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Churrasco de rua em Perdizes

Quem gosta de fazer churrasco tem obrigação de apreciar uma boa carne feita por outros. E eu – que sou o tal do namorado que a Claudia de vez em quando cita nos seus posts – adoro fazer um churrasco e avaliar carne feita com carvão e grelha por toda São Paulo. Foi aí ouvi falar de um churrasco de rua que acontece todos os domingos perto de casa e fiquei curioso.

O churrasco de rua é promovido pela Carnes Perdizes, um açougue de esquina que transforma sua área de estacionamento na calçada em um chamariz para quem passa na Av. Prof. Alfonso Bovero, 10 metros dali.

churrasqueiras do Carnes Perdizes

A carne sai a todo instante, mas acaba cedo, ao redor do meio-dia. Forma-se uma pequena fila para fazer os pedidos, mas tudo é muito rápido pois há funcionários só para embalar as carnes em sacolas. Aliás, esse é um detalhe, não dá pra comer por ali pois não existem mesas. A menos que você não ligue de ficar em pé em algum canto da esquina.

Como o lugar é próximo de casa, voltei e pude começar a comer uns 15 minutos depois de ter saído do Carnes Perdizes. Confesso que não estava tudo quente o suficiente, mas a carne estava saborosa.

Levamos pra casa T-Bone assado (R$ 48 / Kg), lombo assado (R$ 52 / Kg), linguiça assada (R$ 38 / Kg – que caro, só reparei agora…) e batata assada (R$ 15 / Kg), além de uma porção de arroz biro-biro (R$ 16 / Kg) e farofa (R$ 28 / Kg). A conta total deu R$ 70 para um almoço de duas pessoas. Os preços são de Agosto de 2011.

Adorei o T-Bone e o lombo assado, muito saborosos e macios. Também destaco a farofa, que é deliciosa e sobrou para outras refeições. O próximo experimento é comprar a carne e fazer o churrasco em casa. Fiquem atentos!

Carnes Perdizes
Rua Piracuama, 454 (ver no Google Maps)
Perdizes – São Paulo, SP
11 3864 6340

Japonês na França

Como o Ano Novo chinês é comemorado amanhã, a professora assistente de chinês (sim, aqui na França é possível estudar chinês no Ensino Médio) que trabalha na mesma escola que eu me convidou pra jantar num restaurante chinês na última quarta.

Quando telefono pra ela dizendo que ia me atrasar, ela me diz que o restaurante chinês estava fechado (?!) e que iríamos em um japonês. Desde que cheguei aqui (e faz 4 meses hoje) ainda não tinha ido em um restaurante japonês.

A primeira surpresa – no cardápio constava um “barbecue” (churrasco) com opções de carne ou peixes. Como assim churrasco em restaurante japonês?

Trouxeram para mesa esse aparelho e a carne crua, e você mesmo grelha a carne. É uma delícia! A carne era macia e tinha um tempero gostoso e o restaurante contava com exaustores acima das mesas. Mas não tenho ideia de onde vem a tradição, China? Japão? Coreia? Vietnam?

Vocês não imaginam a minha surpresa ao colocar o nome do restaurante no Google  (Yakiniku) e descobrir é o nome de um prato japonês. É um método de cozimento de legumes e carnes numa placa de cozimento (à gaz, eletricidade ou carvão) que tem origem num tipo de churrasco coreano. Só o Google salva.

Como não tinha ideia de como era o tal churrasco, optei por um combinado que tinha salada e misoshiru (com cogumelos fatiados dentro) como entrada e como prato principal um bowl com arroz e sashimi de salmão (14,50 euros).

O salmão estava super fresquinho e o arroz estava muito bom! Detalhe, o gengibre tinha a mesma cor do salmão, porque eles marinam em algum molho.

As outra meninas pediram espetinhos (“brochettes”) variados (14,50 euros também com a entrada).

Apesar de um pouco caro para o nosso budget, todo mundo saiu do restaurante satisfeito.

Yakiniku

11, Boulevard de Strasbourg – Toulouse

Tia Nê

Apesar de falarmos de todo tipo de gastronomia aqui no blog – do pastel da Liberdade e da coxinha do Praça Cheese até o couvert do Dalva e Dito aos menus do SPRW – nossa referência de comida boa mesmo é familiar. E não somos as únicas: muita gente tem por perto uma avó que cozinha bem, um prato especial da mãe que imbatível ou um tia que é a rainha do fogão. No meu caso, minhas melhores lembranças são os doces da Tia Soraya (principalmente, como está no perfil aqui do lado, o bolo de brigadeiro) e as comidas de domingo do meu pai. Macarronada, picanha no forno com alho, pão italiano, sorvete… eu tenho a quem puxar nesse meu gosto por cozinhar (e comer).

Mas, esse post nasceu para falar sobre a Tia Nê, essa figura fofuxa da foto acima. Não dá vontade de levar ela para casa? Infelizmente não posso fazer isso porque ela é tia da Cláudia, tem filhos e mora longe. Eu já tinha lido no perfil da Cláudia que ela adora o “macarrão da tia Nê” (além do arroz com feijão da mamãe, claro) e acabei conhecendo seus quitutes em um churrasco na chácara Midori! Na imagem, ela segura uma travessa de nhoque com molho bolonhesa improvisado ali na hora, com o que tinha a mão, e que estava delicioso, derretendo na boca, com molho equilibrado… uma coisa!

Além de fofa, simpática e amável, a tia Nê é rápida e precisa na cozinha, e ainda adora assistir programas de culinária, anotar receitas e depois testá-las, sempre dando seu toque pessoal. Durante o churrasco, ela fez bolinhos de bacalhau e salgadinhos, ajudou com o pernil (com pururuca), fritou pastéis… tudo como se nada desse muito trabalho e fosse fácil no fim das contas. Acabei trocando figurinhas com ela, fotografei algumas receitas para testar em casa (vocês não imaginam o caderninho que ela tem!) e, claro, comi todas as suas delícias. Dessas, só vou compartilhar aqui – por enquanto – a massa de salgadinho rápida. As demais vou tentar fazer e posto por aqui.

E como imagens falam mais do que mil palavras: