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Philippe Bistrô

Uma das mais saborosas e encantadoras culinárias que eu conheço é a francesa. É atenta aos detalhes, pratos muito bem elaborados, equilibrados e sempre harmonizados a um bom vinho. Junte isso a um ambiente meia luz, com elegância e requinte e ótimo serviço. Trata-se de um legítimo bistrô!

philippe bistro

philippe bistroE depois de percorrer diversos deles aqui em São Paulo, tive o prazer de conhecer o Philippe Bistrô, em Moema, São Paulo. O Philippe é um bistrô clássico com um menu focado nos principais pratos da culinária francesa. E nesse clima da cidade luz provei de entrada, seguindo a recomendação do chef, um queijo camembert empanado ao molho de mel trufado, servido com pães e torradas. Essa crosta dele é levemente adocicada e se provada com um Malbec, equilibra bastante e é muito agradável.

Camembert

O prato principal foi uma recomendação clássica e um dos meus pratos prediletos: magret de canard à l’orange e vinho do porto, batata assada rústica ao alecrim e endívias caramelizadas.

philippe bistro

Além de servirem muito bem, o tempero estava equilibrado, sem o molho se sobressair ao sabor do pato, o que resultou em um jantar de mais de uma hora e meia de duração, com ampla dedicação ao delicioso magret, harmonizado com vinho tinto mais encorpado e acidez baixa.

profiteroles

Por fim, de sobremesa e como o jantar todo foi um clássico, nada além de profiteroles, com sorvete de baunilha e calda de chocolate, que estava delicioso e com a massa leve. Recomendo o Philippe bistrô para um jantar a dois, até porque em noites limpas e não muito frias você tem um espaço externo com guarda-sóis muito agradável. Durante a semana há a opção de almoço em torno de 40 reais e servem salada + prato principal. Todos os dias por 76 reais você pode escolher o menu do chef, que serve entrada + prato principal + sobremesa.

Philippe Bistrô
Rua Normandia, 103, Moema, São Paulo/SP
Telefone:  11 5532-0807

Comendo à francesa

Uma das maiores diferenças entre a comida na França e no Brasil é a forma de organização da refeição. Aqui, nos restaurante e nas casas de família mais tradicionais, existe uma divisão clara: entrada, prato principal, queijos e sobremesa. Para se ter uma ideia de como isso faz parte da cultura, até mesmo nas cantinas das escolas e universidades existe esta mesma estrutura.

Foto que tirei na cantina do Liceu onde trabalho: a entrada (salada de repolho roxo e taboulé), prato principal (bife, macarrão e ratatouille), queijo camembert e torta de coco de sobremesa

A entrada varia bastante, pode ser um paté de porco, uma sopa, pode ser foie gras (fígado de pato – que você já compra pronto para comer e depois deve ser fatiado e colocado sobre o pão ou uma torrada), um folhado, blinis com salmão defumado, enfim, ela pode ser fria ou quente.

Salada de tomate com anchovas

Em seguida vem o prato principal – a única regra que existe é que deve ter uma carne e o acompanhamento que pode ser QUALQUER coisa – digo isso do ponto de vista de uma brasileira – para dar um exemplo, você pode comer um bife acompanhado por ervilhas. Um dos acompanhamentos mais comum é a batata (em todas as suas versões), arroz é raro, feijão também…

Aí quando você acha que já acabou, chega o prato de queijos, e é impressionante a quantidade que eles vão comer de queijo, e sempre acompanhado pelo pão e na maior parte das vezes se come o queijo neste momento da refeição – ainda não vi por aqui essa coisa que brasileiro acha chique de chamar os amigos pra comer queijo e vinho.

O vinho é um caso a parte, como cada prato pede um vinho diferente, numa mesma refeição, você pode beber 3 vinhos diferentes, por exemplo, se a entrada for torradas com foie gras, ela pede um vinho branco e adocicado como o Muscat, e se em seguida você vai comer um faux fillet (corte tradicional de carne bovina) acompanhado de batatas, você deve beber um vinho tinto, como o Bordeaux, que também vai acompanhar os queijos. E junto com a sobremesa, caso seja uma galette de rois ou uma mousse de chocolate, você pode beber uma tacinha de champagne.

E numa refeição dessa se passa muito tempo na mesa, e é isso que os franceses adoram. Sim, viver na França é um convite à comida! E um perigo pra balança…