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“Feijoada de Sorvete” no Ice by Nice

Brincando com a mania paulistana de comer feijoada as quartas-feirras, a Ice by Nice criou a “feijoada” de sorvete, uma opção doce – e sem feijão, nem couve ou laranja – que é servida também apenas neste dia da semana. Também achei super estranho quando recebi as informações da assessoria da marca, mas depois de ler o descritivo da ideia até fiquei empolgada em conhecer.

O prato é composto por palha italiana em rodela e fatiada, que imita a linguiça; farofa crocante, para remeter à farofinha salgada; gotinhas de chocolate ao leite, para parecer o feijão; sorvete com sabores à escolha do cliente; e caldas de caramelo e de chocolate para simbolizar o caldo do feijão. Tudo isso servido em uma cumbuca de barro, como é normalmente apresentada a feijoada tradicional. Em São Paulo, a Ice by Nice Moema oferece um desconto especial na Feijoada Ices. Quem quiser provar a sobremesa às quartas ganha 15% de desconto e uma água. O prato serve duas pessoas.

Ice by Nice Moema
Avenida Cotovia, 637, Moema – São Paulo
Informações: (11) 4305-7773

Quarta e sábado: dias de feijoada \o/

Não sei se é assim no resto do país, mas aqui em São Paulo os melhores dias para se comer uma boa feijoada são quarta e sábado, por uma questão de tradição mesmo. É comum encontrar o prato em restaurantes a quilo e self service, além dos lugares que servem a iguaria especialmente nesses dias. Para abrir o apetite de quem pensa em apreciar uma feijuca nesta quarta, vou compartilhar algumas das melhores que já provamos por aqui. Abaixo, uma feijoada simples, caseirinha e deliciosa: a feijuca do Praça Cheese, nosso amado point para comer coxinhas e hot dogs de mastigar rezando. Com 15 reais você comer um feijão bem feito, recheado com costela, carne seca, calabresa e paio, acompanhado por couve fritinha, arroz branco e uma farofa divina – teve que rolar repeteco na última vez.

Outra feijuca de respeito, só que bem mais cara também, é a Feijoada da Lana, restaurante que fica na Vila Madalena, na Rua Aspicuelta. Durante a semana o buffet, que é ilimitado, custa 30 reais por pessoa, chegando a 55 reais nos finais de semana. A vantagem é que ninguém precisa esperar chegar quarta-feira para comer feijoada, já que o local serve a iguaria diariamente. Laranja, couve, farofa, arroz e carnes separadas em caçambas diferntes: tem uma para costela e lombo, outra para linguiças, outra para orelha, pé… e assim por diante.

Nas fotos abaixo mais duas indicações de feijoadas “diferenciadas”, no bom sentido, claro. No Bar da Dona Onça, a feijoada para dois sai por R$ 72 (esse preço é de agosto/2011) e vem bem servida de feijão, apesar dos acompanhamentos em quantidade modesta. Já na segunda foto está a feijoada do Santinho, restaurante da chef Morena Leite (Capim Santo) que fica no prédio do Instituto Tomie Ohtake, na rua Coropés (Pinheiros). O diferencial aí é a manutenção da temperatura da comida por meio de uma ótima distribuição de calor do buffet, que é sempre reposto. Assim como o Feijoada da Lana, aqui se paga para comer à vontade: em fevereiro o preço era R$ 38,50 (segunda a sexta). Aos sábados o valor vai para mais de 50 reais.

Ficarei devendo uma foto da linda feijoada do Bar do Biú, uma das minhas preferidas por ser farta e barata. E Dona Edi tem feijuca para todos os gostos: completa, light, só com costela e linguiça, ou ainda uma versão vegetariana. Tudo muitíssima bem servido e acompanhado de arroz, couve e farofa.

Feijoada da Lana: tesouro na Vila Madalena

Hora do almoço no meio do expediente, 12ºC em São Paulo, solzinho de inverno. Fui parar na Feijoada da Lana para aquecer o corpo e a alma. O cheirinho já me chamava há semanas e no dia da visita, com a casa vazia às 14h então, ficou impossível resistir.


Funcionando desde 1996, agora sob coordenação da filha da Lana, Luísa, a casa é acolhedora no lado de dentro, com ambiente rústico. Do lado de fora há espaço para grupos de amigos, que diariamente preenchem as mesas de madeira. O bufê de feijoada é todo dividido: feijão em uma panela, linguiças em outra, lombinho e costela em uma terceira, uma quarta para a carne seca e a quinta para a orelha e o rabo. Ao lado, arroz, laranja, couve e farofa. Durante a semana, a feijuca sai a R$ 30 por pessoa, enquanto nos fins de semana o preço sobe para R$ 55 – dando direito a acompanhamentos, sobremesas, batida de limão e cachaças.

Adorei a feijoada, temperada na medida e com carnes de primeiríssima qualidade, bem cozidas e muito gostosas. Mas preciso concordar com a última crítica da Época São Paulo em relação ao caldo do feijão, que poderia estar mais encorpado. Falha compensada pela simpatia da atendente Marie e pelo sabor especial da farofinha, que ajudou a dar vida ao feijão. Em uma mesinha a parte, o caldinho de feijão podia ser temperado a gosto mas estava puxado no sal.

Achei a casa muito aconchegante, com uma boa infraestrutura e organização necessária para este tipo de prato. Para quem não curte tanto feijoada, eles oferecem um menu executivo com grelhados a preços variados. Olhem que fofa a logo impressa no tapete e meçam o quanto eu gostei da comida pelo tamanhinho do meu prato. Se em um dia de semana já foi bom, imagino poder sentar com calma lá e ainda experimentar as sobremesas e cachaças…

Feijoada da Lana
Rua Aspicuelta, 421 – Vila Madalena – São Paulo
Tel: (11) 3814-9191 – dá para ligar para saber o prato do dia

Bar da Dona Onça: erros, acertos e uma conta cara

O edifício Copan é um marco da cidade de São Paulo. Construído na década de 50 pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o prédio tem um design único e é conhecido por suas peculiariedades. Entre os atrativos que levam muitos paulistanos ao local está o Bar da Dona Onça, reduto gastronômico que costuma lotar diariamente. Fomos conhecer o lugar em um domingo, como hoje, meio-dia em ponto, para evitar filas. E conseguimos, pois fomos os primeiros clientes do dia.


De cara pedi uma mini-rabada (R$ 30) de entrada, que vem em uma panelinha fofa, acompanhada de mini-pães francês. Detonei praticamente sozinha já que o prato combinava muito bem com o dia, um início de tarde friozinho mas com um sol bem bonito. Se é para apontar um acerto do Dona Onça, posso dizer que essa rabada é quase nota 10. Só faltou o agrião.

Cláudia e Fugita foram de feijoada para dois (R$ 72), bem servida de feijão mas não tanto dos demais acompanhamentos. Foi preciso pedir mais arroz – e pagar a parte pela guarnição. Eles gostaram, mas não senti aquele brilho nos olhos esperado quando se fala de uma boa feijuca, sabe? Como ouvimos muitos elogios sobre o lugar, acredito que chegamos com uma expectativa muito alta… e a experiência deixou a desejar.

Os pratos acima são do maridão e meu. Ele foi de frango empanado com creme de milho (R$ 34) e eu escolhi o porco com purê de batatas e alho negro (R$ 39). O marido ama creme de milho, mas soltou nenhum “hummmmm” durante a degustação. Mau sinal. E ele resumiu a experiência em uma expressão: “Sem sal”. No meu caso, eu amo purê, e porco, e alho negro. E também fiquei com a impressão de que faltou tempero na comida. O porco estava sequinho e procante, mas sem graça. O purê não teve nada de marcante, tanto que até já esqueci de seu sabor. O que salvou mesmo foi o alho negro, em quantidade modesta, mas essencial.

Agora com certeza, o pior erro do Dona Onça foi o churros com doce de leite (R$ 19). A massa esfarenta tinha sabor forte de fritura mal feita e só o doce de leite derretido salvou a sobremesa de um completo desastre. Não pediria novamente, apesar de imaginar que ela não deve ser a qualidade cotidiana do churros, elogiados por outros veículos. Sinceramente, saí decepcionada do Bar da Dona Onça. E, infelizmente, a única coisa realmente com sal foi a conta, que não valeu o custo-benefício.

Bar da Dona Onça
Rua Ipiranga, 200 – próximo ao metrô República – São Paulo
Telefone: 11 3129-7619

Do virtual ao real

Todo mundo sabe que o mundo gastronômico tem vários empreendedores. E há pouco mais de um mês, um dos mais influentes blogueiros da categoria, o Marcelo Katsuki, resolveu sair da esfera virtual e apostar também em um espaço gastronômico, o Na cozinha.

O lugar é simpático, com poucas mesas e ambiente bem descontraí­do. Eu e as meninas resolvemos almoçar lá em um sábado, dia da tradicional feijoada, além de outros pratos básicos e saborosos. O cardápio é no esquema prato do dia, e naquele sábado tinha opções de carnes e risoto.

Eu, que não sou fã de feijoada, experimentei o filé mignon com purê de batata. A escolha pode ter sido básica, mas a apresentação tinha todo um charme, além de louças lindas!

Filé mignon com purê de batatas e arroz

Filé mignon com purê de batatas e arroz

As bebidas são bem interessantes, dando a oportunidade de escolher entre o famoso “guaraná” Jesus, do Maranhão, e uma refrescante Cajuí­na, também muito popular no nordeste.

A sobremesa foi um mousse de limão com calda de caipirinha, bem docinho…

Mousse de limão

Mousse de limão

A ideia do espaço é reunir um gastropub, redação para o Comes e Bebes e o sitegourmet (outro investimento de Katsuki) e lugar para que o chefs Carlos Ribeiro e André Giovani experimentarem suas habilidades e mostrarem o que sabem. Mostrar literalmente, porque a cozinha fica logo na entrada do restaurante, em um aquário que permite ver toda a movimentação.

Na cozinha
Rua Haddock Lobo, 955
Jardins
Telefones: (11) 3063-5377 / 3063-5374