No sábado estava andando pela Vila Romana e me deparei com o Centro Cultural Mo Li Hua, na rua Coriolano. O local inaugurou faz poucos dias (não tem nem uma semana) e tem tudo para dar certo. Além das aulas de dança e música, o local tem um café com várias gostosuras, uma loja que vende roupas, artesanato e acessórios, além de uma exposição de fotos.
Falarei mais daqui em outro post.
Uma das maiores diferenças entre a comida na França e no Brasil é a forma de organização da refeição. Aqui, nos restaurante e nas casas de família mais tradicionais, existe uma divisão clara: entrada, prato principal, queijos e sobremesa. Para se ter uma ideia de como isso faz parte da cultura, até mesmo nas cantinas das escolas e universidades existe esta mesma estrutura.
Foto que tirei na cantina do Liceu onde trabalho: a entrada (salada de repolho roxo e taboulé), prato principal (bife, macarrão e ratatouille), queijo camembert e torta de coco de sobremesa
A entrada varia bastante, pode ser um paté de porco, uma sopa, pode ser foie gras (fígado de pato – que você já compra pronto para comer e depois deve ser fatiado e colocado sobre o pão ou uma torrada), um folhado, blinis com salmão defumado, enfim, ela pode ser fria ou quente.
Salada de tomate com anchovas
Em seguida vem o prato principal – a única regra que existe é que deve ter uma carne e o acompanhamento que pode ser QUALQUER coisa – digo isso do ponto de vista de uma brasileira – para dar um exemplo, você pode comer um bife acompanhado por ervilhas. Um dos acompanhamentos mais comum é a batata (em todas as suas versões), arroz é raro, feijão também…
Aí quando você acha que já acabou, chega o prato de queijos, e é impressionante a quantidade que eles vão comer de queijo, e sempre acompanhado pelo pão e na maior parte das vezes se come o queijo neste momento da refeição – ainda não vi por aqui essa coisa que brasileiro acha chique de chamar os amigos pra comer queijo e vinho.
O vinho é um caso a parte, como cada prato pede um vinho diferente, numa mesma refeição, você pode beber 3 vinhos diferentes, por exemplo, se a entrada for torradas com foie gras, ela pede um vinho branco e adocicado como o Muscat, e se em seguida você vai comer um faux fillet (corte tradicional de carne bovina) acompanhado de batatas, você deve beber um vinho tinto, como o Bordeaux, que também vai acompanhar os queijos. E junto com a sobremesa, caso seja uma galette de rois ou uma mousse de chocolate, você pode beber uma tacinha de champagne.
E numa refeição dessa se passa muito tempo na mesa, e é isso que os franceses adoram. Sim, viver na França é um convite à comida! E um perigo pra balança…
Na verdade, o título não faz juz a tudo que tem no enxuto, mas preciso, cardápio do Florinda, que pode ser definido como um bistrô-café. Faltou colocar aí as bruschettas, que (ainda) não experimentei, os pastéis de forno, as empadas e o perfeito muffin salgado – esse sim já foi degustado com muito prazer. Mas valemos primeiro sobre o motivo da visita: o almoço leve e bem executado do lugar. Entre massas, molhos e saladas, escolhi experimentar o carro-chefe da casa e fui de pedaço de torta de frango com curry + salada da horta (R$ 27). Deu para ver quanto recheio tinha nessa torta, gente? Na salada, o molho de limão combinou com o dia de mormaço com sol em São Paulo. Tudo extremamente vivo de sabores e cores.
De entrada, pedi um muffin salgado de presunto com queijo (R$ 5) que valeu cada centavo. Massa fofa e com recheio abundante, o petisco veio aquecido (a atendente salientou que foi no forno e não no microondas) no ponto para ser devorado. Acabei levando um para meu marido comer em casa porque queria que ele experimentasse também essa maravilha. Há também outros sabores de muffins – queijo com ervas ou azeitonas pretas. Para acompanhar a refeição, tomei um suco de melancia (R$ 6), um dos melhores que provei nos últimos tempos. Todos os dias a casa oferece diversos sabores de sucos de fruta.
Para terminar, fui de espresso com leite (R$ 3,50) e experimentei dois docinhos (R$ 2 cada), um brigadeiro e um beijinho. Café ótimo, muito bem tirado, brigadeiro simples e muito gostoso… Só o beijinho é que não curti muito porque veio gelado e tinha alguma especiaria que sobressaiu além da conta na receita. Mas depois de um almoço tão agradável, isso foi o de menos. Como almocei em um dia de semana, a única atendente deu conta das 3 ou 4 mesas que estavam ocupadas no momento. Tudo o que pedi veio bem rápido e o atendimento foi cordial, mesmo quando saquei a máquina fotográfica. O restaurante tem ainda a opção “Quentinha” (sopa ou salada + massa com molho do dia + bebida + café espresso), uma refeição completa por R$ 33. Não conhece o Florinda ainda? Então vá! 🙂
Florinda
Rua Aspicuelta, 181 – Vila Madalena – São Paulo
Tel: (11) 3814-1060
De segunda a sexta, de 12h às 19h / Sábado de 12h às 18h
Adoro peixe e o fato de ser um alimento ótimo para quem quer emagrecer, além de muito saudável, faz com que eu invista cada vez mais em novas receitas. Sou fã de salmão e atum, mas tenho experimentado mais peixes de carne branca em casa, como merluza e saint peter. A receita abaixo eu fiz com pescada e não leva quase nada de gordura, apesar de ser feita na frigideira. Afinal, para ser um prato leve, não vale comprar sardinha, empanar e fritar, né?
Ingredientes:
– dois filés de pescada (cerca de 150 gramas cada)
– 1/2 xícara de molho de tomate
– 1/2 cebola média em rodelas
– 1 colher de sopa de azeite
– sal, limão, pimenta do reino e salsinha/cebolinha a gosto
– farinha de trigo para empanar os filés
– 300 gramas de seleta de legumes (ou in natura picados em cubinhos)
Modo de preparo:
Tempere os filés com sal, limão e pimenta e deixe apurar o gosto por 1 hora na geladeira. Unte uma frigideira de borda alta com o azeite e aqueça em fogo médio. Empane os filés (não precisa de ovo) na farinha e coloque delicadamente na frigideira. Diminuindo a chama. Misture o molho de tomate com a cebola e distribua por cima dos filés. Após dois minutos, vire os filés, o que fará o molho “fritar”, envolvendo o peixe. Se estiver muito seco, pingue uma colher de sopa de água. Com o fogo ainda baixo, tampa a frigideira e deixe cozinhar por mais dois minutos. Agora é só montar o prato, da forma mais atraente possível, e dividir com quem se gosta – Como usei legumes congelados (milho, pimentão vermelho, ervilha, batata e cenoura), descongelei por uns 5 minutos com uma pitada de sal e pimenta na água.
🙂
Está em cartaz no Reserva Cultural, na avenida Paulista, um dos filmes mais fofos que eu já assisti: Românticos Anônimos (Les Émotifs Anonymes, França-Bélgica, 2010).
Em primeiro lugar, aconteceu uma identificação quase instantânea com os personagens do filme, por causa do mote principal da história, o quanto a timidez pode atrapalhar a vida de alguém.
Depois, o roteiro desenrola-se na fábrica de chocolates artesanais de Jéan-René, que contrata Angélique para ser sua representante de vendas. As cenas da fabricação do chocolate são de dar água na boca. Também é interessante ver a maneira pela qual o filme consegue transmitir que fazer chocolate artesanal é uma verdadeira arte, realizada com muita dedicação.
A pedida, para depois do filme, é entrar no clima e comer um fondant au chocolat no Café Pain de France, ali mesmo, no Reserva Cultural. Lá são servidas várias delícias doces e salgadas, bem típicas da França.
Ainda dentro do Reserva Cultural, para completar a experiência gastronômica, há um autêntico bistrô. O restaurante também serve pratos tradicionais franceses, como o steak au poivre e o ratatouille niçoise, além de massas e saladas.
Para dar vontade de assistir ao filme e depois comer chocolate até não aguentar mais, vejam o trailer.
Reserva Cultural (cinema, café e bistrô)
Avenida Paulista, 900
Cerqueira César São Paulo
Tel: (11) 3287-3529