agosto 2016 archive

Jojo Ramen: Japonices em São Paulo

O modismo das casas de ramen emergiu em São Paulo. A cidade vive um momento japa-friendly. Seja pelo descolado Tantan, o tradicional Aska, eis que surge no coração paulistano, Cerqueira Cesense, o Jojo Ramen.

Quando se tem o primeiro contato, um jovem brasileiríssimo retira seu nome e anota seus dados num aplicativo para controlar a espera. Mesa para dois, espera de 40 minutos. Noite fria e chuvosa, casa lotada. Muita expectativa. Passado o tempo, avisam o nosso lugar: dois lugares no balcão. Bacana! Penso eu, poderei ver todo o processo de como tudo é produzido.

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Balcão do Jojo Ramen

Habitués da casa? Japoneses originais de fábrica visto a proximidade ao consulado, localizado no Top Center, próximo à Faculdade Cásper Líbero e ao clássico e excelente Izakaya Bueno. Sinal verde para o tradicionalismo!

Cardápio do Jojo Ramen.

Cardápio do Jojo Ramen

Eu e minha companhia pedimos o mesmo prato, Shoyu Jojo Ramen. A fome está animada e pedimos também uma porção de karaague, frango frito na farinha de katakuriko, que em português é fécula de batata.

Karaague - faltou um tempero a mais

Karaague do Jojo Ramen

Rapidamente a entrada chega e logo em seguida, os lámens. Karaague batido, nada demais: faltou um pouco de tempero, o mesmo posso dizer do molho no acompanhamento. Senti falta de pimenta, ou talvez um acompanhamento agridoce. Um kimchi nos salvaria.

Penso eu, acho que estou com paladar favorável a temperos fortes. Ou comi a vida inteira errado. Impossível, meus avós vieram de Tóquio, donos de fábrica de doces e ensinaram que molho bom é saboroso sim, e que o elegante é ser translúcido.

Depois vou ao shoyu ramen. Suave, até demais. Cor bonita, transparente e delicado. O macarrão é de excelente qualidade, ovo cozido ao ponto com gema molinha, bem gostoso. Mas, novamente, caldo insosso. Expectativas totalmente quebradas. O molho diz muito sobre o lugar.

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Portanto, um pouco decepcionada. Mas, na próxima, pedirei algo mais forte como o missô – segundo o garçom o mais pedido – ou então o Missô Kará que tem na receita pimenta coreana.

Como todo japonês, os clientes comem e vão embora. Diferente do brasileiro que curte uma conversa e beberica aos poucos. O sistema é Narcisa Tamborindeguy “senta, come e vai embora!”, afinal a fila está grande lá fora!

Preços:

  1. Shoyu Jojo Ramen: R$ 32
  2. Karaague – 4 unidades: R$ 15

Jojo Ramen
Rua Dr. Rafael de Barros, 262
Horário de funcionamento: segunda a sábado, das 18h30 às 22h

Massa Na Rua: Opção barata na Paulista

Nos arredores do Baixo Augusta e Paulista, uma opção barata e saborosa: Massa na Rua. O pastifício Primo, uma das melhores rotisseries de São Paulo oferece qualidade, rapidez e um espaço totalmente despojado. O foco do pequeno endereço são as massas e os molhos. O funcionamento é semelhante ao Spoletto, entretanto, a massa é MUITO mais saborosa e caseira. Digno de muita nonna por aí!

Cardapio-massa-na-ruaOlha só como o Massa na Rua é: prático e rápido!

O espaço é bem pequeno para quem resolve comer por lá mas tem também um esquema de “to go”. A embalagem mantém a comida fresquinha e conserva bem o calor! E, caso estranhe talheres e copos descartáveis, aconselho levar para casa ou trabalho e curtir a marmitinha!

A massa é ao ponto e os molhos são frescos. O molho Funghi parecia ser fresco, feito no dia.

ravioli-funghi-massa-na-ruaO meu favorito do Massa na Rua: Ravioli de cordeiro ao molho funghi. Para acompanhar um pãozinho italiano e parmesão de verdade.

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O ambiente é vermelho o que incomoda um pouco, mas é bem no intuito de se ter uma refeição rápida. Mas, visto o ritmo da cidade, o Massa na Rua também é amigável e pode-se acessar o wi-fi, além de ter tomadas nas mesas e bancadas. Dá para acessar aquele e-mail urgente, caçar Pokémon e caçar no Happn também.

Brincadeiras à parte, divirta-se!

Massa na Rua
Rua Peixoto Gomide, 63 – Próximo a Rua Augusta e Frei Caneca.
Telefone: (11) 3231-0350
http://pastificioprimo.com.br/site/massa-na-rua-por-primo/

 

Mercado de Pinheiros: Napoli Centrale

Para os caçadores de boa comida na cidade, vale conhecer o Mercado de Pinheiros, que está próximo da estação Faria Lima (linha amarela), Sesc Pinheiros e Largo da Batata. O local está mais gourmetizado por conta das reformas do ano passado. Mas, independente dos produtos gourmets e exóticos, o mais legal, é o que se pode comer por lá.

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O balcão vermelho chamativo do Napoli Centrale. Oferece drinks italianos como o Aperol Spritz.

Fui conferir a pizza napolitana do Napoli Centrale que tem como característica principal a massa fina, sabor caseiro, leve e crocante. Inspirado nos snacks italianos, o restau-bar fica no segundo andar e chama a atenção pela cor vermelha viva.

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Pedi a pizza de cogumelos e me arrependi um pouco. A pizza veio com alguns pedaços estranhos de salame que mais pareciam a linguiça paio. Ao retirar os poucos pedaços perdidos, o sabor ficou mais leve, suave e sofisticado.

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As croquetas salvaram os esfomeados. Bem sequinhas, as quatro – poucas – unidades são de abrir o apetite. Combinaram bem com a pimenta e o Negroni.

pizzaempinheirosMesinhas ao ar livre: clima amigável e casual

Meus amigos que me acompanharam já conheciam o local e indicaram a pizza de burrata e parma. Bem saborosa e no ponto. Gostosa de petiscar, comer sem talheres e compartilhar. Vale experimentar um Aperol Spritz e ficar de papo pro ar nas mesinhas externas. Se procura algo mais casual e sem frescura, vale a visita. Dica: vá antes das 12h, pois há filas gigantescas na hora da fome!

Preços
Croqueta de Carne com Cerveja Stout: R$12
Pizza de Parma: R$30
Pizza de Cogumelo: R$25
Aperol Spritz: R$19
Negroni: R$19

Napoli Centrale
Mercado de Pinheiros. R. Pedro Cristi, 89, piso superior, box 84, Pinheiros
Horário de funcionamento: 8h/18h (fecha domingo)
Telefone: 11 3031-1689

Mitos e verdades sobre a cerveja

Na primeira sexta-feira de agosto celebra-se mundialmente a cerveja, uma das bebidas mais populares e consumidas do mundo.

Veja alguns mitos e verdades que o Daniel Wolff, sommelier de cervejas e diretor a rede de loja especializada em cervejas artesanais Mestre-Cervejeiro.com, elencou sobre a gelada!

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Cerveja em lata é pior que em garrafa

Mito. Geralmente, a lata costuma manter a cerveja fresca, conservando aromas e sabores por um período de tempo maior. Isso porque, como o material é opaco, o líquido não sofre com a exposição ao sol.

Cerveja é sempre amarga

Existem três famílias de cervejas, desmembradas em mais de 100 diferentes estilos, alguns deles com chocolate, com frutas (como cereja, pêssego e framboesa). O que vai determinar o amargor da cerveja é a variedade do lúpulo e o tipo de torra do malte. É mito!

Cerveja deve ser sempre translúcida

Mito. As cervejas dos estilos Weizenbier, Witbier e Dubbel, por exemplo, são alguns exemplos de cervejas de aparência mais turva. Isto é uma condição normal, decorrente do processo de produção – se ela é ou não filtrada, ou se passa pela técnica chamada de dry-hopping.

Bolhas nas paredes internas do copo são indício de boa carbonatação

É mito. As bolhas nas paredes internas podem ser indícios de que a higienização do copo não foi muito bem feita ou que ele está guardado há um tempo e precisa ser higienizado novamente.

Não existe diferença para o produto entre garrafas âmbares, verdes e transparentes

É mentira, a cor da garrafa interfere na durabilidade do produto. Quanto mais clara for, maior a exposição da cerveja aos raios solares e consequentemente maior o impacto negativo nos aromas e sabores da bebida. Entre garrafas transparentes, verdes ou âmbares, a melhor opção é a âmbar.

tito bier

Cerveja artesanal é muito alcoólica

Depende do estilo. Há as mais alcoólicas e as menos alcoólicas, as mais amargas e as menos amargas, as mais e as menos encorpadas. O fato de ela ser artesanal relaciona-se apenas aos processos de produção, ou seja, é mito.

Cervejas escuras são mais intensas

Mentira. A cor de uma cerveja é resultado das variedades de malte utilizadas em sua receita. Quanto mais intensa a tosta do malte, mais escura será sua cor e isso será transmitido ao produto final. No entanto este é apenas um aspecto sensorial, e existem cervejas claras muito potentes como as Belgian Tripel, e cervejas escuras mais leves e resfrescantes como as Schwarzbier.

Cerveja deve ser consumida só muito gelada

É mentira, pois cada estilo de cerveja tem a sua temperatura ideal de serviço. Há aqueles em que o indicado é beber em temperatura de adega, entre 12°C e 16°C, como as inglesas do estilo Barley Wine, que são potentes, complexas e encorpadas. Já outros estilos menos intensos mas igualmente aromáticos, como as India Pale Ale ou Bock, atingem seu maior potencial na faixa dos 7 a 10°C.

E mesmo as American Lager, comumente chamadas de tipo Pilsen no Brasil, não devem ser consumidas a 0°C. Isso porque, em temperaturas muito baixas, as papilas gustativas ficam anestesiadas e os aromas da bebida menos voláteis, fazendo com que deixemos de sentir características importantes da bebida.

Não existe diferença entre chope e cerveja

A origem do produto é o mesmo. Mesmo processo de fabricação, mesmos insumos utilizados. Mas o armazenamento e o tipo de serviço são diferentes, o que interfere nas características da bebida. A maioria das cervejas, diferente do chope, são pasteurizadas. Por isso, tendem a ser menos frescas e com sabores e aromas menos presentes. Ou seja, é mentira.

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O local de origem da água influencia no produto final?

As características da água influenciam, sim, no produto final, ou seja, se ela é mole ou dura, a quantidade e os tipos de sais minerais presentes nela, o seu pH, etc. Contudo, a origem da água em nada influencia (mito).

Isso porque é possível trabalhar todos esses aspectos, modificando quimicamente a água que será utilizada na fabricação, deixando-a mais alcalina, por exemplo, favorecendo a produção de certos estilos de cerveja e, assim, influenciando produto final.

Cerveja precisa de colarinho?

Toda cerveja deve apresentar alguma quantidade espuma, que é um elemento fundamental para avaliar a saúde da bebida e ainda ajuda na preservação de sua temperatura. Se uma cerveja não tem espuma é porque não está bem carbonatada – tendo um defeito de fábrica -, houve algum problema no armazenamento ou ela não foi servida da maneira adequada.

O tipo de espuma e a sua estabilidade variam de estilo para estilo. Alguns, principalmente os ingleses, têm pouca formação de espuma e ela permanece como uma fina camada. Já as belgas, por exemplo, têm uma formação bastante expressiva e a permanência no copo faz parte do visual. Ou seja, dá-lhe colarinho!

Cerveja preta é só pra tomar no frio?

Mito. O que vai dizer se uma cerveja é mais indicada para o frio são fatores como o corpo da cerveja – ou seja, o peso do líquido na boca – e teor alcoólico, que são duas características que passam uma sensação acolhedora.

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Faz diferença o tipo de copo que se usa pra beber cerveja?

É verdade, o copo pode influenciar na maneira como sentimos o aroma da cerveja, interferindo positiva ou negativamente na degustação. O copo também pode interferir visualmente, como por exemplo na retenção de espuma.

O copo Weissbier tem um formato adequado para manter a formação do colarinho, enquanto a taça snifter concentra os aromas de cervejas mais complexas. Já o famoso pint tem um formato utilitário que possibilitam serem empilhados, e sua boca mais larga permite beber em grandes goles.

 

Os melhores restaurantes japoneses de São Paulo

A culinária japonesa está em toda parte na maior cidade do Brasil. São Paulo abriga a maior população japonesa fora do Japão e, por conta da profusão de restaurantes japoneses, não é difícil cair em pegadinhas: restaurantes nos quais a seleção dos peixes é pouco criativa e os pratos pouco elaborados. Por outro lado, São Paulo guarda alguns restaurantes japoneses de fama internacional e, se você escolher bem, provavelmente terá uma experiência inesquecível. Deixamos aqui nossa lista com alguns dos nossos japoneses favoritos em São Paulo.

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Kinoshita

O Kinoshita, um dos restaurante japoneses mais exclusivos da cidade ganhou inúmeros prêmios no Brasil e não deixa nada a desejar em relação aos restaurante japoneses de grandes cidades como Nova Iorque ou Londres. O cardápio mistura pratos modernos, como filé de foie gras, com itens tradicionais como o nigiri impecável da casa e o crocantíssimo tempurá. O ambiente é elegante, caro, mas cada centavo é recompensado pela experiência.

Kinoshita: Rua Jaques Félix, 405 – Vila Nova Conceição

Jun Sakamoto

O mais exclusivo, e complicado de se conseguir uma reserva, é considerado por muitos como o melhor japonês de São Paulo. O restaurante que leva o nome do chef Jun Sakamoto serve apenas 35 pessoas por noite. Os oito sortudos que conseguem um cobiçado lugar no balcão do sushi bar poderão provar o menu degustação criado pelo chef (que não permite que os clientes adicionem shoyu às suas criações) e que conta com 16 sushis. Entre eles, o sushi de lula com sal negro do Havaí, ostra empanada e vieira chamuscada.

Jun Sakamoto: Rua Lisboa, 55 – Pinheiros

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Izakaya Matsu

Inaugurado pelo filho do proprietário do Izakaya Issa (um dos melhores restaurantes japoneses da cidade), o novo Matsu segue a tradição familiar de autêntica cozinha japonesa. No bairro de Pinheiros, uma porta discreta, sem nenhum sinal leva a uma excelente seleção de pratos quentes, como o takoyaki (polvo frito) e wafuham bagu (hambúrguer de estilo japonês). A lista de sakês é extensa.

Izakaya Matsu: Avenida Pedroso de Morais, 403 – Pinheiros

Shin-Zushi

Considerado pelo Guia 4 Rodas o terceiro melhor japonês de São Paulo, o Shin-Zushi preza pela tradição e é ponto de encontro de expatriados. Se não entender o menu em japonês, peça ajuda aos garçons.

Shin-Zushi: Rua Afonso de Freitas, 169 – Paraíso

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Flying Sushi

Com algumas filiais espalhadas pela cidade, o Flying Sushi é o campeão no quesito “japonês acessível”. O cardápio é amplo, com uma excelente combinação de pratos quentes e frios. O rodízio é a prata da casa, com um preço justo e boa qualidade. Para os menos famintos, os combinados servem bem e cumprem o prometido, com sushis, sashimis, hossomakis e urakamis. Para os preguiçosos, o Flying Sushi entrega em casa com e mesma qualidade do serviço dos restaurantes.

Flying Sushi: Alameda Jaú, 1567 – Jardim Paulista, entre outros.