abril 2012 archive

Quiches parte I: Receitas das leitoras

Durante o mês de abril, me propus a experimentar quiches em São Paulo para criar um pequeno ranking do que há de melhor na cidade em matéria de… quiches, claro. Como foram muitas sugestões, vou finalizar minha pesquisa no fim de semana para publicar o resultado no post de segunda-feira, dia 30 de abril. Como tudo o que fazemos por aqui, deixamos claro que é a nossa opinião – no caso, minha, Isabelle. Fui motivada pelo fato de que, por muitos anos, eu não comi quiches simplesmente porque não curtia a textura. Hoje sei que o que eu não gostava era de quiche ruim 🙂

No meio das minhas pesquisas, recebi várias sugestões por e-mail e por Twitter, mas duas leitoras se destacaram por falarem que suas quiches são top. Sendo assim, com a devida autorização de ambas, vamos dividir as receitas delas com vocês. Divirtam-se!

A receita de quiche da @PatFeldman foi publicada originalmente no blog Crianças na Cozinha, por isso optamos por publicar a foto (acima) e compartilhar o link original do passo-a-passo da Quiche de Cebola com Tomilho. Já a @Anasama no enviou fotos e a receita em si, que seguem abaixo. Além de fazer pratos salgados, ela tem uma empresa, a AnaSama, de brownies. Ficamos curiosas para experimentar! Por hora fiquemos com a quiche \o/

Quiche de Espinafre com Queijo Feta

Massa
125 g de Farinha de trigo
90 g de Manteiga sem sal (gelada)
5 g de Sal
3 colheres de sopa de Água

Recheio Base
550 mililitros de Creme de leite fresco
10 Ovos (grandes)
Sal e Pimenta do Reino a gosto

Recheio
2 maços grandes de Espinafre
2 colheres de sopa de Azeite de oliva comum
2 dentes de alho
1/2 Cebola branca e pequena picada
Sal e Pimenta do Reino a gosto
200 g de Queijo Feta (Queijo de leite de cabra)

Preparo – Massa
1) Faça uma farofa com a farinha de trigo, a manteiga e o sal.
Dica: É importante que a manteiga esteja gelada, para que não derreta quando preparar a farofa. Para facilitar o processo, corte a manteiga em pedaços pequenos, para que ela se desfaça mais rapidamente.
2) Agregue a água, aos poucos, até que a massa esteja homogênea. Acrescentar mais água,
se achar necessário, mas é importante que a massa não fique muito úmida.
3) Envolva a massa com papel filme e deixe na geladeira por 1 hora.
4) Quando a massa estiver gelada, abra-a com um rolo sobre farinha em uma superfície plana.
5) Para forrar, abra a massa maior que uma forma* de quiche (fundo removível) e dobre-a sobre o rolo. Aperte a massa com a mão nos cantos e deixe o excesso pender sobre a borda.
6) Para remover o excesso, passe o rolo sobre a borda.
7) Faça furinhos no fundo da massa com um garfo e deixe na geladeira por mais meia hora.

Preparo – Recheio Base
1) Bata os ovos com um fouet e acrescente os demais ingredientes. Deixe na geladeira até a hora do uso. Dica: Cuidado com o sal para a base da quiche. Não esqueça você ainda colocará queijo no recheio.

Preparo – Espinafre
1) Coloque água para ferver em uma panela grande.
2) Retire do maço de espinafre somente as folhas, descartando os caules. Lave e reserve.
Dica: Retire os caules, pois, quando cozidos, ficam com uma cor de ferrugem.
3) Prepare um recipiente com água e gelo.
4) Utilizando a técnica de branqueamento**, assim que a água ferver, coloque as folhas na água quente por cinco segundos.
Dica: você vai perceber que as folhas ficarão com um verde bem vivo. Este é o ponto ideal.
5) Imediatamente após retirar da água quente, coloque as folhas na água gelada,
provocando um choque térmico. Aguarde até ficarem frias, escorra e retire o excesso da água. Quando estiverem menos úmidas, pique bem fininho.
6) Em uma panela, aqueça o azeite e adicione o alho. Deixe que o alho aromatize o azeite, cuidando para que não queime.
7) Acrescente a cebola e refogue até que fique transparente.
8 ) Acrescente o espinafre e refogue.
9) Tempere à gosto e reserve.

Preparo – Finalização da Quiche
1) Pré-aqueça o forno a 250°.
2) Forre o fundo da massa com um pouco do recheio líquido e espalhe o espinafre e o queijo feta esfarelado. Repita o processo até que o recheio esteja quase transbordando. Finalize com o queijo feta por cima.
3) Leve a quiche ao forno e coloque na grade de cima. Asse por 35 minutos.
Dica: cuidado ao abrir o forno para ver se ela está pronta. É comum a quiche subir, como se fosse um
suflê, porém, se entrar em contato com o ar frio, ela murchará.
4) Diminua a temperatura para 220° e coloque a quiche na grade inferior por mais dez minutos para que termine de assar. Neste processo ela ficará moreninha. Caso não queira, basta diminuir o tempo.
5) Retire do forno, deixe esfriar e desenforme.

* Forma para Quiche
Para esta receita, sugiro uma forma redonda com aro de 25 cm, com fundo removível.
**Branquear
É uma técnica de pré-cozimento do alimento, sem que chegue ao ponto de cozimento completo. Este técnica mantém a cor e a textura dos ingredientes, além de preservá-los contra microorganismos até que sejam finalizados.

Lisboa: Loja Manuel Tavares

Imaginem o paraíso dos amantes do vinho do porto, é a loja Manuel Tavares! Uma das mais tradicionais lojas de Lisboa – existe desde 1860 –  é uma mercearia fina que vende desde vinhos a azeites, passando por chocolates e doces típicos e também embutidos e chouriços.

Gostei muito dela por ter preços bastante razoáveis, atendimento simpático e também ser frequentada por lisboetas – assim ela não me parece uma armadilha pra turistas.

Lá eu comprei vinho do porto e também amêndoas cobertas de chocolate meio amargo (por 8,10 euros o quilo!). A melhor parte é que o pessoal da loja explica a diferença entre os tipos de vinho do porto, e assim fica mais fácil saber o que comprar e  não se arrepender depois.

E para quem é apaixonado pelo vinho do porto pode se informar melhor sobre esse vinho português no site do Instituto dos Vinhos do Porto e Douro que explica os diferentes tipos, em que momento da refeição devemos bebê-los e também dá dicas de roteiros gastronômicos. Sem falar que eles têm uma loja em Porto, onde é possível fazer degustações e também visitas guiadas.

Eu, pessoalmente, adoro vinho do porto – são fã de vinhos licoros! Porto, Muscat… hum!

Pra saber mais

O vinho do Porto é um vinho licoroso com um teor alcoólico elevado (entre 19 e 22%), com uma variedade enorme de doçuras e cores. É produzido na região do Douro e sua produção segue regras bastante específicas. Ele se divide em duas categorias a partir da forma de envelhecimento: os Rubys que são envelhecidos em garrafa e os Tawnys em cascos ou tonéis.

Dentro dessas categorias ainda vão existir subdivisões e colheitas de prestígio. O porto Ruby costuma ter cor tinta e aroma frutado e são divididos em Ruby, Reserva, LBV e Vintage. O porto Tawny tem cores que variam do tinto-alourado ao alourado claro e os aromas lembram madeira e frutos secos, e as suas categorias variam de acordo com o tempo que passaram em barris (10, 20, até 40 anos).

E o interessante é que saber que o juiz mais importante na hora da compra é o seu paladar, se prefere algo mais doce ou seco, frutado ou amadeirado. =)

Um bom vinho do porto pode custar de 10 euros a centenas (ou milhares), a depender da colheita, do tempo de maturação, da marca….

Loja Manuel Tavares
Rua da Betesga, 1 – Lisboa

Concurso Melhor PF do Brasil até 9 de maio

A gente jura que não sabia, mas enquanto fazíamos nosso especial de PFs aqui no blog estava rolando as inscrições para o melhor PF do Brasil, concurso promovido pela Ticket. Se você tem restaurante e se interessou, saiba que ainda dá para participar até o dia 9 de maio.

De acordo com os organizadores, serão selecionados 10 semifinalistas para que seja feita uma votação popular – que vai abranger candidatos de toooodo o Brasil. Juntos, os três primeiros colocados receberão mais de 30 mil reais em prêmios para que sejam investidos no próprio negócio. E o legal é que tem prêmio para o criador das melhores receitas e também para o estabelecimento, já que nem sempre o dono é o cozinheiro, né? O regulamento e as demais instruções estão no site. O resultado será divulgado em diversas mídias entre os dias 20 e 27 de junho. Boa Sorte!

Dia Nacional de Combate à Hipertensão Arterial: alimentação em xeque

Sou hipertensa muito antes de ser obesa (agora em franca recuperação, diga-se de passagem). Minha hipertensão é hereditária: meu avô (magro) faleceu após um AVC, causado pelo descontrole da pressão arterial, e meu tio é hipertenso desde os 13 anos, mesmo sendo bem magrelo e ativo fisicamente. Isso quer dizer que hipertensão tem, claro, a ver também com a obesidade, mas nem sempre está relacionada a ela. Há muita gente em forma que por dentro apresenta problemas de saúde silenciosos. E assim é a hipertensão: silenciosa e traiçoeira. Há quem tenha sintomas e quem nunca tenha tido nada que pudesse causar a suspeita da doença. E quando se dá por si, está com as funções renais comprometidas, entre outros problemas de saúde.

Hoje é o Dia Nacional de Combate a Hipertensão Arterial e é por isso que venho dividir com vocês tudo isso neste post. Apesar de não ser obrigatoriamente ligada à obesidade, a hipertensão tem muita ligação com a alimentação. Ou seja, gordo ou não, se você abusa do sal e de alimentos condimentados, saiba que corre o risco de ver sua pressão arterial subir de repente. E mesmo sendo uma doença crônica, com remédio liberado gratuitamente pelo Governo Federal inclusive, há pessoas que ficam “curadas” por conta de uma mudança de postura à mesa.

No meu caso, que emagreci 15 quilos nos últimos 4 meses, por conta de mudanças em meus hábitos alimentares, os reflexos na hipertensão são bem visíveis. E, segundo meu cardiologista, mesmo tendo tanta influência hereditária, tenho chances de conseguir normalizar minha pressão sim, tomando uma dose bem mais baixa de medicação. Como eu disse, a perda de peso influencia porque a obesidade sobrecarrega o corpo, mas quem emagrece comendo mal e tomando controladores de apetite não terá a mesma resposta do organismo. A atividade física também é super benéfica na luta contra a hipertensão e basta uma caminhada diária, por meia hora, para já se sentir os efeitos. O que está esperando para entrar na campanha Eu sou 12 por 8? 🙂

Lisboa: Ginja

Em Portugal existem algumas bebidas típicas e entre elas está a Ginja (ou Ginjinha), um licor feito a partir de um tipo de cereja selvagem.

A ginja pode ser bebida como aperitivo ou ao final da refeição, além de poder ser usada na preparação de pratos. Ela é menos conhecida do que o vinho do Porto, apesar de ser bastante popular entre os portugueses.

Eu experimentei esse copinho da foto (e dentro tinha um ginja, que comi no final) e achei bem, bem gostosa! O pessoal que estava no mesmo albergue que eu também experimentou (em copinhos de chocolate) e adoraram.

A ginja pode ser encontrada e quase todo e qualquer estabelecimento em Lisboa e copinho custou 1 euro. Agora vamos a degustação: eu achei que tem bastante gosto de cereja e mesmo sendo um pouquinho forte é bem saborosa e a fruta tinha gosto de cereja em calda. =P

As duas melhores marcas  de Ginja são a M.S.R. de Alcobaça e Ginja de Óbidos e podem ser encontradas em lojas especializadas em vinhos e afins em Lisboa. E a garrafa custa entre 10 e 15 euros.