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A Lapinha: feijoada, caldinho de feijão e outras delícias

O bar A Lapinha é um dos tesouros da Vila Romana. Seja de dia ou à noite, visite o bar sem medo de ser feliz e coma muito! Para ajudá-los, selecionei os melhores pratos (parte deles) da casa.

Para almoçar durante a semana, recomendo a Maminha com mais dois acompanhamentos por R$ 21 (foto abaixo) ou a Picanha com dois acompanhamentos por R$ 23,50.

Aos sábados (não servem às quartas), uma deliciosa feijoada reúne os moradores da região. Principalmente aqueles que vão sem pressa, em família ou com um grupo de amigos. O buffet de feijoada custa R$ 37 e contém carnes e linguiças separadas, couve refogada, mandioca frita, bisteca, laranja e o famoso torresminho crocante. Além disso, uma batida de limão completa a gordice.

À noite, são as porções caprichadas que lotam as mesas de quem vai colocar a conversa em dia e bebericar um bom chopp. Meus pedidos variam entre:

Escondidinho de carne seca

 Caldinho de feijão

Porção de batatas com creme de queijo, também conhecida como OK, Você venceu!

Maminha fatiada com cebola com cebola assada, também conhecida como Ninfeta 

E agora, já sabe quando ir?

A Lapinha
Rua Coriolano, 336, Vila Romana, São Paulo
Telefone: 11 3672-7191

 

 

Mercearia São Pedro: Bar, boteco pé-sujo, livraria, mercearia, cerveja gelada, gente bacana e preço justo

É livraria.

É mercearia.

É um pouco de tudo.

Podem falar o que quiser e até chamar de boteco pé-sujo, mas o Mercearia São Pedro é aquele bar que vive (sempre) cheio, muitas vezes de pessoas que frequentam o local há muito tempo. É cheio todos os dias e a qualquer hora, até mesmo no almoço.

Por influência de quem apresentou o “Merça” para mim, a amiga Flávia Ferreira, que em breve estará curtindo o sol e estudando muito na Califórnia nos próximos meses, a porção que sempre forra o estômago é a Mercearia: tomate seco, azeitona, rosbife, picles e mussarela de búfala, que foi trocada por provolone, e custou menos de 20 reais.

A porção generosa dá conta de 5 bocas famintas que petiscam e bebericam enquanto jogam conversa fora. Mas, e se a porção não dá conta?

É só esperar um garçom simpático passar com uma assadeira lotada de pastéis bem recheados e quentes.

Se estiver na Vila Madalena e quer fugir dos bares lotados e caros da Aspicuelta, Mourato Coelho e proximidades, fuja para a rua Rodésia, 34.

Outras fotos do Mercearia: http://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/3178-mercearia-sao-pedro#foto-62824

Pirajá revisita estrelas do imaginário popular


Reza a lenda que por volta de 1810, a rainha de Portugal, Carlota Joaquina, animava as festas da Corte no Rio com bebidas feitas com cachaça e frutas da terra. O tempo passou e essas misturas com aguardente foram dando origem aos dois grandes ícones da boemia nacional, as caipirinhas e as batidas. Novos drinques apareceram, e as duas bebidas trilharam caminhos diferentes. As batidas saíram de moda, mas se mantiveram sempre presentes naqueles redutos mais tradicionais, como uma lembrança de tempos diferentes, com menos pompa e mais descontração. Estrelas do imaginário popular, as batidas agora ganham espaço de destaque no novo cardápio de bebidas do Pirajá.

Os onze sabores das batidas vão dos mais clássicos aos mais inventivos. Para trazer um frescor às antigas receitas, entra o creme de leite, que garante aquela textura aveludada. A boa e velha Coquinho ganha duas versões: Coco (R$ 9, o copo), com cachaça, rum, doce de coco e creme de leite fresco, e a Coco Queimado (R$ 9, o copo), com o doce de coco queimado complementando a mistura anterior. Quem prefere os sabores mais adocicados, pode ir na de Doce de Leite[bb] (R$ 9, o copo), que mescla o doce com cachaça, licor Baileys e creme de leite fresco. Revisitada, a Meia de Seda (R$ 14, o copo) leva gim, licor de cacau, creme de leite e sorvete de creme. As de frutas são preparadas com purês e ingredientes frescos, que deixam as bebidas mais leves. A Pirajá (R$ 14, o copo) traz cachaça, vodca, manga, maracujá e purê de pêssego, e a Abacaxi Colada[bb] (R$ 14, o copo) combina cachaça, rum, abacaxi e coco fresco ralado. Leite condensado? Só em duas, para dar aquela cremosidade que as receitas pedem – na Paçoquinha[bb] (R$ 9, o copo), feita com cachaça, vodca, leite condensado, doce de amendoim, paçoca e creme de leite fresco, e na Espanhola (R$ 14, o copo), a tradicional combinação de vinho tinto, abacaxi, suco de abacaxi e leite condensado. Cinco sabores ainda podem ser levados pra casa em garrafas (R$ 60, 770 ml), envoltas em papel alumínio e saco de pão, as clássicas embalagens “pra viagem” de antigamente.

Pirajá
Av. Brigadeiro Faria Lima, 64, Pinheiros, São Paulo/SP
Telefone: 11 3815-6881

Pé de Manga: petiscos sem graça e fumaça a noite toda

Por Isabelle Lindote

Um barzinho que fica no fim de uma rua tranquila, com uma ampla área ao ar livre, ambiente rústico… um clima aparentemente perfeito para papear com os amigos ou mesmo curtir um drink a dois. Para aproveitarmos a vista das mangueiras centenárias e a iluminação diferenciada, nosso grupo resolveu ficar do lado de fora, que tem sombrinhas cobrindo as mesas de madeira.

De cara, pedimos um petisco que parecia muito saboroso: bolinhos à moda da casa (com carne moí­da) com recheio de cheddar – a porção com 8 unidades sai por R$ 17,00. Quase meia hora depois, sem sinal do nosso pedido, resolvemos reclamar e solicitar mais agilidade do garçom. Em menos de cinco minutos, a porção que apareceu foi essa aí­ abaixo: uma bolas pretas, queimadas, parecendo almôndegas, que por dentro estavam gelados.

Depois de chamarmos o gerente, pela primeira vez na noite, trouxeram outra porção. Desta vez, a cara estava boa e os bolinhos foram fritos decentemente, mas o sabor não foi lá dos melhores. Além disso, o cheddar prometido no cardápio não encheria nem o buraco de um dente. Com esperanças de encontrar uma porção que fizesse jus ao local e ao preço, tentamos os pastéis de carne seca com requeijão, também a R$ 17,00 e com oito unidades.


Não vou dizer que eles eram ruins, mas sou muito mais o pastel vendido na feira da Praça Benedito Calixto, aos sábados. No primeiro que comi, só senti o gosto do queijo, que não consegui identificar se era mesmo requeijão. No segundo encontrei a carne, mas não estava temperada, ou seja, um petisco sem nenhum diferencial.

Ainda com fome, decidi partir para um sanduí­che: o Tina Turner – hamburguer de picanha com queijo prato e vinagre, mas troquei este último item pelo molho rosê da casa (R$ 15,90). Apesar do pão ter chegado à mesa frio e nenhum pouco crocante, a carne atendeu ao que se espera em um lanche assim. A melhor surpresa foi o molho, que deu um toque especial ao sanduí­che meio sem graça. As batatas fritas que acompanham o prato estavam na medida, sem excesso de gordura, mas sem surpresas também.

O maridão também investiu em um sanduba: foi de Madonna – filet de frango na chapa com cheddar no pão ciabatta e batatas chips (R$14,50). O frango estava no ponto, bem temperado, e o pão chegou à mesa bem macio e quentinho. Só o cheddar deixou a desejar, pois apesar de cremoso, não era de boa qualidade.

O resto do pessoal (Claudia, Tuca e Fugita) foi de mais uma porção: filet mignon aperitivo com molho barbecue e cebolas (R$ 25,50). Acompanhado de pão francês fatiado, o petisco foi considerado o melhor da noite. Condimentado, com molho saboroso e tamanho proporcional ao preço. Quem gosta de um choppinho, o do Pé de Manga foi aprovado e cada tulipa sai a R$ 4,30. Quem prefere um refrigerante ou um suco, vai gastar no mí­nimo R$ 3,90 por unidade.

No entanto, se a comida não chegou nem perto do que se espera de um lugar assim, pior foi o fato de que, durante toda a noite, ficamos envolvidos em uma nuvem de fumaça proveniente de diversas mesas ao nosso redor. Incomodados, perguntamos ao gerente se a lei antifumo permitia aquele tipo de comportamento. Ele prontamente nos disse que a Vigilância Sanitária havia liberado a “varanda” para o fumo e que a Época São Paulo tinha considerado o ambiente como o mais pací­fico para a convivência entre fumantes e antitabagistas. Em minha humilde opinião, e na de todos que estavam na mesa, o cigarro incomodou e muito! Saí­ de casa com o cabelo molhado, crente que não teria mais problemas com cheio de nicotina, e voltei praticamente defumada.

Maridão e eu não pretendemos voltar lá: comida mais ou menos, conta cara e ambiente enfumaçado não rola para a gente. Mas se você fuma e quer um lugar tranquilo, amplo e reservado, o Pé de Manga é o lugar…

PS: Mulheres, cuidado com o banheiro! Fios desencapados estavam próximos à pia do toilete feminino no dia visitado.

Pausa no bar da rainha dos mares

Minha escolha de ontem, o bar Iemanjá, localizado na esquina das ruas Wisard com a Mourato Coelho, tem cardápio enxuto para quem está com fome. O espaço é ideal para um happy hour com amigos que bebem bem!

Praticamente 80% do cardápio é voltado para uma lista variada de drinks e cervejas, além dos tradicionais sucos e refrigerantes.

Pedi uma chapa de picanha ao shoyu com shimeji e abacaxi, acompanhada de pãezinhos, farofa, vinagrete e maionese temperada. A porção alimenta bem duas pessoas, talvez três sem muita fome, e custa R$ 45.

O bar é limpo, bonito e de preço (quase) justo. O refrigerante custa R$ 3,80, apenas R$ 1,20 de diferença do chopp black (R$ 5).

Além das poucas opções para comer, o bar peca pela falta de sobremesa. Das cinco opções ou seis, não recordo agora, apenas duas de fato existiam. As demais enfeitavam o menu. Pedi petit gateau de limão siciliano – R$ 13,90.

Bar Iemanjá
Rua Mourato Coelho, 1325, Vila Madalena, São Paulo
Telefone: 11 3032-6881