fevereiro 2012 archive

Paris 6: 24 horas de sabor

A rua Haddock Lobo, que fica nos Jardins (SP), oferece muitas excelentes aventuras gastronômicas para (quase) todos os bolsos. Isso porque, mesmo nos lugares mais simples, como é o caso do Pão de Queijo, que nem tem mesas para degustação, nada é baratinho. Mas para isso basta ir para a rua ao lado, a Augusta, bem mais democrática. Como eu queria levar minha sogra a um lugar bacana e diferente do que ela encontra no Rio, escolhi o Paris 6, bistrô 24 horas quase na esquina entre a Haddock e a Alameda Tietê. E para ela, que conhece e adora Paris, foi uma ótima experiência.


Antes que comecem o #mimimi, eu não me importo de pagar caro por uma refeição: basta que ela seja de qualidade – e este é o caso do Paris 6, e outros restaurantes já citados por aqui, como o Epice, o Na Cozinha… Dito isto, vou começar falando dos pratos principais. Como o maridão é louco por carne vermelha, escolheu como o Bavette L’Echalottes à Marcelo Adnet (fraldinha com molho madeira e batatas gratinadas – R$ 47). Carne macia, molho sem excessos, batatas derretendo na boca e uma ótima apresentação. Lamentei não ter feito o mesmo pedido… Mas seguindo firme rumo ao peso saudável, escolhi o Caesar Salad à Miguel Falabella (R$ 25), mais barata que a do Outback mas menos saborosa que a do A Chapa. Senti falta de mais frango, que chegou à mesa na mesma temperatura da salada.

Minha sogra preferiu uma sopa de legumes bem clássica (R$ 21) e gostou bastante, tanto que só emitiu sua opinião ao terminar o prato. No entanto, para mim, o melhor da noite foi o couvert (R$ 12 por pessoa) e a sobremesa. Farto de pãezinhos, que podem ser repostos, o couvert tem manteiga, azeitonas e uma pasta de frango deliciosa. Adorei o pão integral, a mini baguete e o pão com queijo que chegaram à mesa quentinhos. Para encerrar a noite, dividimos um petit gatêau de doce de leite (R$ 17) maravilhoso, daqueles com recheio abundante e quente. Repetiria fácil!

O susto veio quando a conta chegou e vimos o preço das bebidas. Sabíamos que o restaurante não era barato, mas cobrar R$ 6 por refrigerante e água mineral (300 ml), R$ 7 por suco de fruta e R$ 6 por um cafezinho é punk. De qualquer forma, o programa valeu pelo ambiente (ficamos na varanda, onde a música é bem menos alta) e pelo momento.

Paris 6
Rua Haddock Lobo, 1240 – Jardins – São Paulo
Tel: (11) 3085-1595

Rolando Massinha

Não se assuste se ao passar pela esquina da avenida Sumaré com a rua Caiubi e não encontrar ali lanches nem pastel. Rolando Vanucci (Rolando Massinha) estaciona a Kombi às 19h e termina o expediente meia-noite, todos os dias, para vender massas. Isso mesmo, capeletti, nhoque de mandioquinha e batata, ravióli de 4 queijos, mussarela com manjericão e espaguete são comercializados todos os dias.

Eu e o namorado resolvemos provar um belo nhoque. Ele de batata e eu o de mandioquinha.

Acabei de dando bem, achei o de mandioquinha bem mais saboroso que o de batata. Mas, além da massa fresca e saborosa, o que me deixou curiosa é o molho. Delicioso, um pouco picante, tem pedaços de calabresa e muita azeitona.

Os dois pratos mais dois refrigerantes custou R$ 36 e os dois saíram super satisfeitos. Recomendo!

O Rolando fica na Av. Sumaré, esquina com R. Caiubi, em Perdizes

Receita: Camarões com espumante

Em novembro do ano passado ganhei um kit da Home Chefs com uma receita muito boa: Camarões com espumantes. Depois de alguns pedidos pelo facebook e pelo twitter, finalmente resolvi compartilhar a receita.

Ingredientes:

Arroz arbóreo
400g de camarões médios ou grandes sem casca
1 maçã verde
1 tablete de caldo de legumes
shitake
espumante prosecco
alho-poró em flocos
cebola em pó
açafrão
1 caixinha (200 ml) de creme de leite
1 limão
queijo parmesão ralado
azeite
manteiga

Preparo:

Tempere os camarões com sal e limão. Reserve. Descasque e corte a maçã verde em tirinhas bem finas e reserve. Coloque no fogo uma panela com 2 litros de água e um tablete de legumes. Quando começar a ferver, abaixe o fogo. Não desligue, pois o caldo será usado quente durante o preparo. Aqueça 3 colheres de sopa de azeite. Acrescente o arroz arbóreo e mexa. Diminua um pouco o fogo e refogue por dois minutos. Misture duas conchas do caldo da outra panela e continue mexendo.

A partir daí, mexa e reponha o caldo toda vez que começar a secar. O nível máximo deve ser o do próprio arroz. Repita o processo por aproximadamente 15 minutos. Desligue quando estiver no ponto. Abra a garrafa de espumante.

Em uma panela larga e funda, coloque uma colher de sopa de manteiga e derreta com a cebola e o alho-poró. Acrescente o camarão, o shitake e a maçã e misture até dourar. Acrescente o espumante e mexa por dois minutos.

Por fim, acrescente o creme de leite fresco (usei o creme de leite comum porque não encontrei no dia) e cozinhe mais um pouco, até os ingredientes estarem bem integrados. Desligue o fogo. Junte o molho e o arroz misturando devagar. Acrescente o queijo e decore com camarões.

Gin Tônica em seis versões no Astor

Falar que um estabelecimento está lançando uma carta de Gin Tônica é, no mínimo, curioso. Afinal, o clássico coquetel que fez grande sucesso nas décadas de 50 e 60 – e surgiu durante a colonização britânica na Índia como remédio para evitar a malária – é preparado basicamente com gin e água tônica. Mas no Astor a criatividade falou mais alto. Agora a mistura começa a ser servida em seis versões elaboradas com diferentes rótulos da bebida alcoólica e aromatizadas com bitters variados, frutas e especiarias. Todas são criações de Edgard Bueno da Costa, um dos sócios do grupo, em parceria com Pereira, premiado barman que assumiu recentemente o balcão da casa, após dois anos preparando caprichados drinques no Sub, bar especializado em coquetelaria instalado embaixo do Astor.

No final de 2011, Edgard viajou em férias para a Europa e ficou fascinado com a variação de Gin tônica que encontrou por lá. Elas iam muito além da tradicional e pareciam agradar o público nos endereços por onde passou. Edgard resolveu, então, apostar em novidades. Comprou diversosbitters (compostos geralmente amargos, feitos em sua grande maioria com raízes e usados em pequena quantidade para perfumar os copos) e, de volta ao Brasil, se reuniu com Pereira para fazer testes. “Levamos alguns dias buscando a combinação perfeita entre ingredientes que reforçassem as características de cada marca”, explica o empresário.

As novidades: o Saffron (R$ 33) é feito com gin de mesmo nome, que apresenta fortes traços de especiarias, água tônica, casca de açafrão fresco, bitter de laranja e um twist de laranja baia. Enquanto o Orange Spicy (R$ 33) leva gin Bulldog – resultado da infusão de 12 botânicos de 8 países, incluindo lavanda francesa, folha de lótus chinesa, papoula branca da Turquia, entre outro, bitter de grapefruit, anis estrelado, twist de laranja baia e canela em pau. Completam a lista de lançamentos o refrescante Rose Cucumber (R$ 33), com gin Hendrick’s, água tônica, aromatizado com gotas de bitter Burlesque, fina fatia de pepino e pétalas de rosa, o English Mojito (R$ 23), com gin Tanqueray, água tônica, um toque de run branco, gotas de bitter de limão, folhas de hortelã etwist de limão Tahiti, o Pineapple ten (R$ 33), com gin Tanqueray Ten, água tônica, casca de abacaxi, sementes de zimbro e gotas de bitter Creole, além do Classic (R$ 23, foto acima), que no Astor é feito com gin Tanqueray, água tônica, bitter de laranja, sementes de zimbro, twist de limão e grapefruit.

Chá – bebida de todos os momentos

Na França, cada vez mais as pessoas bebem chá e de todos os tipos: chá preto, verde, com notas florais e chá de ervas. E existem tanto casas que servem chá (Salon de thé) como uma grande variedade para se comprar nos supermercados e também em lojas especializadas.

Meu primeiro estranhamento foi ver que na maioria dos Salons de thé o chá custa mais caro do que o café, mas depois entendi que na maioria das vezes são misturas importadas (da China, India, África…) com sabores muito sutis,  o que justifica o preço.

Experimentei o chá preto (um exemplo: English Breakfast) pela primeira vez num albergue em Paris, pelas mãos de uma canadense de origem chinesa, e adorei, basta por um pouco de leite e açúcar que fica uma delícia. É ideal pra tomar pela manhã pois tem uma grande quantidade de cafeína.

Aí fui aumentando minha coleçãozinha de chás: chá preto pra tomar de manhã, chá de ervas (conhecido como tisane na França) pra tomar antes de dormir…

E comprei recentemente um numa casa especializada que é muito gostoso, o Chá dos Monges (Thé des Moines):

Comprei-o no Palais des Thé, a caixinha com 20 saquinhos custou 7,50 euros e também a opção de comprar por grama (7,50 euros – 100g) ou em lindas latinhas. Comparado ao sachets de chá de supermercado esse é mesmo um luxo, feito de algodão e com uma grande quantidade de ervas super perfumadas dentro, a diferença se vê no preço também, porque os outros que comprei no supermercado custaram em média 2 euros também com 20 saquinhos.

O chá dos monges é uma mistura de chá preto, chá verde e notas florais, que tem sua receita guardada em segredo. Pode ser bebido durante o dia inteiro e é uma delícia, sem falar que o chá traz muitos benefícios para saúde. =)

No Brasil existem algumas opções desses tipos de chá – a Claudia escreveu um post sobre chá faz pouco tempo – mas é tudo bem caro… E ótima ideia é plantar a erva que você gosta num vasinho e preparar o chá com as folhas frescas.