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Hamburgueria 162: boa opção no Baixa Augusta

Cinco reais por 1/2 porção de batatas fritas com páprica e R$ 4 por meia porção de asinhas de frango crocantes muito bem temperadas. Foi assim que maridão e eu começamos nossa visita à Hamburgueria 162, casa do chef Allan Prisco que fica na esquina da Augusta com a rua Luís Coelho, bem perto da Avenida Paulista. Infelizmente não tenho fotos do ambiente, mas achei confortável e simples ao mesmo tempo, com paredes, tijolos aparentes e janelões dos dois lados do pequeno salão. O custo-benefício das entradas foi excelente, com fritas sequinhas e frango delicioso.


A visível falta de experiência do serviço foi compensada com garçons atenciosos e sorridentes. E na tentativa de ser ágil, o que nos atendeu acabou trazendo os lanches antes mesmo de terminarmos as porções – deu para sentir que a vontade de acertar é grande. Maridão pediu um Hambúrguer 162 (80 gramas de carne com patê de fígado de galinha, picles de pepino, alface, tomate, molho béarnaise e disco de parmesão chapeado) por R$ 21,50. Vejam o tamanhinho da criança:

A carne do hambúrguer estava bem temperada e suculenta, ao ponto para mais, como gostamos. E o conjunto da obra agradou tanto que o maridão detonou o sanduíche gigante em um piscar de olhos. Para deixar tudo ainda mais gostoso, pedimos duas porções extras de molho – uma de maionese verde e outra de aioli. E sabem quanto custou cada um? UM REAL. Juro, não acreditei, tive que confirmar com o garçom antes de pedir. E pensar que tem hamburgueria “tradicional” por aí cobrando de R$ 3,50 a R$ 4 por um porção de maionese ou tártaro, tsc, tsc…

O único problema da noite foi exatamente com o meu lanche: pedi um Frango Crocante (hamburguer de frango com crosta de gergelim, catupiry e alface no pão) por R$ 18,50 – desculpem a falta de foco. O pão veio aquecido, a crosta de gergelim era boa e a alface veio fresquinha. Mas não consegui passar da metade do frango, com tempero esquisito e sabor plastificado. Além disso, o catupiry também deixou a desejar. Acho que dá para contornar esses problemas diante dos acertos, que foram bem maiores. A casa tem seis meses e ainda está em tempo. Para beber, pedimos duas tubaínas de 300 ml (R$ 3 cada), que tinha o mesmo preço de uma lata de refrigerante ou de um garrafa de água (natural, com gás ou tônica).

O lugar também tem opções para quem quiser montar seu próprio lanche, com itens como  bacon, catupiry, cheddar, salada, picles e ovo, com preços bem camaradas em comparação a outras hamburguerias. Quero voltar para experimentar o sanduíche de costelinha e o milk-shake de chocolate com creme de leite fresco, indicado pela Veja. No Foursquare (link abaixo) há elogios também para o hambúrguer vegetariano.

Hamburgueria 162
Rua Luís Coelho, 162 – Consolação (quase na esquina da Augusta)
Tel: (11) 2738-5162

Restaurante Mocotó: comida nordestina de verdade

Minha mãe é baiana e a influência nordestina sempre foi forte em minha vida. Nasci e morei no Rio por 28 anos e, sempre que tive oportunidade, me deliciei com pratos e doces feitos por mãos legitimamente do Nordeste. Por isso que, quando cheguei no restaurante Mocotó, após atravessar São Paulo de carro com amigos, fiquei encantada. Das mesas ao atendimento, o lugar como um todo é delicioso.

De entrada, além de tubaína (R$ 2,90 por 600 ml), pedimos dadinhos de tapioca com queijo (absolutamente imperdível!) por R$ 12,90 e linguiça de pernil artesanal flambada na cachaça com azeite, cebola roxa, azeitonas e pimenta biquinho, servida com pãos caseiros (R$ 21,90). Resumindo em uma palavra: sen-sa-cio-nal. Tempero na medida certa, tanto nos pedaçinhos de tapioca transparente recheada com queijo coalho e servida com molho de pimenta agridoce quanto na linguiça de excelente qualidade, ardida e saborossíma. Ainda existe quem confunde comida nordestina com excesso de sal e gordura – e esse não é o caso do chef Rodrigo Oliveira.

Como prato principal, dividimos em três pessoas uma porção média de baião de dois (única parte do almoço na qual senti falta de uma receita mais original) por R$ 12,90 acompanhada de carne de sol assada com manteiga de garrafa, alho assado, pimenta biquinho e chips de mandioca. De comer rezando. Quanto mais com a companhia de farofa de torresmo – se nunca comeu, corre lá – e purê de mandioquinha.


Para fechar com chave de ouro, fui de mousse de chocolate com cachaça (R$ 7,90), uma coisa de delicioso. Mas, aviso aos navegantes: tem cachaça de verdade, ok? Melhor provar se não for dirigir depois. Destaco ainda o sorvete de rapadura do @fugita, o creme brulée de doce de leite da Claudia e a caipirinha de caju do Felipe – tudo registrado em fotos. Um dos melhores restaurantes que conheci em Sampa.

Mocotó
Avenida Nossa Senhora do Loreto, 1100 – Vila Medeiros
(11) 2951-3056

Lá de onde?

22/11/2010

Sexta passada fui a um lugar que ensaio uma visita há tempos, o Lá da venda. A proprietária é a Heloísa Bacellar, autora do livro Cozinhando para amigos, que eu adoro. A expectativa era grande. Provar os quitutes da Heloísa e ver de perto o local que lembra um armazém, uma venda.

22/11/2010

Tem de tudo um pouco no lugar. Produtos para crianças, homens, mulheres… A sensação é de muvuca. Bagunça. Cacarecos. Mas fui lá para provar as comidinhas. E aí começou a minha decepção! O atendimento foi péssimo. Horroroso. Tão ruim que estou sem vontade de voltar.

22/11/2010

Eu não estava sozinha. Não estava de mau humor. Aí chego no balcão e peço o cardápio. A resposta? “Pega aí no balcão”.

Como??????

A garota que estava atendendo não se deu ao trabalho de levantar a cabeça para responder direito. Como ela parecia sussurrar, achei que o pegaí era outra palavra que não compreendi. Podia ser o calor da sexta e a vontade de comer logo. Não era um sonho. A menina voltou a falar: Pegaí e apontou o cardápio que era usado por duas pessoas que estavam sentadas no balcão.

22/11/2010

Pedi o sanduichinho de pão de minuto com queijo da canastra e presunto cru. O lanche chegou morno e salgado, muito salgado. Para acompanhar pedimos uma tubaína.

Além do atendimento péssimo no balcão, veio a segunda parte, a pior. Estávamos comendo e conversando. Conversando e bebendo Tubaína. Não lembro de ter visto em nenhum lugar uma placa com o horário de atendimento. Então, estávamos curtindo o lanche, mesmo que salgadinhooo, com o refri.

Num passe de mágica as coisas da mesa começaram a sumir. A flor da foto abaixo foi retirada por um garçom. Veio outro e retirou a plaquinha com o número 6 e os guardanapos. Os dois garçons se aproximaram e começaram a reclamar da nossa presença. E escutamos: Não deixa mais ninguém entrar! Quero ir para casa logo e tem gente que quer comer agora!

22/11/2010

Não satisfeitos com os comentários e a retirada dos enfeites, foi a vez do prato – e não tínhamos terminado de comer!!! Ok, deu a hora? Avisa. Infelizmente, infelizmente mesmo, a primeira impressão do Lá da Venda foi a pior possível.

22/11/2010

Lá da Venda
Rua Harmonia, 161, Vila Madalena, São Paulo
Telefone: 11 3037-7702