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Eñe

Por Leonardo Dias

No penúltimo dia de São Paulo Restaurant Week fomos ao Eñe. Localizado no Itaim Bibi, o restaurante espanhol parecia-nos tentador. Meesmo sem saber qual o cardápio do SPRW, arriscamo-nos em uma reserva para o almoço. Ao chegar lá, uma fila razoável de uma hora e meia para as pessoas que não fizeram reserva. Nós, com reserva confirmada, ainda enfrentamos um quase leão de chácara na porta.

Ao entrar, um ambiente amistoso, sofisticado e baseado no rústico, com uma decoração rubro-negra. O salão não é muito grande e quase todo envidraçado, o que torna o lugar mais charmoso e aconchegante.

Estávamos em três pessoas e somente duas puderam provar dos variados tipos de pão. Na mesa, dois tipos de azeites (um mais ácido e outro com baixa acidez) e flor de sal. Os pães eram ótimos mas a Cláudia não poderá opinar pois demorou muito, mais de meia hora, para lhe trazerem pães.

O couvert com embutidos espanhóis e linguiças com páprica era bem saboroso. Forte. Mas em uma porção bem singela, considerando os 12 reais por pessoa.

De entrada pedimos um pão frio, com tomates frescos, azeite e fatias de jamón. O jamón era o diferencial – porém a entrada, tipicamente espanhola, não era prática para comer e o tomate frio não é agradável ao paladar.

Como prato principal e em uma porção razoável, arroz espanhol ou arroz aveludado como preferiu dizer o garçom, com legumes (vagem e couve-flor), cheiro verde e cogumelos. O prato, que acompanhado de um vinho da região de Rioja um pouco ácido e de corpo moderado, permitiu uma boa harmonização com o arroz, já que as especiarias combinadas ao sabor de tabaco do vinho deram um toque a mais ao prato principal.

De sobremesa um doce muito bom, com uma base de bolacha e coberto com castanhas, amêndoas, figo e uma porção de chantilly. Foi a surpresa mais agradável do almoço, juntamente com as linguiças com páprica que tinham um sabor também diferente. O atendimento é bem razoável, embora o nervosismo esteivesse presente no rosto e atitudes de alguns garçons aparentemente mais novatos na casa.

Para ir a dois o restaurante é uma boa pedida, com pratos em torno de 45 reais e vinhos a partir de 60 reais a garrafa.

Restaurante Eñe
Rua Dr. Mario Ferraz, 213, Jardim Europa
Telefone: 11 3816-4333

Los bocadillos de Barcelona

Quando cheguei em Barcelona fiquei impressionada que aqui eles também sao adeptos do pão tipo baquete com qualquer coisa, ou do sanduí­che, que aqui se chama bocadillo.

O bocadillo é o jeito mais prático de se matar a fome em Barcelona, apesar de nem sempre ser o mais barato. Praticamente em todas as esquinas tem um café ou uma lanchonete que oferece pelo menos as opções mais básicas: jámon y queso (presunto e queijo – mas nesse caso o presunto pode ser ibérico ou serrano), tres quesos ou frankfurt (o famoso cachorro quente).

Os sanduí­ches variam bastante de preço e de qualidade. Até agora, o que eu experimentei e vi o melhor custo-benefí­cio foi o da Pans & Company. Também é deles o melhor pão, porque por aqui o pão costuma ser bem duro. Hoje mesmo eu paguei em um menu médio com bocadillo de jámon serrano y queso brie mais patata frita e nestea 6,80 euros (por favor, não convertam a moeda, com a alta do euro, vai todo mundo achar um absurdo de caro!).

Desabafo: eu quero comer arroz, feijao e salada! Imaginem que eu estou uma pessoa inchada e alérgica de tanto comer bobagem… Nem sempre comprar chocolate da Lindt por 1 euro é vantagem… rs

* PS: o teclado daqui nao tem til, porque a única vez que se usa til em espanhol é na letra ñ e essa letra tem uma tecla própria… rs