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Buenos Aires: carne além do clichê

Por Luana Gonçalves

Não é novidade que Buenos Aires é conhecida pelo Tango e, é claro, pelos deliciosos cortes de carne argentinas.

Enquanto aqui nossas carnes são, em sua maioria, da raça de origem asiática gado zebu, como Nelore. O gado por lá é da raça escocesa Angus, que se dá bem em climas frios e tem, por diversas razões, uma carne melhor.

O fato é que seja em um restaurante mais tradicional ou em uma das inúmeras barracas de rua, o sabor da carne é incrível. Diferente daqui, mesmo a carne de segunda deles, é super macia e deliciosa. Ouso dizer, que se compara a nossa carne de “primeira”.

Em Buenos é muito comum encontrar por onde se anda barracas, tipo trailers, de lanches na calçada. Seria o equivalente aos nossos carrinhos de cachorro-quente. A maior concentração fica na Avenida de los Italianos, na Costanera Sur, pertinho de Porto Madero.

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São cerca de 2km de rua com diversas barracas de todos os tipos e cores. Esqueça o preconceito, ignore o jeito bruto dos atendentes ou a falta de luvas, bonés ou avental, e, mais importante, não se importe com o fato da mesa de molhos ficar ali ao ar livre. Se depois de todas esses itens, você ainda quiser experimentar um dos lanches preparados ali, acredite em mim, você não vai se arrepender.

É, claro, que também tive um pré-conceito quando vi pela primeira vez. Só cedi ao convite de experimentar na segunda vez que passei por ali. A escolhida foi “Que Parrillón!” e o cardápio, não muito farto, estava escrito no próprio trailler mesmo: Bondiola ou Bondiopan (lanche com ombro do porco), Hamburguesa (nosso hambúrguer), Chorizo (pão com linguiça), Bife de Chorizo (bife de carne de boi argentina).

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Escolhi Bife de Chorizo e meu namorado, Hamburguesa. Eles entregam os lanches com pão e carne. Os molhos? Você faz a sua combinação ali na hora. Minha recomendação? Não deixe de incluir chimi churri*. São mais de 20 opções de molhos e e saladas. Tem de molho gorgonzola, maionese, chimi churri, vinagrete, repolho, mostarda, catchup…

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O pão, apesar de meio seco, combinou bem com a carne macia e saborosa, acompanhada da mistura de molhos que tinha chimi churri*, vinagrete e queijos. A versão do hambúrguer pedida foi a completa, que acompanhava ovo, queijo e presunto. A carne estava muito saborosa e o tamanho ideal para matar a forme.

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O preço é um atrativo a parte, cada lanche custou cerca de 30 pesos e foram acompanhados por uma cerveja Quilmes, comprada por mais 20 pesos. No total, gastamos cerca de 20 reais pela refeição.

*vinagrete picante, à base de coentro, alho, cebola, tomilho, orégano, pimenta vermelha moida, pimentão, louro, pimenta preta, mostarda em pó, salsão, vinagre e azeite de oliva

Buenos Aires não é mais a mesma

Por Léo Dias

Após um ano e meio quase sem ir para Buenos Aires, cidade que eu considero deliciosa e sempre que posso visito, resolvi voltar no final de 2012, em dezembro. Fui com a mesma postura de 2011, mas a cidade mudou e mudou para pior. Ainda tem seu charme e seus atrativos, mas a inflação e a invasão de brasileiros causaram mudanças importantes.

Ao chegar em BsAs, como sempre, fiz Duty Free (onde o atendimento é muito melhor que aqui) e fui trocar reais por pesos no Banco de La Nación Argentina, pelo câmbio oficial. Aí já foi a primeira mudança pois, onde aceitava-se reais, e em praticamente todos os restaurantes e lojas, a cotação é muito mais vantajosa, chegando a 0,30 centavos de reais por peso! Contratei um táxi preço fechado ida e volta (mais barato) e me hospedei em um hotel boutique.

Fiquei em San Telmo, perto do subte (metrô) e com toda a estrutura de spa. Piscina, sauna, academia, café da manhã a la carte e muito charme na decoração. Acertei! Hotéis convencionais custam quase a mesma coisa com menos estrutura. Ao sair para o primeiro passeio a surpresa: o táxi subiu e subiu muito! Ao invés da saída de 3 reais, ela passou para sete reais na bandeira 2 e ficou muito mais caro. Chegou a 70% o reajuste em um janela de um pouco mas de um ano. Optei em andar de metrô de dia e táxi somente à noite.

Nos restaurantes, a Coca-Cola custa até 10 reais e o cafezinho, 15 salgados reais. A carne manteve o mesmo preço. O vinho, por ser nacional, tem isenção fiscal e também é barato. Pensar em comprar roupas ou tênis é um ledo engano.

Fiquei contente em descobrir uma das mais antigas pizzarias da cidade, a Guerrin. Pizza com preço justo e deliciosa. Isso mesmo, deliciosa e posso afirmar com propriedade pois moro em São Paulo, a capital da pizza.

 

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Em relação às compras, e aí o argentino que é esperto e percebendo que muitos brazucas procuram os famosos “outlets”, passaram a chamar toda e qualquer loja de outlet. Isso sem mencionar as falsificações sendo vendidas como originais e sim, eles são muito espertos. Comprei muito pouco, raramente usei meu VISA (tem 7% de IOF nas compras internacionais) e fiquei surpreso com a semelhança de preços com o Brasil.

Passear no zoológico foi uma decepção. Na Plaza Itália, o famoso zoo central cobra agora 70 pesos de entrada (custava 22 pesos em 2011) e o local está largado, com animais magros e mal cuidados. Cheguei a ver uma iguana comendo o próprio rabo, sem comida e água adequados. Triste! Resolvi então esticar até Lujan, cidade que fica a uma hora de BsAs e que tem por fama a visitação às jaulas dos animais mais perigosos, como o leão e o tigre. Além de ser uma viagem ruim, desconfortável e em um ônibus precário, paguei 70 reais de entrada (caro para os padrões portenhos) para visitar um lugar mal cuidado e ver animais dopados. Triste de novo!

Zoo Luján

Por fim, notei que os pequenos furtos continuam, os pequenos golpes idem, assim como o ar bucólico, o clima agradável e ameno, além do charme de uma cidade com ares de Europa. Seguramente vou voltar, com menores expectativas e não tão em breve, porque mesmo mais cara ou menos atrativa de certo ponto, Buenos Aires ainda é uma cidade que encanta e recebe bem.

Buenos Aires: Sorveterias Freddo, Persicco, Munchis e La Gruta

Não sei se é sensato dizer que o sorvete desperta mais amor entre os argentinos que o futebol. Mas é fato que os portenhos amam sorvete!

Freddo

A Freddo deve ser a mais conhecida dos turistas. Principalmente daqueles que vão visitar o cemitério da Recoleta, o Buenos Aires Design, o Hard Rock Café, o Malba, o Jardim Japonês (foto abaixo) – que tem um restaurante japa bonzinho – e por aí vai…

Jardim Japonês

Preços e variedade de casquinhas (e potes) na Freddo

Freddo

Na frente do cemitério (foto abaixo), há duas Freddo, praticamente vizinhas.

Freddo

Além da Freddo, recomendo os sorvetes da Persicco, que serve doces, cafés e chás  além dos sorvetes. Não recomendo o granizado, nosso flocos.

Persicco

Uma das melhores sorveterias que fui fica longe do centro, a La Gruta (rua Sucre, 2356, em Belgrano). O sorvete é mais barato e mais gostoso que o da Freddo.

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A última dica é a Munchis

Adorei os sorvetes de menta com chocolate nas casquinhas coloridas e o chocolate amargo belga! Indico as lojas da Corrientes (shopping Abasto) e de Palermo Soho, na rua Malabia, a mesma do Muma´s.

Outra dica é o sorvete de doce de leite com chocolate do Mc Donald´s!