agosto 2011 archive

Receita: bolo de maçã da vizinha

Por que bolo de maçã da vizinha? Toda semana tem alguma guloseima nova em casa preparada pela vizinha. Minha mãe sempre teve o hábito de cozinhar e distribuir entre os vizinhos para não estragar. A última receita em casa foi justamente um bolo que minha vizinha vive deixando um pedaço para a minha família. Apesar de não ser fã de passas, um dos ingredientes do bolo, recomendo!

Não é bonito o bolo???

Vou colocar aqui como a vizinha passou a receita, veja foto aqui

No liquidifcador:

5 ovos inteiros
2 copos de açúcar
6 colheres (sopa) de óleo

Bater bem todos os ingredientes.

Na bacia:

2 copos de farinha de trigo
1 colher (chá) de canela em pó
1 colher (sopa) de fermento
1 colher (sopa) de nozes moídas
uva passa sem caroço (a que preferir)
2 a 4 maçãs Fuji com cascas (picadas)

Misturar todos os ingredientes, colocar na forma e levar para assar em forno médio por aproximadamente 45 minutos.

Bom apetite!

Comida é cultura

Engraçado como quando pensamos nos estereótipos de alguns países sempre tem a ver com comida.

Por exemplo, tem alguma coisa mais clássica do que um couch potato? Um típico americano, gordão, com camiseta de time de basquete ou beisebol que deixa metade da pança para fora, sentadão em um sofá, na frente da televisão, comendo uma tigela de qualquer alimento nada saudável?

Com certeza esse é um dos melhores. Ninguém consegue pensar em Estados Unidos e não imaginar junk food[bb] ou então comidas em pacotes king size, que dão para alimentar mais de uma família!

Mas a relação entre país e comida que eu acho mais charmosa é a do francês e a baguete. E é verdade mesmo que eles carregam as baguetes de baixo do braço, embrulhadas em um pedacinho de guardanapo ridículo, com o resto do pão balançando de um lado para o outro.

Outro estereótipo comum do francês é com o queijo e o vinho. Franceses adoram queijo! Enquanto aqui a gente come com frequência uns dois ou três tipos, lá existem uns 10! Todos vendidos já fatiados e embaladinhos de um jeito bem bonitinho.
O vinho também é essencial! Tem muito mais prateleiras no supermercado para vinhos do que para os refrigerantes ou para os produtos de limpeza! Pelo menos isso no Intermarché, o que eu costumava fazer compras lá em Vanves (que saudades da França…). Mas, nunca comente com um francês que o maior produtor de vinhos do mundo é a Itália…

Texto publicado anteriormente aqui

Delivery: Oregon

Vocês sabem que eu amo hamburguer, né? E o maridão também não deixa barato… Então nossa primeira ideia de lanche é sempre essa combinação de pão, carne processada (se for caseira então, melhor) e o que mais der na telha. Acredite, até pizza fica em segundo lugar nessa disputa. Sendo assim, resolvemos experimentar mais uma hamburgueria clássica: a Oregon. Mas desta vez diretamente no delivery – quem passa pelo teste da entrega, já tem meio caminho andado para o louvor em uma visita.


Sentiram o tamanho do pequeno sanduba do marido, né? Chesse salada (R$ 15,25) com maionese a parte – muito queijo, muito alface, duas rodelas de alface. As melhores coisas foram mesmo a carne, saborosa e ao ponto, como pedimos ao telefone, e a maionese, bem gostosa e temperadinha. Abaixo, a caixinha de papelão estrategicamente furada para evitar que o lanche murche. Pena que isso não foi suficiente para fazer as batatas fritas chegarem inteiras (R$ 9,90 – meia porção), mas essa é mesmo uma tarefa quase impossível, não é culpa da Oregon.

Eu não resisti a pedir um cheese bacon (R$ 22,75 – achei bem caro apenas para pão, queijo, carne e bacon), apesar de estar controlando o consumo dessa delicinha frita. Não foi o pior bacon que já comi, mas está longe de ser o melhor. Me lembrou um pouco o sabor do bacon do Applebee’s, mais queimadinho. Prefiro aqueles que são fritos sem tostar tanto, que podem ser encontrados no Outback e no A Chapa, por exemplo. E como ando provando alguns tipos de hamburguer de calabresa, para comparar as hamburguerias mais tradicionais, pedi o burguer simples (R$ 13,75) da Oregon. Bem mais apimentado do que eu curto, não pediria novamente.

O balanço geral do pedido foi uma conta salgada (R$ 67,26 – contando os R$ 6,11 do serviço) e barrigas cheias, mas as ânsias por um lanche suculento não foram saciadas. Faltou bossa e sobrou a sensação de que o custo-benefício não valeu a pena. A hamburgueria existe desde 1967 e tem suas qualidades, claro, mas meu primeiro contato não foi tão bom quanto eu gostaria.

Oregon
Rua dos Pinheiros, 1146 – Pinheiros – SP
Tel: (11) 3814-3819

Bar da Dona Onça: erros, acertos e uma conta cara

O edifício Copan é um marco da cidade de São Paulo. Construído na década de 50 pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o prédio tem um design único e é conhecido por suas peculiariedades. Entre os atrativos que levam muitos paulistanos ao local está o Bar da Dona Onça, reduto gastronômico que costuma lotar diariamente. Fomos conhecer o lugar em um domingo, como hoje, meio-dia em ponto, para evitar filas. E conseguimos, pois fomos os primeiros clientes do dia.


De cara pedi uma mini-rabada (R$ 30) de entrada, que vem em uma panelinha fofa, acompanhada de mini-pães francês. Detonei praticamente sozinha já que o prato combinava muito bem com o dia, um início de tarde friozinho mas com um sol bem bonito. Se é para apontar um acerto do Dona Onça, posso dizer que essa rabada é quase nota 10. Só faltou o agrião.

Cláudia e Fugita foram de feijoada para dois (R$ 72), bem servida de feijão mas não tanto dos demais acompanhamentos. Foi preciso pedir mais arroz – e pagar a parte pela guarnição. Eles gostaram, mas não senti aquele brilho nos olhos esperado quando se fala de uma boa feijuca, sabe? Como ouvimos muitos elogios sobre o lugar, acredito que chegamos com uma expectativa muito alta… e a experiência deixou a desejar.

Os pratos acima são do maridão e meu. Ele foi de frango empanado com creme de milho (R$ 34) e eu escolhi o porco com purê de batatas e alho negro (R$ 39). O marido ama creme de milho, mas soltou nenhum “hummmmm” durante a degustação. Mau sinal. E ele resumiu a experiência em uma expressão: “Sem sal”. No meu caso, eu amo purê, e porco, e alho negro. E também fiquei com a impressão de que faltou tempero na comida. O porco estava sequinho e procante, mas sem graça. O purê não teve nada de marcante, tanto que até já esqueci de seu sabor. O que salvou mesmo foi o alho negro, em quantidade modesta, mas essencial.

Agora com certeza, o pior erro do Dona Onça foi o churros com doce de leite (R$ 19). A massa esfarenta tinha sabor forte de fritura mal feita e só o doce de leite derretido salvou a sobremesa de um completo desastre. Não pediria novamente, apesar de imaginar que ela não deve ser a qualidade cotidiana do churros, elogiados por outros veículos. Sinceramente, saí decepcionada do Bar da Dona Onça. E, infelizmente, a única coisa realmente com sal foi a conta, que não valeu o custo-benefício.

Bar da Dona Onça
Rua Ipiranga, 200 – próximo ao metrô República – São Paulo
Telefone: 11 3129-7619

Bar do Biu: comida nordestina boa e barata!

Depois de falar recentemente sobre um escondidinho que não recomendo, preciso demais falar de um dos melhores que visitamos nos últimos meses: o Bar do Biu – e que tem um dos melhores escondidinhos que já comi na vida. Com cara de bar pé-de-chinelo, basta entrar no Biu para descobrir um restaurante apertadinho com uma cozinha cheirosa que só. Daquelas que abrem o apetite só de sentir o aroma que vem do fogão de Dona Edi. São duas décadas de sucesso e eu consegui morar dois anos ao lado praticamente sem conhecê-lo. Um erro.


O escondidinho de carne de sol com creme de mandioquinha gratinado (R$ 22) serve muito bem a duas pessoas e vem acompanhado de arroz e salada. Se quiser experimentá-lo como entrada, é possível dividir entre quatro pessoas bem servidas. Na primeira visita fui só com maridão e pedimos baião de dois pequeno com carne de panela (R$ 40) com guarnições deliciosas: farofinha, arroz branco e manteiga de garrafa. Tão bom quanto o baião do badalado Mocotó e mais perto de casa 🙂

Na segunda visita, pedimos uma vaquejada (carne de sol fatiada e acebolada com pedaços de queijo coalho e farofa de abóbora) por R$ 22, que também serve bem a duas pessoas. Vale pegar uma guarnição extra para dar uma incrementada, como arroz ou feijão (R$ 4), salada (R$ 4) ou mandioca frita R$ 10), que chega à mesa bem sequinha e sai bastante – várias mesas pediram junto com a nossa.

Não cheguei a prova nenhuma sobremesa do lugar, mas espero consertar isso em uma próxima visita. Para quem quer assistir jogos do Corinthians, pode ser um bom espaço, já que tudo é decorado com adesivos, bandeiras e camisetas do Timão. Resumindo: comemos bem e muito, gastamos 30 reais por pessoas e chegamos em casa de volta em cinco minutos. Pena que não dá para ir todo dia no Biu…

Bar do Biu
Rua Cardeal Arcoverde, 776 – Pinheiros – São Paulo
Tel: (11) 3081-6739