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História da batata

A batata (solanum tuberosum) é conhecida por vários povos em todo o mundo. Hoje, é o quarto alimento mais consumido pelo homem, atrás apenas do trigo, milho e arroz. Originária da Cordilheira dos Andes e das ilhas do arquipélago chileno, na América do Sul, a batata é cultivada há mais de 2.500 anos. De lá, espalhou suas sementes pelos quatro cantos do planeta, levada no século XVI para a Espanha e, posteriormente, em outros paí­ses.

É interessante lembrar que os botânicos da época chegaram a considerá-la um afrodisí­aco. Somente anos depois foi aceita como alimento, sendo mais cultivada principalmente na Irlanda e na Alemanha. Hoje, ela está presente no cardápio básico de quase todos os paí­ses, notadamente nos de clima temperado.

Depois da história da batata – retirada do site da Baked Potato – onde jantei com meu namorado num final de semana desses, uma dica: a batata recheada de bacon com chilli, muito boa!

Feliz Rosh Hashana

Ontem foi o Rosh Hashana, Ano Novo Judeu. Já falei um pouco sobre ele lá no Comidinhas!, e descobri esse site bem legal que explica como ele funciona, como é comemorado, enfim tira suas dúvidas.

E no Gastronomia e Negócios tem um ví­deo mostrando como é feita uma massa dentro dos preceitos judaicos kosher (modo de preparo dos alimentos dentro dos preceitos da religião judia).

Bolinho de arroz – receita portuguesa

Por Magali Marino

Antes de passar a receita do bolinho de arroz da vovó Carolina, preciso contar a história dessa linda portuguesa de pouco mais de 1,53m  e adoráveis olhos azuis.

Carolina trazia sempre pequenos brincos em forma de leques que só saí­ram de suas orelhas quando ela partiu para sua “viagem”, passando então para minhas mãos com o desejo de que fossem de minha filha, que não por outra razão tem o nome de Caroline.

Nascida em Portugal, na aldeia de  Frechas – minicí­pio de Mirandela, no ano de1890, Carolina Henriqueta Pinto teve uma educação diferenciada para a época, porque seria mandada para o convento. A famí­lia estava bem, tinha terras, mas enfrentou problemas financeiros e o rumo da vida mudou: ficou para trás o convento e com pouco mais de 22 anos, corajosamente, vovó aventurou-se em uma viagem para o Brasil.

No navio, sabe-se lá porque, “apalavrou-se” – como ela dizia com outro portugues – José Ferreira Pinto (meu avô) para se casarem no Brasil. Chegando aqui, sua educação e trato social, permitiram-lhe empregar-se como governanta na casa dos Cunha Bueno, rica famí­lia paulistana. Na casa teve oportunidade de conviver com pessoas do ní­vel da famí­lia e foram muitas as propostas de casamento de ingleses que frequentavam a casa, todas recusadas pelo empenho da palavra dada no navio. Assim, como ela mesma contava, casou-se mais tarde com meu avô José, “um homem bom, honesto e trabalhador, mas sem estudo.”

Vovó Carolina foi viver uma vida de muito sacrifí­cio e muitas dificuldades.
Vovô José  teve um bar resturante, na rua Anhangabaú, onde os quitutes de minha vó – entre eles o bolinho de arroz í  moda portuguesa – eram famosos e a clientela, muito boa, vinha de longe para prová-los. Mas vovô não tinha tino para negócios e nem mesmo a excelente comida levou o negócio adiante. Por essas e outras razões vovó dizia-se “bem nascida e mal vivida”.

Em 1936 mudaram-se todos para o Bairro da Móoca. Eram então vovô, vovó e mais 5 filhos, o último meu pai, também José Ferreira Pinto Filho. Na casa da pequena rua Iolanda, alugada, viveram todos por mais de 35 anos. Vovó partiu em 1971 com 81 anos.

Em seus momentos de esclerose, chorou querendo desmanchar o casamento e muitas vezes disse que a “carrocinha” da mudança estava na porta para que se mudasse.

Com ela descobri as delí­cias da cozinha: puxava a cadeira, subia para alcançar o fogão e com a colher de pau sempre querendo mecher nas panelas comecei a aprender o significado das palavras “refogar”, “apurar”, a diferança dos aromas, provar e “sentir” o que faltava.

Toda a minha infância foi permeada pelas histórias e receitas de minha avó querida, de quem sempre lembro com saudade e muito amor.

Bolinho de arroz

Pegue as sobras de arroz, acrescente leite (de 1/2 a 3/4 de copo), dependendo da quantidade de arroz e 3 a 4 colheres de queijo ralado. Aqueça. Ainda quente passe o arroz no espremedor de batatas. Em um prato bata 1 ou 2 ovos (dependendo da quantidade de arroz), com um pouco de sal, pimenta do reino,  a cabecinha de 1 ou 2 cravos (também depende da quantidade de arroz), salsinha bem picada e 1 colher de sobremesa cheia de maizena. Jogue esses ovos sobre o arroz, misture e prove para ver se precisa de mais tempero. Frite os bolinhos às colheradas com pedacinhos de queijo prato, mussarela ou queijo tipo minas no meio. Bom apetite!

E a China inventou o macarrão

Para provar (e degustar) que os chineses são mesmo os mestres do macarrão, no último sábado marcamos mais um encontro gastronômico. Desta vez, fomos no restaurante Rong He, na Liberdade.

O diferencial desse restaurante é que existe um vidro separando a cozinha e a sala de refeições, por isso dá para ver o cozinheiro colocando a mão na massa do macarrão. A comida é muito boa, mas a vitrine acaba se tornando a verdadeira atração do lugar: as crianças, os curiosos e todo mundo que está no lugar pára para olhar um pouquinho as manobras do mestre-cuca juntando os ingredientes e amassando tudo.

Assista o ví­deo do chef Yang preparando a massa

Vale a pena ir lá experimentar um dos pratos com macarrão, e eles têm vários, além de espiar o preparo da comida!

Rong He
Rua da Glória, 622-A
Liberdade
Telefone: (11) 3275-1986 / 3208-0529

Nhoque da fortuna

Por Léo Dias

Hoje é dia 29, e como em todo dia 29, é dia do nhoque da fortuna. Não tenho a menor idéia de quando começou essa história, mas pesquisando na internet descobri que essa lenda vem através de São Pantaleão ou São Gennaro. Diz a lenda que ele era um frade que perambulava por um vilarejo italiano e bateu à porta de uma famí­lia pedindo comida. Como a famí­lia era grande e a comida pouca, eles não se incomodaram em servir sete pedaços para cada um.

São Pantaleão ou São Gennaro, satisfeito, agradeceu a famí­lia por terem cedido o seu alimento e partiu. A surpresa veio quando a famí­lia retirou os pratos e descobriu que, embaixo de cada um, havia uma quantia considerável de dinheiro. Criou-se então a lenda! Mas para se ter fortuna, diz a história, que devemos comer o nhoque com uma nota sob o prato e, para os sete primeiros pedaços de nhoque, deve-se comê-los em pé e fazendo um pedido para cada pedaço.

Quanto ao dinheiro, algumas pessoas dizem que esse dinheiro deve ser dado para quem precisa ou ainda usado para pagar alguma dí­vida. Outras pessoas dizem que se guardá-lo, ele trará fortuna!

O fato é que hoje estaremos todos reunidos, eu particularmente no Bello Piatto, comendo o nhoque da fortuna e reunindo os amigos e familiares. Essa sim é uma fortuna inestimável. E bom apetite!

Bello Piatto
Rua Fernandes Moreira, 407, Chácara Santo Antônio
Telefone: 11 5181-9265