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SPRW: La Terrina

Por Isabelle Lindote

Depois da decepção do Le Poí¨me Bistrô, fiquei com vontade de experimentar uma carne de verdade em um lugar que fosse mais aconchegante. Em uma busca rápida pelas redondezas de Pinheiros, em plena hora de almoço do primeiro domingo do SPRW, acabei encontrando na internet o cardápio do La Terrina. Comandado pelo chef Aldo Teixeira, o restaurante é conhecido pelas massas frescas e pelo clima refinado, com um piano bar.

La Terrina

Depois de ligar e conferir que ainda era possí­vel almoçar mesmo sem reserva, marido e eu corremos apreciar o lugar. Apesar de irmos pagar R$ 29,50 cada um, preço do almoço do SPRW, fomos muito bem tratados – como tem de ser. A única ressalva fica por conta do couvert, que nos foi imposto pelo garçom e custou R$ 18,90. Contudo, como estava delicioso e farto, relevamos o fato. Pão italiano quentinho, coxinha de frango, três tipos de pastinhas, torradas… partimos então para a entrada: insalata verdi due formaggi (rúcula, alface, croí»tons, queijos emental e brie e tempero tradicional) que faz parte do cardápio tradicional da casa. Saladinha bem temperada, com destaque para os queijos.

Mas eu estava mesmo para o prato principal: scaloppine alle erbe fini (escalopes de filé grelhados, cobertos com molho rôti e ervas finas, acompanhado de batata gratinada), que finalmente matou minha vontade de comer uma boa carne. O escalope estava desmanchando, o molho veio no ponto e absolutamente delicioso e as batatas finí­ssimas tinham uma crosta de queijo que combinou perfeitamente com o prato. Marido foi de fettuccine al salmone fresco (massa com cubos de salmão puxados no alho, tomates sem pele e salsinha), que apesar de suculento, veio com pouco sal. Melhor comentário: “este salmão está tão bom que tem gosto de mar”.

Para finalizar, ele pediu uma torta de limão, enquanto eu ia pedir o pudim de leite, mesmo não gostando tanto desta sobremesa. E olha que maravilha: o pudim tinha acabado e o garçom me ofereceu tortinha de brigadeiro em substituição! Não podia ter acabado melhor 🙂 La Terrina é recomendadí­ssimo!

SPRW: Le Poeme Bistrô

Por Isabelle Lindote (@lindote)

Carioca que sou, nunca tinha ouvido falar do São Paulo Restaurant Week até ano passado, quando me mudei para a terra da garoa. E foi exatamente por isso que perdi a chance de conhecer alguns dos estabelecimentos. Após quase um ano de Sampa, pude conferir de perto esta maratona gastronômica.

Como marido e eu não temos carro, escolhemos estrear no SPRW com um jantar no Le Poeme Bistrôalém de ficar relativamente perto de casa, o cardápio me agradou bastante. Pena que no fim das contas virou uma grande decepção.

Para começar, fiz reserva desde o dia 1º de março e fui ao restaurante cinco dias. Para minha surpresa, marido e eu tivemos que ficar em uma mesa redonda e minúscula na varanda do restaurante porque, segundo o sommelier, o interior estava lotado. Claro que bastou eu ir ao toalette para ver que não era verdade e que havia várias mesas vazias í  espera de reservas maiores.

Infelizmente tive um problema com minha máquina fotográfica e só consegui fazer essa foto da mesa.

Mesa

A vela apagou antes do prato principal e a rosa atrapalhava mais do que enfeitava, visto o tamanho da mesa. Pedimos de entrada Filé de frango crocante com gergelim, mostarda ao mel e folhas verdes da estação (a outra opção era um quiche). Imaginem um nugget. Agora dividam no meio e empanem as duas partes com gergelim. Era isso. A salada estava boa, mas sem nenhuma bossa.

Como prato, fomos de Portfólio de mignon recheado com fondue de roquefort, crosta crocante de pão caseiro e peras aromatizadas com cardamomo (a outra opção era Robalo com cogumelos de açafrão). Não posso afirmar que a carne era realmente filé mignon, pois era muito fina e com muito recheio, que estava amargando um pouco além da conta. A crosta estava boa, sem excesso de óleo, mas as pêras estavam tão estranhas que marido achou que era batata. O tamanho do prato? Tão pequeno quanto a mesinha.

Para encerrar, pedimos Brownie de chocolate com avelã, coulis de framboesa e menta, sorvete de creme (a outra opção era Tiramissú e café expresso). O bolinho estava gostoso, mas avelã passou longe, assim como o coulis, que não passava de um fio muito fino em volta do prato. O sorvete estava ok, sem grandes méritos também.

O Le Poeme Bistrô foi criado pelo restauranter Petrit Spahija, marido da atriz Maria Fernanda Cândido, e tem como especialidade os crepes e comidinhas de bistrô. Sinceramente, eu não pretendo voltar, já que saí­ com fome e senti um certo preconceito por ter pedido o cardápio do SPRW. Mas, para quem quiser investir em pagar caro por pouca comida, e gostar de crepe, pode ser que valha a pena.

Mais fotos do ambiente: http://www.lepoemebistro.com.br/fotos.html

Le Poeme Bistrô
Rua Joaquim Antunes, 98 – Pinheiros – São Paulo
(11) 3083-6016

SPRW: Chez Fabrice

Música francesa alta, mesas grudadas e toalhas brancas cheias de taças. É assim que me recordo do Chez Fabrice – um dos participantes do São Paulo Restaurant Week. O pequeno bistrô especializado em comida francesa tem excelente comida. Adorei tudo que provei – o tartare de salmão, o risoto de cogumelo com legumes e o petit gateau com sorvete de pistache.

O tartare foi menos farto do que o da foto que ilustrava o cardápio do site do Restaurant Week… mas compensou mesmo assim!

Até a chegada do prato principal ia tudo bem. Um amigo chegou atrasado para o jantar e, coitado, esperou muito (muito mesmo) por todos os pratos.

Chez Fabrice
Rua Mourato Coelho, 1140, Vila Madalena, São Paulo
Telefone: 11 3032-4227

SPRW: Casinha de Monet Bistrot

Rosinha claro, azul bebê, móveis de madeira, ambiente um pouco rústico, frio, assim é o Casinha de Monet Bistrot. Mas, não se engane com a minha descrição, a casa é fofa, pequenina – tem capacidade para apenas 50 pessoas.

O trio que escreve aqui resolveu conhecer as comidinhas preparadas especialmente para o São Paulo Restaurant Week, eis o menu no jantar (R$ 39):
Entradas

Tosta de queijo de cabra brulée com torradinhas de pão, nozes e mix de alface com vinagrete de framboesa

Voul au vent de aspargos com molho bechamel e cogumelo paris

Com dúvidas, escolha os dois. Ambos são deliciosos!
Pratos principais
Coq au vin – galinha estufada em vinho tinto, acompanhada de cebolinhas, cenouras, cogumelos e purê de mandioquinha

A aparência é medonha, argh!, e o gosto também não agradou í s duas pessoas das três que provaram.

Filet com risto de abobrinha e brie

Faltou um pouco de sal… mas é saboroso, e tem aparência mil vezes melhor que o Coq au vin
Sobremesa
Só tinha uma… [uma tristeza não poder escolher] o Mil folhas de pêra

Casinha de Monet Bistrot
Rua Francisco Leitão, 713, Pinheiros
Telefone: 11 3032-7403

Funciona de segunda a sábado, das 11h até o último cliente



Eñe

Por Leonardo Dias

No penúltimo dia de São Paulo Restaurant Week fomos ao Eñe. Localizado no Itaim Bibi, o restaurante espanhol parecia-nos tentador. Meesmo sem saber qual o cardápio do SPRW, arriscamo-nos em uma reserva para o almoço. Ao chegar lá, uma fila razoável de uma hora e meia para as pessoas que não fizeram reserva. Nós, com reserva confirmada, ainda enfrentamos um quase leão de chácara na porta.

Ao entrar, um ambiente amistoso, sofisticado e baseado no rústico, com uma decoração rubro-negra. O salão não é muito grande e quase todo envidraçado, o que torna o lugar mais charmoso e aconchegante.

Estávamos em três pessoas e somente duas puderam provar dos variados tipos de pão. Na mesa, dois tipos de azeites (um mais ácido e outro com baixa acidez) e flor de sal. Os pães eram ótimos mas a Cláudia não poderá opinar pois demorou muito, mais de meia hora, para lhe trazerem pães.

O couvert com embutidos espanhóis e linguiças com páprica era bem saboroso. Forte. Mas em uma porção bem singela, considerando os 12 reais por pessoa.

De entrada pedimos um pão frio, com tomates frescos, azeite e fatias de jamón. O jamón era o diferencial – porém a entrada, tipicamente espanhola, não era prática para comer e o tomate frio não é agradável ao paladar.

Como prato principal e em uma porção razoável, arroz espanhol ou arroz aveludado como preferiu dizer o garçom, com legumes (vagem e couve-flor), cheiro verde e cogumelos. O prato, que acompanhado de um vinho da região de Rioja um pouco ácido e de corpo moderado, permitiu uma boa harmonização com o arroz, já que as especiarias combinadas ao sabor de tabaco do vinho deram um toque a mais ao prato principal.

De sobremesa um doce muito bom, com uma base de bolacha e coberto com castanhas, amêndoas, figo e uma porção de chantilly. Foi a surpresa mais agradável do almoço, juntamente com as linguiças com páprica que tinham um sabor também diferente. O atendimento é bem razoável, embora o nervosismo esteivesse presente no rosto e atitudes de alguns garçons aparentemente mais novatos na casa.

Para ir a dois o restaurante é uma boa pedida, com pratos em torno de 45 reais e vinhos a partir de 60 reais a garrafa.

Restaurante Eñe
Rua Dr. Mario Ferraz, 213, Jardim Europa
Telefone: 11 3816-4333