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Comidinha brasileira, guaraná e brigadeiro de colher em Montreal? Tem sim senhor!

Por Milena Fernandes

Eu adoro Montreal, sua multiculturalidade, clima e opções de vida mas, como boa brasileira que sou, as vezes morro de vontade de comer o tradicional arroz com feijão, um belo churrasco e um bom brigadeiro!

Para quem não sabe, os cortes de carne mudam de país para país. No Canadá por exemplo, é bem difícil encontrar um simples bife de contra-filé, picanha então, só encontramos em mercados especializados em comida brasileira. O feijão por aqui é doce, vendido em latas e é servido no café da manhã com o famoso maple syrop. Os preços são um capítulo à parte! A carne vermelha é bem mais cara que no Brasil, seguida pelo frango e depois pela carne de porco.

Aí que, para minha felicidade e dos brasileiros que aqui moram, conheci o Rodízio Brasil! Uma churascaria super aconchegante, localizada no bairro mais charmoso de Montreal, o Vieux Port (Old Port em inglês). Fui com o maridão conhecer e me encantei com absolutamente tudo! Da hostess que fica na porta recebendo os clientes, o ambiente, o sabor, o atendimento, até a gentileza dos garçons.

Como a vontade de comer carne era grande optamos pelo rodízio (eles oferecem também comida de boteco no andar térreo do restaurante)! Assim como no Brasil, fica à disposição uma pista de salada e de pratos quentes (à volonté, como dizem por aqui). Eu fui direto na salada de maionese, vinagrete e farofa com bacon, o maridão foi no arroz com feijão preto e farofa. Assim que sentamos uma das garçonetes veio nos trazer água (aqui a água é de graça em qualquer lugar) e perguntou se aceitávamos um guaraná. Que dúvida, não? É claro que a gente aceitou o guaraná! E mais de uma latinha cada um. Ainda tivemos a opção de escolher entre guaraná Antarctica e Tubaína (também tinha suco de goiaba, graviola, caju!). Aí começou a festa… picanha, coraçãozinho, maminha, costela, linguiça (bem similar à que comemos no Brasil, as daqui eu não gosto), abacaxi (que saudade de casa me deu nessa hora!), frango com bacon, asinha de frango e por aí vai… (São mais de dez tipos de carne).

Depois de nos matarmos de comer arroz, feijão, vinagrete, salada de maionese, batata frita e muuuuuuita carne chegou a hora da sobremesa. O maridão não conseguia mais nem pronunciar o próprio nome e eu, com a alma de gordinha que tenho, não resisti a um brigadeiro de colher. Ele foi servido numa xícada de café com chantilly e cereja, uma delícia!

Felizes da vida e quase abrindo os botões da roupa pedimos a conta. O rodízio saiu por CAD$ 29 doletas (aproximadamente 60 reais) cada, o brigadeiro foi CAD$ 5 doletas e o guaraná CAD$ 3,50 doletas. Achei mais do que justo para um serviço de ótima qualidade, carne realmente à volonté e o jantar super agradável! (Já gastamos muito mais para comer muito menos).

Quando a conta chegou notei que o tip (mais conhecido como gorgeta ou taxa de serviço) já estava incluído no valor final (por aqui, primeiro você paga a conta e depois dá uma tip de cerca de 15% do valor da conta, mais ou menos de acordo com o quanto você gostou do lugar). Pagamos e beleza. Fiquei curiosa sobre essa diferença de comportamento e fui perguntar. Para minha triste surpresa, descobri que os brasileiros tem fama de não pagar a tip e por isso, o restaurante inclui o valor na conta (como é feito no Brasil). Que feio povo brasileiro! Fiquei com vergonha pela nação nessa hora!

Pontos positivos para o Rodízio Brasil:
A picanha não demorou a vir, as carnes eram variadas e continuavam vindo mais rápido do que eu conseguia comer!
Entre um espeto e outro as garçonetes passavam oferecendo batata frita fresquinha (bem melhor do que deixá-las la no buffet a vida inteira murchando, né). Adorei esse cuidado!

Se não todos, mas a maioria dos funcionários falavam português, mesmo os não brasileiros se esforçavam para fala a nossa língua (com aquele sotacão que só um bom ‘gringo’ sabe ter). Mais em casa impossível!

Para ganhar um 10 só faltou servirem queijo de coalho! Aí o rodízio estaria completíssimo para mim. Mas como por aqui o queijo também é outro capítulo a parte, super desconto não ter queijo no rodízio. Cheddar na churrasqueira, se parar no espeto, não deve ficar grande coisa mesmo.

A experiência foi tão bacana que pretendemos voltar para o happy hour assim que der. Como falei acima, no andar térreo do restaurante é o Boteco Rodízio Brasil onde eles servem caipirinhas, petistos brasucas e em alguns dias da semana tem música brasileira ao vivo. Ah, também tem a possibilidade de acompanhar os jogos de futebol dos campeonatos brasileiro e paulista, fora os da seleção canarinho, com promoções especiais nas bebidas durante os jogos. Depois eu conto essa experiência também, ok?

Serviço:
Rodízio Brasil
160, Notre Dame Est
H2Y 1C2 – Montreal, QC, Canada
Aberto: Terças das 16h às 23h
Quarta a Domingo das 11h às 23h
Reservas: (514) 508 – 3883

Lisboa: Sorvetes Santini

Como todo mundo sabe eu adoro sorvete! E andando pelas ruas do Chiado em Lisboa, vi a Santini e pensei que fosse uma marca italiana, mas não, é a sorveteria mais tradicional de Portugal. Ela existe desde 1949 e se gaba de ter os melhores gelados do mundo.

Claro que tive que provar pra ver se era verdade.

O cone com dois sabores custa 2,50 euros e eu optei pelos sabores de amêndoas e mousse de chocolate. E mesmo é muito bom. Denso e cremoso, é o meu segundo sorvete preferido, só perde pra sorveteria Bertillon em Paris (que é mais cara…).

Isso sem falar que o atendimento no balcão é uma maravilha! Tinha três moços gatíssimos, enfim, bem simpáticos que me deram sugestões de escolhas. Vale muito dar uma passadinha num fim de tarde.

E uma nota cultural, em Portugal, gelado é sorvete. =P

Sorveteria Santini
Rua do Carmo, 9 – Lisboa
das 11h à meia-noite

Um passeiozinho pela Europa

Aproveitando as minhas férias da primavera, passei 10 dias viajando agora em abril, fui à Lisboa, Sintra e Cascais em Portugal e à Veneza, Florença e Motta di Livenza na Itália.

Admirando Lisboa!

Agora vou organizar tudo bem bonitinho e dividir com vocês minhas aventuras gastronômicas! E se alguém quiser dicas turísticas, me manda um email. =P

Pra começar digo que adorei, são paisagens belíssimas, tudo muito diferente do Brasil! E experimentei bastante coisa, principalmente os chamados “pratos típicos” e vou tentar explicar o melhor possível o sabor que eles têm.

E como viajei com um orçamento bem apertado (cerca de 40 euros por dia, isso contando ônibus, entrada em museu, comida…), então vão ser experiências low cost….. heheheh… comi muita comida que eu mesma preparei no albergue, mas tudo com produtos locais. =P

Em Portugal, dá pra comer muito bem, e sem gastar tanto. Me senti muito mais perto do Brasil, temos mesmo muita coisa em comum no terreno da gastronomia, eu fiquei tão feliz porque comi uma coxinha depois de 6 meses! <3

Mas a língua, quanta diferença! Lá é tudo muito giro!

Na Itália, tudo é muito mais caro, museus, comida; Veneza é caríssima, mas os mercados municipais são fantásticos, isso sem falar no café. Vou sentir tanta saudade do café italiano! Bem tirado e com o leite em mousse… buonissimo!

PF: Como Assim?!

Falando em PFs, o escolhido de hoje é um pouco diferente do modelo tradicional com o qual estamos acostumados. No Como Assim?!, restaurante que fica escondido dentro de um espaço cultural na Praça Benedito Calixto (SP), os cereais, os legumes e as verduras ficam em sistema buffet e as “misturas” são solicitadas na mesa. Por isso, se paga um valor fixo: módicos (e bem honestos) R$ 8,00. Sim, oito reais por pessoa. Comi algumas vezes lá e nunca saí insatisfeita, nem tive indigestão com a comida nem com a conta.

Diariamente, são duas opções de carne. Nas fotos acima, a imagem do frango frito bem sequinho e temperado que provei no início do ano (a alternativa era linguiça calabresa). Esta semana, comi uma bela carne de panela com batata (a outra opção do dia era omelete). Até dezembro, a casa só aceitava dinheiro – agora já aceitam cartão de débito. E não há cobrança de serviço, mesmo com os pedidos de bebidas sendo feitas na mesa. Eu recomendo!

Como Assim?!
Praça Benedito Calixto, 129 – Pinheiros – SP

São Brigadeiros

Num surto de devorar um balde de frangos do KFC, corri e me perdi para o ParkShopping São Caetano, no ABC. Após a comilança procurei um lugar para tomar café e comer um docinho. Não sei se existe mais loucos como eu por aí, mas adoro deixar a sobremesa para depois só para conhecer outro lugar. Foi assim que eu conheci mais uma loja de brigadeiros, a São Brigadeiros.

A loja é bem parecida com as que tem aos montes pelos shoppings de São Paulo. Bailarinas bonitas, plaquinhas improvisadas, N variedades e muitas pessoas esperando um lugar para sentar.

Vendidos a 3 reais a unidade, são produzidos pelo menos 20 sabores por dia. Na visita provei 7 sabores: tradicional, amargo, ao leite, branco, branco com leite ninho, paçoca e branco com crispy. Nenhum sabor me deixou muito empolgada, mas preciso destacar que tive uma boa impressão de um funcionário, um dos diferenciais da loja. Um adolescente atendia no caixa muito entusiasmado. Pronto para responder todas as perguntas e, quando eu perguntei se podia tirar fotos, a resposta foi rápida: Claro! Se quiser publicar no Facebook é melhor ainda.

Abri um baita sorriso e olhei para o namorado surpresa com a resposta. Não lembro de ter escutado de nenhum vendedor ou dono de algum estabelecimento dizendo para mim: Pode tirar fotos, coloca no Facebook, comenta no Foursquare, publica no Instagram ou coisa parecida. E só por isso, por causa da gentileza do rapaz e do seu comentário, é que estou programando uma segunda visita para provar outros brigadeiros, os macarrons e o bolo de cenoura com cobertura de chocolate.

São Brigadeiros
ParkShopping São Caetano
Piso São Paulo, loja 2057A
Alameda Terracota, 545 – Cerâmica – São Caetano do Sul