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O Mundo da Coca-Cola

Por Beatriz Rey

Já ouvi todo tipo de história sobre a Coca-Cola: vicia, pode ser usada para desentupir pias, é ótima para ressaca, funciona para dor de estômago e também para quem padece de falta de açúcar no sangue. Nunca liguei para nenhuma delas, eu gosto de Coca-Cola desde pequena, e não largo mão de jeito nenhum (ví­cio?). É de se imaginar, então, como fiquei ao pisar no Mundo da Coca-Cola, em Atlanta, há três meses, quando fui cobrir uma feira de projetos pré-universitários da Intel.

Para começar, o “tour” pelo prédio parte de uma espécie de museu da marca, com todas aquelas propagandas antigas de pin-up girls e geladeiras retrô. Demais! Como se não bastasse, somos levados a uma sala de cinema, onde assistimos a um ví­deo muito engraçado sobre uma fábrica fictí­cia de Coca-Cola. Feito em animação, com bichinhos estranhos, o filme é feito em estilo documentário como se alguém estivesse, realmente, investigando o segredo da Coca. É claro que em nenhum momento sabemos o que vai dentro do refrigerante.

Nesse momento, seu corpo pede Coca-Cola. São muitas garrafas. No filme, os personagens despejam o lí­quido em recipientes. Mas, por enquanto, nada do refri – pelo menos não da Coca. A penúltima parada do Mundo da Coca-Cola é uma sala com “estações” de refrigerantes do mundo todo. Você já se perguntou qual a bebida que os chineses tomam? Não queira saber! A maioria dos refrigerantes que tomei eram horrí­veis, há variações de kiwi, por exemplo. Lá em Atlanta mesmo, a Sprite parece uma água com gás choca misturada com limão sem gosto. O bom mesmo é quando você percebe, de longe, uma máquina com oito saí­das: Coca-Cola Zero, Diet Coke Lemon, Cherry Coke, Cherry Coke Zero, Vanilla Coke, Diet Coke, Diet Coke Caffeine Free (estranha mania de tomar Coca sem cafeí­na) e ela, a Coca-Cola Classic. Que saudade da Cherry Coke! Uma pena não ter vingado no Brasil…a Vanilla Coke, que os norte-americanos adoram, é uma delí­cia, apesar de ser um pouco enjoativa. Uma observação: a Coca-Cola de Atlanta é diferente da nossa. O gosto do “xarope” é mais forte, o refri é mais encorpado. Uma delí­cia.

E é claro que, como estamos no próprio centro do mundo capitalista, o último salão do Mundo da Coca-Cola é uma loja enorme com tudo o que você pode imaginar da Coca: imãs de geladeira, camiseta, bermuda, calça, garrafas, pôsteres, abridores de garrafa, caminhões de brinquedo, bichinhos de pelúcia…Para o Brasil, trouxe um pôster, um abridor de garrafa e muitos imãs de geladeira. E a sacola de plástico da Coca, que guardei de recordação. Em Atlanta, há poucas atrações turí­sticas. As ruas são desertas no centro. A impressão é que a cidade foi construí­da em 1996, quando sediou as Olimpí­adas, e deixou de existir a partir de então. O parque Olí­mpico, do lado da Coca, fica vazio o dia todo. Mas levei algumas lembranças boas. Além de encontrar um Starbuck’s-a-cada-esquina e de comer begels todos os dias, adorei o Mundo da Coca-Cola. Vale para quem gosta.