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Japonês na França

Como o Ano Novo chinês é comemorado amanhã, a professora assistente de chinês (sim, aqui na França é possível estudar chinês no Ensino Médio) que trabalha na mesma escola que eu me convidou pra jantar num restaurante chinês na última quarta.

Quando telefono pra ela dizendo que ia me atrasar, ela me diz que o restaurante chinês estava fechado (?!) e que iríamos em um japonês. Desde que cheguei aqui (e faz 4 meses hoje) ainda não tinha ido em um restaurante japonês.

A primeira surpresa – no cardápio constava um “barbecue” (churrasco) com opções de carne ou peixes. Como assim churrasco em restaurante japonês?

Trouxeram para mesa esse aparelho e a carne crua, e você mesmo grelha a carne. É uma delícia! A carne era macia e tinha um tempero gostoso e o restaurante contava com exaustores acima das mesas. Mas não tenho ideia de onde vem a tradição, China? Japão? Coreia? Vietnam?

Vocês não imaginam a minha surpresa ao colocar o nome do restaurante no Google  (Yakiniku) e descobrir é o nome de um prato japonês. É um método de cozimento de legumes e carnes numa placa de cozimento (à gaz, eletricidade ou carvão) que tem origem num tipo de churrasco coreano. Só o Google salva.

Como não tinha ideia de como era o tal churrasco, optei por um combinado que tinha salada e misoshiru (com cogumelos fatiados dentro) como entrada e como prato principal um bowl com arroz e sashimi de salmão (14,50 euros).

O salmão estava super fresquinho e o arroz estava muito bom! Detalhe, o gengibre tinha a mesma cor do salmão, porque eles marinam em algum molho.

As outra meninas pediram espetinhos (“brochettes”) variados (14,50 euros também com a entrada).

Apesar de um pouco caro para o nosso budget, todo mundo saiu do restaurante satisfeito.

Yakiniku

11, Boulevard de Strasbourg – Toulouse

Salão Vinhos e Comidas Regionais

Uma vez por ano acontece em Toulouse o Salon Vins e Terroirs (Vinhos e Comidas regionais), uma ótima oportunidade pra gringa aqui conhecer mais da cultura e comida local.

O evento conta com expositores de todas as partes da França e também de outros países (como a Itália), o foco maior é no vinho, que pode ser degustado em TODOS os stands. Na entrada você paga 1 euro para pegar uma taça que você pode devolver na saída e pegar seu dinheiro de volta. (eu guardei a minha como recordação)

A ideia do evento é colocar o cliente em contato direto com o produtor, que explica as características do vinho, uvas usadas na composição, modo de preparo etc. As pessoas saem com caixas e caixas de vinho…

Eu peguei folhetos de vinícolas que podem ser visitadas e espero logo mais poder conhecer de perto do processo de fabricação do vinho.

O visitante pode também participar de ateliês de degustação de vinho ou de oficinas que falam sobre o trabalho de um sommelier. Eu participei de um ateliê em que degustei vinhos licorosos ou mais doces, acompanhados de chocolate.

O outro foco são as comidas regionais, provei tudo que tinha direito, frutas desidratas, queijos – e infelizmente não gosto mesmo de queijo de cabra, foie gras, rillette (patê de carne desfiada – pode ser de porco, pato etc – misturada à gordura ou ao foie gras ), chocolate, charcuterie (embutidos), bolinhos… E tudo o que se provava, podia-se comprar para aproveitar melhor em casa. =) Alguns stands vendiam petiscos para comer no evento, como era o caso das ostras.

Muitas chocolaterias daqui vendem o chocolate nesse formato de "lascas".

Foie gras, rillette e outros patês, além de cassoulet

Embutidos da região de Alsácia-Lorena

E encarei o temível escargot.

Não tive que tirá-lo da concha, porque não tenho muita habilidade, e realmente achei muito gostoso! A sua textura lembra a de um cogumelo, assim meio borrachudo e não tem um gosto muito forte, é bem suave.

Aqui a foto que comprova!