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Bar da Dona Onça: erros, acertos e uma conta cara

O edifício Copan é um marco da cidade de São Paulo. Construído na década de 50 pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o prédio tem um design único e é conhecido por suas peculiariedades. Entre os atrativos que levam muitos paulistanos ao local está o Bar da Dona Onça, reduto gastronômico que costuma lotar diariamente. Fomos conhecer o lugar em um domingo, como hoje, meio-dia em ponto, para evitar filas. E conseguimos, pois fomos os primeiros clientes do dia.


De cara pedi uma mini-rabada (R$ 30) de entrada, que vem em uma panelinha fofa, acompanhada de mini-pães francês. Detonei praticamente sozinha já que o prato combinava muito bem com o dia, um início de tarde friozinho mas com um sol bem bonito. Se é para apontar um acerto do Dona Onça, posso dizer que essa rabada é quase nota 10. Só faltou o agrião.

Cláudia e Fugita foram de feijoada para dois (R$ 72), bem servida de feijão mas não tanto dos demais acompanhamentos. Foi preciso pedir mais arroz – e pagar a parte pela guarnição. Eles gostaram, mas não senti aquele brilho nos olhos esperado quando se fala de uma boa feijuca, sabe? Como ouvimos muitos elogios sobre o lugar, acredito que chegamos com uma expectativa muito alta… e a experiência deixou a desejar.

Os pratos acima são do maridão e meu. Ele foi de frango empanado com creme de milho (R$ 34) e eu escolhi o porco com purê de batatas e alho negro (R$ 39). O marido ama creme de milho, mas soltou nenhum “hummmmm” durante a degustação. Mau sinal. E ele resumiu a experiência em uma expressão: “Sem sal”. No meu caso, eu amo purê, e porco, e alho negro. E também fiquei com a impressão de que faltou tempero na comida. O porco estava sequinho e procante, mas sem graça. O purê não teve nada de marcante, tanto que até já esqueci de seu sabor. O que salvou mesmo foi o alho negro, em quantidade modesta, mas essencial.

Agora com certeza, o pior erro do Dona Onça foi o churros com doce de leite (R$ 19). A massa esfarenta tinha sabor forte de fritura mal feita e só o doce de leite derretido salvou a sobremesa de um completo desastre. Não pediria novamente, apesar de imaginar que ela não deve ser a qualidade cotidiana do churros, elogiados por outros veículos. Sinceramente, saí decepcionada do Bar da Dona Onça. E, infelizmente, a única coisa realmente com sal foi a conta, que não valeu o custo-benefício.

Bar da Dona Onça
Rua Ipiranga, 200 – próximo ao metrô República – São Paulo
Telefone: 11 3129-7619