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Lorena 1989: decepção em três dígitos

Antes de irmos ao Lorena 1989, restaurante frequentado majoritariamente por jovens moderninhos, vasculhamos o site da casa e pesquisamos em diversos blogs e guias para saber o que as pessoas estavam falam do lugar. Entre os adjetivos, os principais foram “caro”, “bom” e “descolado”. E lá fomos nós, com nossos respectivos, dispostas a gastar uma graninha a mais para experimentar os quitutes do restaurante. Acabamos ficando pouco tempo, comemos o mínimo necessário e saímos com a sensação de que teríamos comido melhor se o jantar fosse feito em casa.

Antes de falar da comida, preciso comentar sobre o serviço e sobre o ambiente. Acredito que o Lorena 1989 deva ser agradável durante o dia, com o teto transparente que deixa vazar a luz do sol. Mas à noite estava tudo tão escuro que foi difícil até ler o cardápio. O serviço? Posso dizer que errou em tudo que poderia ser errado. E não me digam que foi problema do garçom X, pois fomos atendidos por vários. Insistência em escolhermos os pratos, despreparo na hora de anotar os pedidos, troca de pratos, erro na conta, máquina de cartão que não funcionava… aconteceu de tudo. Fora o guardanapo de pano todo desfiado, que não condiz com um restaurante que cobra 50 reais por um prato de filé à milanesa.

O menu de entradas tem 11 opções e escolhemos uma que parecia apetitosa: Polenta italiana frita com molho tapenade (de azeitonas), por R$ 20. De fato, foi a melhor parte da refeição. Quatro barrinhas de polenta crocante por fora e macia por dentro, empanada com queijo, bem gostoso. Ainda assim, sentimos que a entrada seria mais adequada para um casal apenas, pois sentimos só o gostinho do prato. E a fome ainda era grande. Os meninos foram de lanches. O Fugita escolheu o sanduíche de milanesa (Filet mignon à milanesa, mussarela especial, rúcula, tomate, cebola roxa, tapenade e batatas fritas – R$ 32). Enquanto isso, o maridão preferiu o cheeseburger (hambúrger caseiro de bife ancho (180g) com folhas de alface, tomate, cebola roxa, pepinos, batatas fritas e maionese com queijo tallegio ou mussarela – R$ 34).

Segundo os próprios, a carne era insossa e o que salvou foram os molhos, os queijos e as fritas. Mesmo assim, Cláudia e eu ficamos com invejinha deles e tivemos certeza que os lanches seriam melhores escolhas que nossos pratos. Nós duas fomos de milanesa de filé com mostarda Dijon (R$ 49), com acompanhamentos diferentes: eu fui de purê de batata gratinado e ela de arroz integral com tomates, brócolis e castanha. A carne estava boa, não era fininha tipo papel nem grossa demais, o que deixaria a fritura ruim. O empanado era bom, com farinha de pão, e ficou saboroso com a mostarda Dijon. Mas os acompanhamentos eram bem fracos. Meu purê, como os lanches dos meninos, estava insosso, mesmo gratinado. E o comentário da Cláudia sobre o arroz foi: “para arroz integral está bom”. Dispensamos sobremesa e café, pedimos a conta e percebemos que a decepção realmente tinha três dígitos: R$ 235,40 por uma entrada pequena, dois sanduíches com fritas e dois pratos de milanesa, pagando 30 reais por 5 refrigerantes em lata. Se vamos voltar? Dificilmente…

Lorena 1989
Alameda Lorena, 1989 – Jardins – São Paulo
(11) 3081.2966

Zé do Hamburguer: Contra o exagero

Quem leu o título pode achar que eu não gosto do Zé do Hamburguer, não é isso. Fui apenas duas vezes na casa, na unidade da rua Caiubi, em Perdizes. Na primeira visita provei o De Minas, um lanche saboroso, menor que o Rock’ n Roll[bb], pedido do namorado na primeira visita e o meu na segunda visita.

Mas, qual a minha reclamação? É sobre o exagero. O lanche é tão exagerado que é difícil comer o lanche inteiro. É muito cheddar, muita maionese, muita cebola e todos os sabores brigam entre si. Precisei tirar metade (ou mais) do cheddar para conseguir sentir o gosto da cebola. Depois, tirei cebola para sentir o gosto da maionese. Menos é mais…

O lanche continua o mesmo preço – R$ 25,30

Um close na quantidade de maionese e cebola

Zé do Hamburguer – tem delivery
Rua Caiubi, 1450, Perdizes

Restaurante Lucca Brazzi: Precisa mesmo?

Alguém consegue entender qual a razão do restaurante entregar o gelo no copo de plástico + um canudo? Quando almoço no Lucca Brazzi peço que coloquem o gelo no copo e digo que o canudo não é necessário. Já falei mais de uma vez para o dono, mas parece que ele é daqueles que adora um desperdício…

Mais uma visita à Brigaderia

Quando escrevi sobre a Brigaderia, comparando a loja com a Maria Brigadeiro, não esperava que o post teria tantos comentários e  visitas. O assunto movimentou o Aventuras Gastronômicas e causou destempero entre os fãs de cada marca. O objetivo, na verdade, era apenas expor a minha opinião (e neste caso, também a da Cláudia, já que nem sempre concordamos – o que é sempre saudável). Por conta de todo esse barulho, decidi esperar para voltar à Brigaderia, dando mais de um ano de intervalo até minha visita na última semana. No post em que falo apenas da Brigaderia, reclamei de sabor e do atendimento. Bom, vamos por partes.


Comprei uma caixa com seis tipos de brigadeiro: meio amargo, amargo com crisps, nutella (na fileira de cima), tradicional, amêndoas e ovomaltine (fileira de baixo). Parto do seguinte princípio: não importa quantos sabores existam, o tradicional precisa ser bom. E continuo com a mesma opinião sobre a Brigaderia: falta sabor. O doce tem consistência molenga e gosto de açúcar, e não de chocolate gourmet, como deveria. A aparência melhorou, mas a conta de 18 reais (R$ 3 cada) não condiz com o produto.

E o atendimento? Continua ruim. Falta gentileza, a explicação sobre os sabores é confusa e na hora de pagar parecia que a atendente me fazia um favor em receber meu cartão de débito. A loja continua linda, com ares de casa de boneca, mas treinamento de funcionários é algo que, definitivamente, deveria entrar no topo de lista de melhorias. Entre os brigadeiros, o único que curti foi o crips, porque a crocância da cobertura amenizou os problemas da massa. Essa é a minha opinião, claro. Respeito quem gosta, mas prefiro outros tipos de brigadeiro. Viva a democracia!

Brigaderia
Shopping Market Place – Av. Dr. Chucri Zaidan, 902 – 2º piso
Tel: (11) 5181-3901

AK/Vila: comida rápida. Mas isso é bom?

Sempre ouvi falar muito bem sobre a chef Andrea Kaufmann e a respeito do seu AK Delicatessen, que ficava localizado em Higienópolis. Por isso, quando soube que a moça abriu um novo restaurante bem na Vila Madalena, não sosseguei até ir lá. Cláudia e eu fomos almoçar no AK/Vila em um sábado à tarde de sol bem agradável em São Paulo, sem pressa e com fome.


Estranho começar um post colocando a foto da sobremesa, não? Bom, o pudim de leite com flor de sal e doce de leite (R$ 12) foi a melhor parte de nosso almoço. E pela ligeireza com a qual os pratos chegavam à nossa mesa, não seria de se estranhar que a sobremesa viesse antes do prato principal. Brincadeiras à parte, aproveitei o fato de ter chegado antes da Cláudia (milagre!) e pedi duas entradinhas: uma porção de falafel (R$ 23) e outra de costelinhas assadas com melaço e laranja, acompanhadas de molho picante a parte (R$ 22). E a comida conseguiu ficar pronta antes de a Cláudia entrar no restaurante. A impressão é que tudo estava pré-pronto e foi aquecido rapidamente no microondas. O falafel era até saboroso, mas extremamente oleoso e com excesso de massa. As costelinhas foram mais difíceis de encarar: não curtimos o molho picante e os pedaços também estavam envoltos em óleo.

Como as entradas foram substanciosas e oleosas, resolvemos pedir um prato principal  só e dividir – preocupadas com o tamanho do mesmo e também com a qualidade. Escolhemos o meio galeto marinado com saladinha de ervas, molho tostado (R$ 29) e um acompanhamento, no caso batatas rústicas. Novamente o prato chegou muito rápido, impossível ter sido preparado na hora, e sentimos excesso de óleo no galeto… E aí entra a segunda coisa que mais gostei na visita: a batata. Não era rústica, como é possível notar abaixo, mas uma espécie de batata corada, cozida e depois frita.

Já li muitos comentários positivos sobre a chef e sobre o restaurante, mas realmente o almoço não me encantou… Claro que quero voltar, provar outros pratos e espero mesmo que tudo esteja no lugar, pois acho que o espaço tem potencial. O ambiente é agradável e, além da comida, seria bacana encontrar também um serviço mais atencioso – os garçons quase atingiram a cabeça da Cláudia várias vezes de tão apressados.

AK Vila
Rua Fradique Coutinho, 1240 – Vila Madalena
Tel: (11) 3231-4496