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Conheça Cunha: Parte 3

Oi, gente! Hoje termino o último post sobre Cunha – SP, se você ainda não leu, clique aqui: parte 1 e  parte 2 . Basicamente hoje falarei de nosso (meio) domingo, que foi bem proveitoso. Nosso foco do dia foram as cerâmicas, um almoço – que por sinal foi muito gostoso – e depois nosso retorno à São Paulo.

Algumas Cerâmicas de Cunha

Suenaga e Jardineiro

Começamos pelo Atelier de Cerâmica Suenaga e Jardineiro, que usa técnica vinda do Japão. Para quem não sabe, a cerâmica é feita de argila e sua modelagem e pintura é toda produzida no atelier. É uma técnica fascinante, que requer foco e paciência. A pintura é através do uso de minerais, e cada composto, ao queimar, produz a cor da peça. A queima da cerâmica é feita no forno Noborigama que chega a marca dos incríveis 1400°C! No Brasil, existem um pouco mais de 20 fornos, sendo 6 deles localizados em Cunha. Isso faz com que a cidade seja tão reconhecida pela arte.

No Suenaga e Jardineiro, ao chegar você é recebido por peças grandes, como estátuas, vasos e pratos de tirar o fôlego. São peças ricas de detalhes, muito bonitas, e isso também influencia no preço. O atelier tem um estilo próprio, o que dá autenticidade nas peças.

Peça de cerâmica do Suenaga e Jardineiro

Peça de cerâmica do Suenaga e Jardineiro

Ao entrar, você é recebido por uma paisagem de calmaria, com flores, natureza mixada as peças. Há um grande escadão, e logo ao lado, do forno gigante. Peças maiores, e ao descer, utensílios de praticidade, como copos, chaleiras, cinzeiros, etc.

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Há também uma área de promoções. Peças com pequenos defeitos, que normalmente são devido a queima. Mas, nem por isso perdem o encanto. Bem rica a visita! Alguns de meus amigos adquiriram peças lindas para decoração, como também, utilidades domésticas.

Peças do Suenaga e Jardineiro

Peças do Suenaga e Jardineiro

Oficina de Cerâmica

Depois disso, fomos a Oficina de Cerâmica que tem como seus criadores, nativos de Cunha. O mais legal do que nos contaram, foi que os criadores são nativos de Cunha e nos anos 70 aprenderam a técnica com japoneses e também uniram o conhecimento de duas paneleiras portuguesas, moradoras de Cunha . O aprendizado foi totalmente feito na cidade, o que mostra uma característica e estilo.

Com preços convidativos, as peças surpreendem os olhos. A história + o cuidado com as peças enobrece. É muito legal ter um produto com matéria-prima local e mão de obra também!

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O ateliê fica ao fundo da loja, e dá uma amostra de como é o processo de produção. As argilas, processo das queimas – são necessárias algumas, conforme a peça.

Cerâmicas ???? #cerâmica #cunhasp #cunha #sp #saopaulo

A photo posted by Romys (@romysgallery) on

Pintura e esmaltação. É possível conhecer o forno, ver de perto os compostos como ferro, zinco e outros elementos que compõe os esmaltes:

Esmaltes de cerâmica na Oficina da Cerâmica em Cunha - SP

Esmaltes de cerâmica na Oficina de Cerâmica em Cunha – SP

As peças do atelier são mais utilitárias, como chaleiras, pratos, cumbucas, moringas, copos, canecas:

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Ao observar as peças, dá para entender o processo criativo e de produção. Cunha é uma cidade que me ganhou, turismo muito rico de cultura e delícias.oficina-da-ceramica1

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Forno Noborigama da Oficina de Cerâmica

O grande forno Noborigama da Oficina de Cerâmica fica ao lado da loja. É possível fazer uma visita guiada: oficina-da-ceramica-forno-noborigama

A última Refeição em Cunha: Melhor Hora

Com ótimo custo-benefício, como os amigos do Chicken or Pasta falaram, é esse restaurante caseiro chamado de Melhor Hora, simples, simpático e de comida à vontade! É possível saborear comida caipira, por um preço camarada. É um buffet com muita salada, arroz, feijão muito bem executados. Além do porco a pururuca, feijão tropeiro, farofa <3 e um mimo de sobremesa com goiabada, doce de leite. Sabor de fazenda, supersimples, comida sincera e caseira. Ou seja, tudo para alegrar os paulistanos que estão na onda do chato do gourmetizado!

Comida caseira e colorida no Melhor Hora em Cunha

Comida caseira e colorida no Melhor Hora em Cunha – SP (foto de celular)

Confira os snaps que fiz por lá! Postei pelo meu instagram para vocês terem uma noção de como é o buffet:

Melhor Hora, que bom cruzar contigo neste caminhos da vida! Obrigada pela hospitalidade!

Certamente, uma viagem muito saborosa, rica em detalhes. Cunha nos recebeu de braços abertos! Fecho esta série de posts, muito contente, com saudades dessa viagem, da companhia dos amigos e dessas sensações. Afinal, é isso que levamos da vida! Celebre-a!

Divirta-se!

Endereços

Atelier De Cerâmica Suenaga & Jardineiro
Endereço: Rua Dr. Paulo Jarbas da Silva, 150
Telefone: (12) 3111-1530
Horários: Todos os dias, das 9h às 18h

Oficina de Cerâmica
Endereço: Av. Antônio L. Monteiro, 816 – Falcão
Telefone: (12) 3111-1361
Horários: Diariamente, das 9h às 18h

Restaurante Melhor Hora
Endereço: R. João Manoel Rodrigues, 38
Telefone: (12) 3111-3363
Horários: De segunda a sexta, das 12h às 15h; Sábado e domingo, das 12h às 16h

Casa da Lana

Um restaurante que devia ter uma placa na entrada com os dizeres:  A casa é sua, se acomode no sofá, ligue a TV, pegue uma revista, leia um livro, e, quando sentir fome, peça a comida.

Por 19 reais você tem uma comidinha de mãe, é entrada, prato do dia que você ver aqui no blog e sobremesa. É difícil fazer qualquer crítica sobre o local porque a comida estava deliciosa. O atendimento não foi dos melhores, mas foi superado pelo local – o charme da casa, as fotos na parede, os livros… tudo fez com que o tempo tenha corrido mais que o normal. Uma delícia!

No dia que fui a entrada foi uma saladinha de entrada

Casa da Lana

O prato principal foi um picadinho com abóbora, feijão e farofa

Casa da Lana

A sobremesa foi queijo com goiabada

Casa da Lana

Casa da Lana
Rua Purpurina, 293, Vila Madalena, São Paulo
Telefone: (11) 3892-5645
Horário de funcionamento: de terça a sexta das 12h às 15h e aos sábados e domingos das 12h30 às 16:30h.
Pagamento: Dinheiro, cheque, cartões de débito e crédito (MasterCard, Visa) e tíquetes (Smart, VR, Sodexho Pass, Ticket Restaurante, Ticket Restaurante Eletrônico e Visa Vale)

Casa da Lana

Twitter: @casadalana

Chef blogueiro

É difí­cil falar aqui do Julinho ou chef Júlio Bernardo porque eu adoro ele. Brincalhão, é daquelas pessoas que adora conversar e contar histórias – a melhor foi sobre sua ida ao Mc Donald´s quando era pequeno (morri de rir com ele contando o susto que levou ao ver o tamanho real dos lanches). Além das história que ouvi pessoalmente, sou leitora de seu blog. Enfim, se eu fizesse um post sobre o restaurante Sinhá, seria para elogiar, elogiar…. e elogiar mais uma vez. Os elogios são realmente necessários. Adoro o Sinhá! Mas não sou a única pessoa, sinal disso são as filas que fecham a calçada da rua dos pinheiros com a rua antônio bicudo.

Aproveitei para fazer algumas perguntinhas pro Julinho:

1. Como surgiu a ideia de ser chef de cozinha?
Há alguns anos, tive um bistrô, que acabou virando um restaurante de almoço. Foi o que “pegou”. E o desafio de fazer uma comida com pegada mais caseira, que fuja dos grelhados que assolam os restaurantes de almoço, me fisgou, e, como já cozinhava um pouco, aprendi a chefiar uma equipe de cozinha. Foi tão divertido que não parei mais. Depois passei para a cozinha tex-mex,e, hoje, voltei í  comida caseira, que é o meu grande barato!

2. Como em outras profissões, ser chef de cozinha envolve muitas tarefas. Quais são as mais difí­ceis?

Várias tarefas difí­ceis! A primeira é fazer da cozinha a extensão da casa de cada cozinheiro, pois muitos passam mais tempo no restaurante que em suas próprias casas. Com bom clima e salário em dia, a equipe fica sempre estimulada. Outro desafio é cobrar um preço honesto, sem abrir mão de bons ingredientes.E, por fim, manter padrão da comida. A pior coisa que pode acontecer é falta de referência. O cliente ( que é o maior patrimônio do restaurante) ir com uma expectativa e achar algo diferente! Acho que esses são 3 grandes desafios, mas poderia escrever um livro sobre isso!

3. Que prato do Sinhá você indicaria para uma pessoa que não conhece seu trabalho? Por quê?
Minha maior referência é a comida caseira,e, por isso, considero como meu cartão de visitas o meu arroz, feijão, bife e batata frita (batata mesmo, não aquela coisa congelada horrí­vel!).
Restaurante Sinhá
Rua Antônio Bicudo, 25 (esquina com a rua dos Pinheiros)
Telefone: 3083-6849
http://www.restaurantesinha.com.br