Posts Tagged ‘batata rústica’

Rosa Bistrô & Botequim: em busca de um diferencial (e um melhor atendimento)

Em uma das noites mais tristes que tive neste ano, por conta do falecimento de um amigo muito querido, fui ao Rosa Bistrô & Botequim. Não queria ficar sozinha e o maridão estava viajando, então tive a companhia de uma amiga na empreitada de tentar me distrair um pouco – e de quebra ainda conhecer um lugar novo e perto de casa. Acima, a caipirinha com frutas vermelhas que ela escolheu para começar os trabalhos. Eu fiquei no refrigerante mesmo. No couvert (R$ 9), a cestinha de pães pode ser reposta, mas traz fatias de pão francês sem a menor graça. Ainda bem que os acompanhamentos compensaram a falta de sal: a berinjela estava no ponto e a manteiga de ervas brilhou em nosso paladar.

O ponto mais fraco da noite foi a porção de batatas rústicas (R$ 18,80), extremamente salgadas a ponto de devolvermos para a atendente depois da segunda mordida. Ela ainda perguntou se não queríamos outra, mas informou que todas tinham o mesmo sabor pois ficavam temperadas em sal grosso durante o dia. Claro que declinamos. Depois perguntou se não queríamos as batatas normais, segundo ela, do tipo congeladas. Declinamos novamente. Acabamos pedindo uma porção de coxinhas (R$ 18,80), gostosinhas e tal, e um a porção de bolinho de risoto (R$ 22,80), que não passa de um bolinho de arroz bem normalzinho.

Cheguei à conclusão de que o grande problema do Rosa Bistrô é oferecer petiscos muito comuns, do tipo que comeríamos em qualquer outro lugar. Depois do pão francês, das coxinhas e dos bolinhos, pedimos uma porção de pastéis (R$ 23,20) que eu poderia ter feito em casa. Novamente a atendente, simpática mas lenta demais (esqueceu de anotar dois pedidos por duas vezes seguidas), influenciou no pedido: apesar de o cardápio dizer que os pastéis eram mistos, com queijo e carne, ela afirmou que vinha também pastel de carne seca. Até hoje estou procurando a carne seca e o queijo, porque na nossa cesta só tinha pastéis de carne. E como o atendimento estava lentíssimo mesmo com a casa vazia, nem reclamamos. A única coisa que eu repetiria na próxima visita seria o Mukiadinho (R$ 23,60), dois mini-escondidinho de calabresa e carne seca, que tem cream cheese no recheio, que deixa um gosto meio azedinho bem diferente. Saí com a impressão de que o lugar tem potencial, mas ainda falta se encontrar – tanto no cardápio quanto no treinamento aos atendentes, algo que precisa ser observado com atenção.

Rosa Bistrô & Botequim
Rua Dr. Melo Alves, 82 – Jardim Paulista – São Paulo
(o cardápio completo, com preços, está no site)
Telefone: (11)  3297-8249

Caverna Bugre: 61 anos de tradição (e filé alpino)

Sabe aquele lugar simpático pelo qual você passa sempre, mas nunca entra? Assim é o Caverna Bugre. Localizado no subsolo de um prédio que parece residencial, o restaurante tem uma entrada bem discreta e janelas no nível da calçada, bem perto do metrô Clínicas, em São Paulo. Em meio à Teodoro Sampaio, sempre movimentada, e em frente a um ponto de ônibus que vive lotado, a casa oferece um ambiente sossegado, com atendimento cordial e comidinhas realmente muito saborosas (e calóricas!).

De entrada, maridão e eu pedimos os famosos croquetes de carne (1/2 porção por R$ 8,70) com sal de aipo a parte, um tempero preparado na própria casa. Tomei esse cuidado pois havia lido em alguns blogs sobre seu sabor acentuado. Acabei gostando mais do sal do que do croquete, que estava muito muito muito seco – para o meu gosto, claro. Já li sobre pessoas que adoram e outros que detestam os bolinhos. Usei bastante mostarda escura e o sal de aipo para terminar de comer a porção.

Mais famoso que o bolinho é o filé alpino (R$ 67,80 – inteiro – ou R$ 33,90 – meia porção), que praticamente fez a fama da casa e já ganhou até prêmio. Apesar de ser super calórico, achei o prato delicioso, ainda mais combinado com a porção de arroz branco e soltinho, tipo arroz de vó, e com as batatas rústicas que pedimos a parte. Os ingredientes deste filé? Mignon coberto com copa, catupiry e provolone, gratinado em molho tipo inglês, feito com caldo de carne. Bom de verdade e bem servido. Pedimos 1/2 filé e complementamos com 1/2 frango crocante (peito de frango empanado com farinha especial e coberto com molho agridoce e palmito) por R$ 27,50. Dispensamos a sobremesa, porque estamos querendo dar uma maneirada, e ainda assim saímos muitíssimo satisfeitos. Dica: chegue entre 12h e 13h para não pegar fila.

Caverna Bugre
Rua Teodoro Sampaio,  334 – Pinheiros
(11) 3085-6984

Santo Hamburguer [fechado]

Localizado na Vila Romana, o Santo Hamburguer poderia ser uma lanchonete de bairro, mas trata-se de uma boa hamburgueria gourmet fora do circuito mais badalado na Zona Oeste. Com ambiente aconchegante, o lugar superou os primeiros meses de abertura e mantém um cardápio com sanduíches feitos com pão de fermentação natural. O lanche que leva o nomes da casa vem com hambúrguer de picanha, queijo ementhal, confit de cebola e molho barbecue no pão caseiro rústico e custa R$ 25. Levantando em conta a elaboração do prato, um preço justo apesar de não ser grande.


De entrada, Cláudia e eu, com nossos respectivos, pedimos batata rústica (R$ 14,50) que vem com alho frito, um porção bastante irregular, com alguns pedaços muito amolecidos e oleosos. Mas o sabor ficou bem interessante, daria uma segunda chance para o petisco em uma próxima visita. Pedimos também nachos com chilli, mas ficarei devendo o preço. Esqueci de anotar e ninguém soube responder quando liguei para perguntar.

A Cláudia comeu o cachorro quente da casa, com salsicha especial e molho tipo rose, bem gostoso, por R$ 9,50. Já o maridão se jogou firme no Apocalipse – hambúrguer de picanha com creme de gorgonzola e folhas de agrião no pão especial com gergelim, um super lanche por R$ 19,50. Fiquei com vontade de experimentar o Aleluia Aleluia, com 150 gramas de fraldinha, queijo brie,  rúcula e geleia de pimenta por R$ 20. Há também a opção de montar seu próprio lanche, misturando o que der na telha.

Mas, a melhor parte da aventura gastronômica foi mesmo a sobremesa: churros divinos, quentinhos e super bem fritos, com doce de leite da casa… por R$ 13! Tivemos que repetir de tão gostoso, já que uma porção só ficou pequeno para os quatro comilões. Para quem mora na região é uma ótima dica de onde comer bem sem precisar pegar o carro até os Jardins, Vila Madalena, Vila Olímpia ou Itaim.

Santo Hamburguer
Rua Tito, 25 – Vila Romana – SP
Telefone: (11) 2369-1326

AK/Vila: comida rápida. Mas isso é bom?

Sempre ouvi falar muito bem sobre a chef Andrea Kaufmann e a respeito do seu AK Delicatessen, que ficava localizado em Higienópolis. Por isso, quando soube que a moça abriu um novo restaurante bem na Vila Madalena, não sosseguei até ir lá. Cláudia e eu fomos almoçar no AK/Vila em um sábado à tarde de sol bem agradável em São Paulo, sem pressa e com fome.


Estranho começar um post colocando a foto da sobremesa, não? Bom, o pudim de leite com flor de sal e doce de leite (R$ 12) foi a melhor parte de nosso almoço. E pela ligeireza com a qual os pratos chegavam à nossa mesa, não seria de se estranhar que a sobremesa viesse antes do prato principal. Brincadeiras à parte, aproveitei o fato de ter chegado antes da Cláudia (milagre!) e pedi duas entradinhas: uma porção de falafel (R$ 23) e outra de costelinhas assadas com melaço e laranja, acompanhadas de molho picante a parte (R$ 22). E a comida conseguiu ficar pronta antes de a Cláudia entrar no restaurante. A impressão é que tudo estava pré-pronto e foi aquecido rapidamente no microondas. O falafel era até saboroso, mas extremamente oleoso e com excesso de massa. As costelinhas foram mais difíceis de encarar: não curtimos o molho picante e os pedaços também estavam envoltos em óleo.

Como as entradas foram substanciosas e oleosas, resolvemos pedir um prato principal  só e dividir – preocupadas com o tamanho do mesmo e também com a qualidade. Escolhemos o meio galeto marinado com saladinha de ervas, molho tostado (R$ 29) e um acompanhamento, no caso batatas rústicas. Novamente o prato chegou muito rápido, impossível ter sido preparado na hora, e sentimos excesso de óleo no galeto… E aí entra a segunda coisa que mais gostei na visita: a batata. Não era rústica, como é possível notar abaixo, mas uma espécie de batata corada, cozida e depois frita.

Já li muitos comentários positivos sobre a chef e sobre o restaurante, mas realmente o almoço não me encantou… Claro que quero voltar, provar outros pratos e espero mesmo que tudo esteja no lugar, pois acho que o espaço tem potencial. O ambiente é agradável e, além da comida, seria bacana encontrar também um serviço mais atencioso – os garçons quase atingiram a cabeça da Cláudia várias vezes de tão apressados.

AK Vila
Rua Fradique Coutinho, 1240 – Vila Madalena
Tel: (11) 3231-4496