Archive of ‘comida e cultura’ category

O sal é um dom

Lançado no dia 30 de setembro em Salvador, o livro é O Sal É Um Dom: Receitas de Mãe Canô é de dar água na boca. Nas páginas de O Sal É Um Dom, Mabel, uma dos oito filhos de Mãe Canô, conta a história de sua mãe e relata o dia-a-dia da famí­lia. Há receitas de bolos, sopas, doces e pratos tí­picos como sarapatel e caruru.

Ficou com vontade de ler e testar as receitas da Mãe Canô? Nós temos um exemplar para sortear para nossos leitores. Mande pra gente fotos do preparo de um prato que você que agradaria Dona Canô e conte o motivo da sua escolha!

El marzipan de oro

Ontem eu estava passando pelo Mercado da Lapa e lembrei que ainda não contei aqui no Aventuras Gastronômicas a história do marzipan espanhol de ouro.

Quando eu estive em Barcelona, no fim de setembro, começo de outubro, fui conhecer o mercado mais famoso da cidade, a Boquerí­a, ou oficialmente, Mercat de Sant Josep. O lugar é super arrumadinho, com umas frutas lindas, brilhantes e bem raras para o comum da Europa. Tem até uma barraca brasileira, que tem cachaça (é claro!), bolacha Bono e outras coisas que brasileiro quando está morando fora sempre procura…

A entrada do mercado

A entrada do mercado

Frutas bem brilhantes

Frutas bem brilhantes

Mas o que mais me encantou foram as barracas de doces. São biscoitos, confeitos, frutas secas e marzipans de todas as cores e variedades. Fiquei tão encantada que resolvi comprar uns marzipans em forma de frutas. Me empolguei e escolhi cerejinhas e maçãzinhas, sem me preocupar com o preço. A minha surpresa foi quando a dona da banca foi pesar e eu vi que tinha comprado 6 euros em doce! Imagina só: isso na cotação de hoje, daria quase R$ 18 em guloseima!!! Depois vi que o quilo custava mais de 40 euros…

Frutas cristalizadas, marzipans e biscoitos

Frutas cristalizadas, marzipans e biscoitos

Claro que depois dessa, eu fiz o doce durar uma semana… e estava muito gostoso.

Os doces de 6 euros!

Os doces de 6 euros!

O Mercado da Lapa fica para outro post…

La Boquerí­a (Mercat de Sant Josep)
La Rambla, 89 bis
Barcelona, Espanha

Frevo Lanches

Famoso por estar na rua Augusta, pertinho da avenida Paulista, provavelmente o Frevo II é uma das lanchonetes mais tradicionais da cidade, a primeira casa da rede abriu há mais de 50 anos. Tive a oportunidade de ir lá no último sábado, com a Cláudia e a Cris.

Com uma decoração que parece vintage, mas é antiga mesmo, existem três restaurantes em São Paulo, na Augusta, na Brigadeiro Faria Lima e outro na Oscar Freire. O lanche mais tradicional do lugar é o beirute, que foi escolhido na versão mini pela Cris, com o recheio de rosbife, queijo derretido, orégano e tomate (R$ 10,20). O mini é bem pequeno mesmo!

A Cláudia escolheu um hambúrguer (Cheesburgão com cebola frita e maionese frevo de ervas aromáticas – R$ 10,20) e eu fiquei com um sanduí­che de filé de frango com queijo derretido (R$ 16,50), que chegou desmontando e sujando tudo, já que eu sou muito desastrada para essas coisas. Acabei tendo que comer o lanche com garfo e faca, para fazer menos meleca!

O lanche estava bem saboroso, mas no suco (R$ 4,40) faltou açúcar e gelo, o que é um detalhe muito importante, principalmente quando está super abafado!

O atendimento também deixou a desejar… Imagina que o garçom anotou os pedidos da Cláudia e da Cris e me ignorou! Imagina a cara que eu fiquei olhando o cardápio enquanto escolhia o sanduí­che e ele simplesmente saiu andando!!! E olha que a lanchonete estava bem vazia!

O lugar vale pelos sanduí­ches. Tomara que quando o lugar (que é bem pequeno) esteja mais cheio, os garçons atendam direitinho!

O restaurante da Augusta não tem estacionamento, mas existem várias opções na mesma rua.

De sobremesa pedimos mousse de chocolate (R$ 6,40) e sorvete de chocolate com farofa (R$ 8).

Frevo I
Rua Oscar Freire, 602
Jardim Paulista
São Paulo
(11) 3082-3434

Frevo II
Rua Augusta, 1563
Jardins
São Paulo
(11) 3284-7622

Frevo III

Avenida Brigadeiro Faria Lima, 2232 Itaim Bibi
São Paulo
(11) 3816-3194

Cachaça e caranguejo para ninguém botar defeito

Visitar o Mangue Seco já é quase obrigação para quem vem ao centro histórico do Rio. Situado na Rua do Lavradio, 23, num casarão do final do séc. XIX, é a mais completa cachaçaria do Rio de Janeiro. São mais de 100 tipos de cachaças diferentes, expostas numa vitrine rara, entalhada em peroba, também do final do séc. XIX, muito bem acompanhadas pelos melhores petiscos e frutos do mar. É o único lugar no Rio que trabalha com todas as cachaças de alambique produzidas e comercializadas em nosso estado, lembra Paulo Magoulas, consultor e presidente da Academia Brasileira da Cachaça.

Em seu acervo “para a alegria dos clientes“ o Mangue Seco mantém uma coleção exclusiva de todas as marcas de Paraty e uma seleção especial dos principais rótulos de Salinas, de Minas Gerais. Afora estas, as mais importantes cachaças brasileiras, oriundas de diversos estados.

O ambiente é rústico e acolhedor. Uma olhada para a direita, após as mesas de madeira da varanda, e antevemos caranguejos que ficam andando num curioso aquário que recebe o público logo na entrada do restaurante.

No segundo andar do bonito sobrado todo restaurado, o salão com ar condicionado e som de boa qualidade é ponto de encontro musical, com samba, choro e gafieira de segunda a sábado. Tudo a ver com a cachaça.

Faz sucesso na casa a moquequinha de peixe fresco servida como um dos petiscos assim como o caranguejo, os pasteizinhos de siri e de camarão entre outros. Tudo é um bom pretexto para os pratos principais, como o bobó de camarão e as moquecas capixaba, caprichada e baiana feitas de peixe ou de camarão.

No primeiro sábado do mês, acontece na rua, a Feira Rio Antigo, de móveis, antiguidades, arte e cultura. Neste dia, o Mangue recebe, nos dois andares do antigo sobrado, centenas de clientes durante todo o dia, que ocupam também suas mesas na calçada para degustação de branquinhas, caipirinhas, além de ouvir os bons sambas de raiz tocados ao vivo, num brasileirí­ssimo almoço dançante.

Tendo como um dos sócios Plí­nio Fróes, também do Rio Scenarium e Santo Scenarium, um dos principais articuladores do movimento de revitalização da Rua do Lavradio, que hoje abraça também a região da Lapa e da Praça Tiradentes, a casa é cheia de charme. Ganhou esse nome porque aquela era uma região de charcos, aterrados para a abertura da Rua do Lavradio, em 1771, pelo Marquês do Lavradio, nosso terceiro Vice-Rei. Daí­ o Mangue Seco. E como lugar de caranguejo é no Mangue, é para lá que vão cariocas e turistas que querem saborear pescados e frutos do mar, além de bolinhos de aipim, caldinho de feijão e outras delí­cias que fazem do Rio o melhor lugar do mundo. Com muita cachaça. Com todo respeito.

Mangue Seco
Rua do Lavradio, 23- Centro Antigo,
Rio de Janeiro (próximo í  Praça Tiradentes)
Informações: (21) 3147-9005