha”, pois não estava com a máquina e certamente não pedirei o lanche novamente.

Lá da Venda: Por que é tão caro?

Por conta da péssima experiência da Cláudia no Lá da Venda, esperei muito até minha primeira visita, mesmo trabalhando bem perto do restaurante nos últimos cinco meses. Ela teve ao menos três problemas: o lanche estava salgado, o atendimento foi péssimo e o lugar fechava cedo sem que houvesse nenhum aviso a respeito. O atendimento continua não sendo nenhuma maravilha, mas ninguém tirou meu prato nas duas vezes que fui ao lugar. Tudo que provei estava gostoso e agora o local só fecha à noite, não mais 18h. Em compensação, fiquei impressionada com os preços: tudo muito caro!

No dia em que fui almoçar, a opção de entrada (gratuita) era uma saladinha ou pastelzinho caipira – recheado com carne moída. Adorei o pastel, apesar de ter vindo só um junto a algumas azeitonas portuguesas. De prato principal escolhi, claro, strognoff de carne, que acompanha arroz branco, batatas rústicas e salada verde com tomates. A apresentação é bem fofinha, mas a quantidade de comida realmente deixa a desejar, principalmente se levarmos em conta que o prato custa 35 reais. O molho estava saboroso, mas preenchia só o fundo da tigela – sendo que metade era carne e a outra metade lâminas de champignon. Eu paguei por strogonoff de carne e achei a proporção bem exagerada, tanto que fiz questão de separar o tanto de champgnion para mostrar que não estou exagerando (foto abaixo). Outro absurdo é o preço do refrigerante: R$ 4,50 por uma lata de Coca zero? Isso é preço de restaurante chique nos Jardins, na Oscar Freire… nada justifica essa facada. Ou seja, quem quiser comer strogonoff e tomar um refri num frugal almoço no Lá da Venda precisa desembolsar R$ 43,45. Nesse dia, acabei levando um pedaço de bolo de cenoura com cobertura (módica) de chocolate por 6 reais. Apesar de gostosinho, novamente não vale o preço.

Fui ainda um dia à noite para testar como seria o atendimento com a casa vazia. Resumindo: cheguei, pedi, esperei, comi e acabei levantando para pagar direto no caixa, já que os garçons estavam conversando animadamente enquanto eu tentava chamar a atenção de um deles. Experimentei o famoso e premiado pão de queijo com queijo da canastra, ovo caipira e polvilho artesanal (R$ 4,50) – a única coisa que realmente vale o custo-benefício, já que o quitute é enorme e delicioso. Descobri que a porção de quatro pastéis caipira custa R$ 12, ou seja, 3 reais cada. O pastel é gostoso, mas novamente achei caro. Comprei ainda um X-Lá da Venda (R$ 20), que veio com hambúrguer seco e queijo canastra. O lanche ficou mais gostoso depois que incluí molho e aqueci em casa. O que mais gostei foi do ketchup e da mostarda, ambos caseiros e bem diferentes, merecem uma degustação. O pedido vem ainda com uma porção de batatas rústicas e uma saladinha. Não pediria novamente esse lanche não.

O que vale a pena no Lá da Venda então? Pretendo voltar para provar um doce e levar outro para casa, já que a Heloisa Bacellar é conhecida por suas gostosuras com chocolate. No mais, vale conhecer o espaço que é meio vendinha, meio brechó, bem fofinho mesmo, da entrada com flores, passando pelo corredor com cacarecos e chegando ao jardim, que num dia de sol fica ainda mais bonito. Só os preços a la Jardins é que sempre vão incomodar e fazem a casa perder para outros restaurantes da Vila Madalena – mais baratos e tão bons quanto, ou melhores, como a Casa da Li.

Lá da Venda
Rua Harmonia, 161, Vila Madalena – São Paulo
(11) 3037-7702

Paris: Guia para aproveitar a cidade – parte 5

Nesse último post sobre Paris dicas de vitrines para babar e também opções “bon marché” (baratas). E começo pelas dicas para não gastar muito:

O que você pode fazer logo de cara para economizar é se hospedar num lugar onde tenha cozinha, como por exemplo um albergue ou alugar um apartamento por lá. Me deram a dica do site Homelidays, onde se pode encontrar boas opções de apartamento com bom preço. A dica é entrar em contato com proprietário e negociar o preço.

E se você tem uma cozinha pode visitar a loja da Picard, que tem TODO tipo de congelado, da entrada a sobremesa.

Não é cara. Para se ter uma ideia, um prato de Hachis Parmentier (escondidinho de purê de batata com carne móida) custa 2 euros.

Você também pode procurar “traiteurs”, ou seja buffets que vendem comida pronta por quilo, basta chegar em casa e esquentar. Aí as nacionalidades vão ser super variadas, vai depender do que tem perto de onde você está.

Sem falar na possibilidade de ir ao supermercado ou mercado e comprar os produtos locais, e também existem boas opções de comidas em lata já prontas. Aconselho o supermercado Dia (o mesmo que tem no Brasil), que tem bom preço e os produtos “marca do supermercado” são bons.

Na França todo supermercado oferece dezenas de opções de pratos prontos: sanduíches, saladas, prato quente que basta por no micro-ondas. E eu, pessoalmente, adoro ir no supermercado aqui, porque tem uma infinidade de opções que aí são super caras e aqui são muito baratas, como por exemplo o queijo camembert que aqui custa entre 1 e 1,50 euro, a depender da marca, e vi que o mesmo queijo aí custa R$13,99 com a metade do peso…

E um detalhe, a rede Monoprix, que tem lojas por toda parte em Paris, costuma ter micro-ondas que podem ser usados para esquentar pratos comprados lá, e também mesinha e cadeiras para sentar e comer. Sim, os franceses também fazem isso, é prático.

E se você economiza de um lado, pode se dar ao luxo fazer algumas extravagâncias como tomar um chá ou comer um doce no famoso Salon de thé  Angélina (226 Rue Rivoli – Paris – 1ere arrondissement).

Eu não entrei porque a fila estava enorme… Mas na próxima entro para experimentar o famoso Mont-Blanc (7,90 euros).

Ou tomar um café (4,60 euros) ou um chocolate quente especial (7,20 euros) no Café de Flore (172, Boulevard Saint Germain – Paris – 6eme arrondissement) que também serve caviar (150 euros por 50 gramas) e foi ponto de encontro de grandes nomes da literatura mundial, como Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir.

Um outro passeio interessante para os gourmands é a place Madeleine, que tem lojas de trufas, caviar e uma loja da Maille.

Sim, a mostarda é exposta como se fosse caviar. Muito chique!

Sem falar em duas mercearias finas com pequenas delícias caríssimas, como patês, foie gras… A Fauchon (e o site deles não funciona no Chrome) e Hédiard.

Maria Brigadeiro: balas, panetone, panelinhas…

Não é segredo que adoramos a Maria Brigadeiro e todos os seus produtos – do brigadeiro tradicional, enroladinho, às panelinhas e brigadeiros de colher. Em minha última visita, não é que descobri que tem mais coisinhas gostosas pintando na loja? Além dos deliciosos panetones recheados com brigadeiro gourmet (já estão aceitando encomendas!), que deram pinta no ano passado, a Juliana Motter criou uma delicinha diferente: balas de brigadeiro! E ainda vem um potinho para lá de fofo. Amei!

Já as panelinhas, velhas conhecidas por quem costuma se deliciar na loja, ganharam novas opções de cores. Eu adorei a marrom e levei uma para casa. Aproveitei também para comprar uma marmita, que agora tem novas opções de tecidos para a embalagem – o meu foi azul clarinho com mini-brigadeiros – e finalmente comprei “O Livro do Brigadeiro”, uma leitura que devorei tão rápido quanto fiz com os brigadeiros.

Na minha marmita, que vou guardar para rechear com mais brigadeiros na próxima visita, levei para casa cinco sabores: baileys (bem suave), tradicional crocante (amo!), pistache, noir (amo mais!) e o tradicional, que é a paixão do maridão. Entre as novidades, adorei também as novas e atenciosas atendentes, que mesmo com a loja lotada foram super queridas, sempre com um sorrisão nos lábios. Antes de sair, fiz um vídeozinho com as doceiras enrolando os brigadeiros. Tem como não amar?

Maria Brigadeiro
Rua Capote Valente, 68 – Pinheiros – SP
(11) 3085-3687 / 3087-3687
Segunda a sábado, 9h às 19h / Domingos e feriados, 11h às 17h

Aska: Vale a espera! :)

Um dos lugares que mais gostei de conhecer desde que vim morar em São Paulo foi a Liberdade. Adoro as ruas lotadas, a feirinha recheada de delícias, a decoração das ruas principais, o comércio cheio de badulaques e tranqueiras, os camelôs e, claro, os restaurantes. Ah, sim, nesse quesito a Liberdade nunca me decepcionou – e olha que ainda falta muito a conhecer. Foi lá que ampliei minhas experiências gastronômicas e fiquei apaixonada por um prato em especial: o lamen. E o responsável foi o Aska.

Um dos restaurantes mais antigos e populares do bairro, o Aska fica em uma das principais ruas – a Galvão Bueno – e está sempre lotado, pelo que já li por aí. Escolhi ir com o maridão num domingo, por dois motivos: me disseram que nesse dia os garçons são mais simpáticos e que indo a dois é mais fácil de conseguir um espaço no balcão para comer, sem tanta espera. E funcionou! Esperamos uns 20 minutos (a previsão era de 40) e entramos antes de dois grupos maiores que também esperavam. A tigelinha aí de cima foi minha escolha para prato principal: Shoyu Lamen (caldo de frango com shoyu, nori, naruto, espinafre, bambu, carne e, claro, macarrão) por módicos R$ 12. Acredito que o atendimento nem sempre seja simpático, visto a quantidade de reclamações que já li por aí, mas no dia da minha visita o atendente foi educado, tanto na hora de explicar o cardápio quanto quando eu comecei a arder de tanta pimenta que acrescentei no prato. Cordial, ele me ofereceu água e nem cobrou na conta.

Imperdíveis, os guiozas podem ser degustados em duas versões (R$ 9 cada porção com 6 unidades):  carne com cebola – meu preferido – e carne com legumes. Com recheio suave, eles são cozidos e depois passam por uma chapa só de um lado, ficando bem delicados. Comeria uns 50! O melhor foi o garçom japa que veio nos ensinar como devíamos misturar o vinagre e o shoyu para formar o molho perfeito para o guioza. Mais uma vez, ficamos impressionados com a educação do senhorzinho, que foi atencioso sem que nós nem tenhamos solicitado. Ainda acima, o lamen do Tiago: Tonkotsu Lamen (caldo de porco, sal, nori, bambu, ovo e macarrão) também por R$ 12. Abaixo, as opções de pimentas e outros condimentos para os lamens.

Acima, o molho resultante da mistura que o senhorzinho nos ensinou – e que deixou os guiozas ainda mais gostosos. E quem quiser saber mais sobre outros tipos de lamen e curiosidades sobre o prato, como o Museu do Lamen, pode conferir mais informações num post antigo da Cláudia. A capa do cardápio do Aska vai direto ao ponto, mas a qualidade da comida e o valor da conta fazem valer a visita e a espera. Lembrando que, como outros restaurantes na Liberdade, o Aska só aceita dinheiro ou cheque.

E hoje uma forma diferente de dar o endereço e o telefone do Aska 😉